sábado, 30 de junho de 2012

PSD vai de chapa pura às eleições a prefeito em Joinville

Do Portal AN

O PSD de Joinville vai de chapa pura para as eleições a prefeito. O nome de Afonso João Ramos, presidente municipal do partido, foi confirmado neste sábado como vice de Kennedy Nunes, candidato a prefeito

O PSB abriu mão em convenção, na manhã deste sábado, da vice de Kennedy. Mesmo assim, o partido afirmou que continuará apoiando o PSD

Tebaldi é o candidato a prefeito pelo PSDB em Joinville

 Portao Gazeta de Joinvile

O ex-deputado federal Marco Antonio Tebaldi é o candidato a prefeito de Joinville pelo PSDB. O nome foi homologado na convenção do partido, na manhã de sábado (30), na Sociedade Floresta. O vice de Tebaldi será o ex-presidente da Ajorpeme Gilberto Boettcher (PPS).

Oito siglas se aliaram com o PSDB: PMN, PTN, PTC, PRP, PSL, DEM, PV e PPS. A nominata de candidatos a vereador da coligação será 114 – 37 do PSDB.

Marco Tebaldi chegou por volta das 10h30 na convenção e foi recepcionado com fogos de artifício. Antes de entrar no Floresta, o candidato foi cumprimentado pelos partidários e parou para gravar os primeiros minutos da propaganda eleitoral. Cerca de 500 pessoas participaram da convenção, entre elas o senador Paulo Bauer e o ex-governador Leonel Pavan.

De acordo com o vereador Lauro Kalfes, que coordena a campanha do PSDB, a estratégia para pedir votos será franciscana – com pouco recurso e mais conversa com a população. “Vamos usar chinelo e estrada”.

As bandeiras de Tebaldi serão saúde, educação e mobilidade urbana.

Döhler é o nome oficial do PMDB para prefeito de Joinville

 Portal Gazeta de Joinville

Com o apoio de cinco siglas, o PMDB lançou oficialmente neste sábado (30), o empresário Udo Döhler a candidato a prefeito de Joinville e o advogado Rodrigo Coelho no papel de vice pelo PDT.  Udo, que chegou a dançar com militantes durante o evento na Sociedade Alvorada, no Iririú, disse que estava feliz com a coligação e a proposta de “fazer uma cidade melhor”.

“O PMDB vai para as ruas para fazer uma campanha limpa, tendo como principais propostas melhorar a saúde, educação e segurança de Joinville. Hoje, a cidade é muito desigual em vários aspectos”, declarou o candidato. O senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB), que se transformou no principal cabo eleitoral de Udo, observou que a coligação é forte e que não esperava um grupo tão grande e qualificado.

O PMDB fechou aliança inicialmente com o PTB e o PSC. Na sexta-feira (29), anunciou o apoio do PDT, PSDC e PRTB. Para o PDT, a coligação com o PMDB foi importante porque incorporou propostas dos trabalhistas no plano de governo. O presidente municipal trabalhista, Rodrigo Bornholdt, observou que a aliança fechou o eixo principal da campanha.

O presidente municipal do PMDB, Cleonir Branco, disse que a campanha terá como um dos principais motes apresentar propostas de mobilidade urbana, que inclui a construção de viadutos e do rodoanel. O partido terá 34 candidatos a vereadores, e outros 40 nomes saem das siglas da coligação denominada “Todos por uma Joinville melhor.

Carlito Merss é confirmado como candidato a prefeito de Joinville pelo PT

 Do Portal AN

Carlito Merss (PT) é candidato à reeleição em Joinville. Em evento neste domingo, na Mitra Diocesana, o atual prefeito teve seu nome respaldado pelo diretório municipal. Além disso, o encontro serviu para confirmar Eni Voltolini (PP) como vice. O PT de Joinville ainda garantiu o nome de 33 candidatos para a disputa de um lugar na Câmara de Vereadores.

— Vamos continuar a mudança. Nosso papel nesses meses será mostrar para a população como Joinville era antes e como é agora. Temos argumentos para sustentar discussão em qualquer área —, acredita Carlito.

O evento contou com a presença de Ideli Salvatti, ministra das Relações Institucionais, José Fritsch, presidente do PT-SC, e de lideranças regionais. Além disso, todos os partidos aliados (PR, PP, PRB, PHS, PCdoB e PTdoB) estiveram presentes.

A vinda de Ideli Salvatti a Joinville serviu para colocar o município como prioridade no cenário das eleições 2012. Segundo a ministra, o PT nacional quer assegurar a manutenção da principal cidade comandada pelo PT no Sul.

— Embora não seja capital, Joinville é a maior cidade do Sul do País que governamos. A direção nacional tratará Joinville como prioridade —, enfatizou. Ideli garantiu que irá trazer lideranças nacionais para participar da campanha de Carlito.

Com os seis partidos aliados, o PT irá alcançar cerca de 7min24 de propaganda gratuita, contando apenas o tempo proporcional.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Governador Colombo ausênte na convenção do PSD que confirmou Kennedy como candidato

O PSD realizou na noite desta quinta (28), sua convenção na maior cidade de Santa Catarina. Por unanimidade o deputado estadual Kennedy Nunes foi aclamado candidato a prefeito pelo partido em Joinville.

Fato marcante na convenção, foi ausência do governador Raimundo Colombo que é do mesmo partido de Kennedy. No mínimo um desrespeito ao candidato, ao partido na cidade, e  a própria cidade que é a maior do estado.

A ausência do governador Colombo na convenção do PSD joinvilense reforça  o que publicamos antes aqui no blog.

Em tabelinha Colombo disse que seu candidato em Joinville é Udo Döhler do PMDB

Vamos aguardar de fato a campanha começar, para ver como vai ser o comportamento do governador.

PSD confirma Kennedy Nunes como candidato a prefeito de Joinville

Foto retirada do Twitter do candidato
João Kamradt, no portal AN

Kennedy Nunes é o candidato a prefeito de Joinville do PSD. Nesta quinta, na Sociedade Alvorada, o deputado estadual teve seu nome aceito por unanimidade pelo diretório municipal da sigla e lançou oficialmente sua campanha. Essa será a terceira vez que ele irá concorrer ao governo municipal.

O PSD também indicou Afonso João Ramos como candidato a vice da chapa. Mas o nome do empresário ainda espera a convenção do PSB para ser homologado, que pode apresentar outro candidato.

Duvidavam que estaríamos aqui, mas superamos todas as adversidades e chegaremos fortes para ganhar esta eleição. Eles têm dinheiro para gastar, mas nós temos sola de sapato —, disse Kennedy, em meio a convenção que contou com cerca de 300 pessoas.

Com a presença de César Souza Júnior, pré-candidato a prefeito de Florianópolis, de Gelson Merisio, presidente da Assembleia Legislativa, e dos deputados Darci de Matos e Ismael de Santos, todos do PSD, o diretório apresentou os 23 candidatos a vereador. Na proporcional, a sigla coligará com o PSB.

Darci de Matos, pré-candidato a prefeito de Joinville até um mês atrás, exaltou o fato de o PSD ter candidatura própria.

Sempre falamos que teríamos um nome em Joinville. E temos um nome forte e jovem —, disse.

Já Merisio ressaltou as adversidades superadas pela sigla para fugir do assédio do senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB) para que compusessem com Udo Döhler.

Nos mostraram vários caminhos, mas sempre soubemos que esse era o melhor —, falou.

Nesta quinta, o partido teve uma vitória no Supremo Tribunal Federal (STF) e ganhará um tempo proporcional a sua bancada de deputados federais. Com isso, Kennedy projeta ter cerca de dois minutos de tempo de propaganda eleitoral apenas do PSD.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

A foto que custou 62% de rejeição a candidatura de Haddad


Do Blog Josias de Souza

O gênio muitas vezes esbarra no erro e passa adiante sem desconfiar que o erro é o erro. Só o idiota, com sua espantosa clarividência, é capaz de olhar para o erro e exclamar: ‘Ali está o erro.’

Lula, por genial, não farejou o erro ao posar para fotos ao lado de Maluf. Sorriu para o erro, apertou a mão do erro, empurrou o erro para perto do pupilo Haddad e fechou um acordo eleitoral com o erro.
O Datafolha foi ao meio-fio para saber quanto custa o lulocentrismo malufista do PT. O preço é alto: para 62% dos eleitores, o petismo agiu mal ao buscar o apoio do erro. A rejeição é maior entre os partidários do PT: 64% de desaprovam.

Muitos partidos sofrem de falta de miolos. O PT vive o mesmo drama, mas com uma cabeça só. Por um minuto e pouco de tempo de tevê, o gênio é capaz de entregar a alma ao erro com uma fluorescente aura de genialidade.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Governo paga 90% de uma obra que nunca foi realizada em Joinville

Do Osny Martins

O caso iniciou de uma simples reclamação de um paciente e acabou se revelando um escândalo sem precedentes na história recente da administração pública estadual em Joinville. O caso já está tendo desdobramentos e providências começaram de forma imediata a serem tomadas. A denúncia é do conhecimento do Ministério Público e já está em esfera estadual. Uma obra contratada – e paga – no Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, jamais foi executada. Pior que isso, ao ser revelada pela imprensa – no Jornal Meio Dia da RIC TV Record de ontem -, mereceu uma tola tentativa de panos quentes por parte da Secretaria de Desenvolvimento Regional Joinville.

De quem é a responsabilidade por ter se pago 90% de uma obra, que envolve todo o sistema hidráulico de tubulação do Regional, se nada foi realizado no local. Sequer os canos, hoje enferrujados e com vazamentos, foram substituídos na época. O engenheiro da SDR, que teria avalizado a feitura da obra, foi estranhamente blindado na SDR ontem. Seu nome não foi revelado pela secretaria, numa ação estapafúrdia e covarde. O secretário de Saúde do Estado, Dalmo Claro, em entrevista ao vivo no “Meio Dia” ontem, se disse surpreso e impotente com o que acontece na saúde pública de Joinville: “Justamente na minha cidade, é onde menos conseguimos realizar no Estado”, confessou.

Um paciente reclamou que, apesar do frio da semana passada, estava sendo obrigado a tomar banho com água gelada, sem aquecimento no Regional. Foi aí que a reportagem da RIC foi averiguar e acabou descobrindo o escândalo. O diretor do Regional, médico Renato Castro, vem colaborando com os esclarecimentos e as imagens feitas no subsolo do hospital são chocantes. Tubulação em estado de péssima conversavação, com vazemntos e ameaçando ruir por completo. Junção de encanamento plástico com o de ferro, num panorama claro de total falta de responsabilidade por quem deveria ter mudado toda a tubulação do local. Os valores pagos pela obra não realizada ultrapassam R$ 1 milhão. Aqui

Em tabelinha Colombo disse que seu candidato em Joinville é Udo Döhler

Do portal AN

Indeciso entre o apoio a Marco Tebaldi (PSDB) e a Udo Döhler (PMDB), o PPS de Joinville foi chamado para uma conversa com Raimundo Colombo (PSD), na segunda-feira, em Florianópolis. 

No encontro, na Casa D’Agronômica, o governador não pediu apoio para nenhum pré-candidato, mas ressaltou que seu amigo na cidade é o senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB).

Mesmo sem pedido formal, o recado entendido pelas duas alas do PPS é de que Colombo deseja que a sigla esteja com Udo nas eleições. O PPS compõe a base aliada de Colombo.
Mas isso não deve ser tão fácil. O grupo encabeçado pelo vereador Juarez Pereira e o presidente do PPS em Joinville, Vande Batisti, pretende formar aliança com o PSDB.

O diretório é soberano. Não vai haver intervenção em Joinville. Tivemos garantia. Embora respeitemos o governador, hoje o partido está mais próximo do Tebaldi, diz Vande. 

A reunião contou com a presença de Carmen Zanotto, presidente do PPS-SC, deputado estadual Sandro Silva, presidente do Deter, Ralf Benkendorf, e outras lideranças da sigla.

No encontro, o governador Colombo relatou a amizade e a importância de LHS para sua eleição ao Senado e ao governo do Estado e também comentou sobre a fidelidade que o PPS sempre mostrou desde que ele foi eleito, em 2010. Mais aqui


Comentário do Blog
Diz um ditado popular: "Para bom entendedor, meia palavra basta".
Sendo assim, lendo o texto acima o governador em um português claro deixou a seguinte mensagem: "não tenho nada haver com a candidatura Kennedy Nunes. Meu candidato em Joinville é o Udo".

sábado, 23 de junho de 2012

Após impeachment de Lugo, vice toma posse no Paraguai


Menos de duas horas depois do julgamento político que destituiu o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, nesta sexta-feira (22), por “mau desempenho de suas funções”, o vice-presidente Federico Franco assumiu o cargo, que deverá exercer pelos próximos nove meses, até a próxima eleição presidencial.

Franco tomou posse em uma sessão conjunta do Congresso, em meio a aplausos, pouco mais de 90 minutos depois do impeachment de Lugo, que foi encarado como um golpe pelo presidente afastado, por seus partidários e pela comunidade de países sul-americanos.

Presidente do Paraguai, Fernando Lugo sofre Impeachment


O placar pela condenação e pelo impeachment do socialista  Lugo foi de 39 senadores contra 4, com 2 abstenções. Eram necessários dois terços dos votos dos senadores para confirmar o afastamento, que foi decidido após cerca de 5 horas de julgamento.
Os quatro senadores que apoiaram a absolvição do mandatário denunciaram o julgamento político como um "atentado à democracia paraguaia".

A notícia do impeachment foi recebida sob protesto por manifestantes que ocupavam a praça em frente ao Congresso e que consideraram que houve, na verdade, um golpe contra o presidente.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Prefeito demite secretário via Twitter

Da coluna claudiohumberto.com

O prefeito de João Pessoa, Luciano Agra (sem partido), anunciou na manhã desta sexta-feira (22) a exoneração do secretário de Desenvolvimento social do município, Lau Siqueira, por meio do seu Twitter. Horas antes da exoneração o agora ex-secretário também usou as redes sociais para fazer duras críticas ao prefeito. Ele chegou a chamar Luciano Agra de covarde e insinuou que ele estaria perseguindo funcionários. “Cercado de urubus e víboras, o bom homem Luciano Agra está transformado num monstro destruidor, condenando a gestão aos aventureiros”, disse o secretário em uma das postagens. Após saber da própria demissão, Lau Siqueira publicou o seguinte comentário: “Obrigado pela covardia de não me encarar de frente, Prefeito. Ser demitido pelo twitter, convenhamos, é moderno”.

Para apoiar Calirto PR nacional tira Dr. Xuxo, do jogo


Do Portal AN

Ingo Butzke é o novo presidente do Partido da República (PR) de Joinville. A intervenção foi motivada pela resistência de José Aluísio Vieira, o Dr. Xuxo, em apoiar a candidatura à reeleição de Carlito Merss - Dr. Xuxo defendia candidatura própria.

De acordo com informações do site do Tribunal Regional Eleitoral, o vice de Ingo na executiva municipal passa a ser Wilson Mira.

O novo presidente, também vice-prefeito de Joinville, defende a reeleição de Carlito. As executivas estadual e nacional do PR só concordariam com a candidatura própria do partido caso Dr. Xuxo atingisse pelo menos dois dígitos nas pesquisas eleitorais. Antes de ser destituído, Dr. Xuxo prometia batalha judicial para manter a candidatura.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

O 'doninho' do Brasil


Texto enviado por: Rodrigo da Silva

O mais engraçado dessa história toda de Lula e Maluf são as pessoas que ainda ficam decepcionadas com a atitude do ex-presidente. Você circula a grande rede com as mãos no bolso, como quem caminha numa tarde nublada de uma terça-feira qualquer, e o que ouve nas esquinas é que o Lula e o PT mudaram desde que começaram a se envolver com os mesmos "inimigos" que combatiam; que o Lula está traindo os seus.

Lula e o PT continuam sendo exatamente aquilo que sempre foram. Não há um PT original e um PT pirata. Não há o velho Lula de 89 e o Lula do Mensalão. O Lula que abraça Sarney, Collor e Maluf é o mesmo que abraça Chávez, Fidel e Evo Morales. O Lula que fala para os banqueiros é o mesmo que fala para o povo. O que muda é o discurso. E essa história também serve para o partido, visto que apesar da pluralidade, Lula o transformou em seu próprio instrumento ideológico. O PT nada mais é do que o Lula institucionalizado. E sempre foi assim.

Lula sempre esteve mais preocupado em obter algum tipo de vantagem - quem quer que esteja ao seu lado - do que propriamente abraçar uma causa. Seja nos tempos de sindicato, seja nos tempos de oposição, seja na presidência da república. Quem estivesse disposto a bajula-lo, numa clara tentativa de combater seu próprio complexo de inferioridade em frente a uma geração de intelectuais ao qual nunca fez parte e sempre invejou, era condecorado companheiro. Mais do que um mero presidente, que invade duas, três páginas dos livros de história, Lula foi o operário que sempre sonhou ser patrão. No fim era só uma questão de subir na vida. Virou o doninho do Brasil.

Há um velho ditado português que diz: "quer conhecer o vilão, dê-lhe o cajado". Lula não aliou-se ao lado negro da força. Lula apenas ganhou poder.

Aula de dignidade


Gilberto Dimenstein, na Folha

Resumindo o gesto de Luiza Erundina: uma aula de dignidade. É daqueles gestos que têm um efeito pedagógico contra o pragmatismo rasteiro.

Erundina disse o que deveria ser dito: nem tudo vale a pena para chegar ao poder. Haddad acena com a campanha do novo, mas seu partido usa a velha política do clientelismo para comprar 90 segundos de horário eleitoral.

No pragmatismo rasteiro, muita gente que se incomodou com a ética da aliança Haddad/Maluf, achava aceitável, elogiável até, a aliança Serra/Maluf.

Não é possível que se ache normal uma aliança com alguém procurado mundialmente pela Interpol. Tanto PSDB e PT nasceram com a bandeira da ética, criticando ações simbolizadas em personagens como Maluf.

Alguém precisava chutar esse balde da hipocrisia. Erundina sai da corrida, mas, nessa eleição, ela já venceu.

O mais novo companheiro é um velho conhecido da Interpol

Da coluna Eliane Cantanhêde, na Folha

O Brasil passou pela pré-indignação na década de 1980, quando resistiu à candidatura de Paulo Maluf à Presidência da República e preparou o terreno para o impeachment de Fernando Collor.

O mesmo Brasil viveu uma longa fase de indignação, com os caras pintadas, a CPI dos Anões do Orçamento, as cassações e a prisão de políticos corruptos, a queda do juiz Lalau e do senador Luiz Estêvão, os casos dos mensaleiros, dos aloprados e dos cuequeiros.

Pois, agora, concluído o ciclo desde a direita até a esquerda no poder, o Brasil chega à fase da pós-indignação: nada mais surpreende, nada mais choca, nada mais enoja.

A sensação é de que todos são iguais e tanto faz se Maluf, antigo inimigo número um da Nação, faz aliança com o PSDB ou com o PT para a eleição da principal capital do país.

Tucanos e petistas, atire a primeira pedra quem de vocês é contra o convescote de Lula com Maluf --nos jardins da casa do próprio Maluf, o que adiciona um dado particularmente estarrecedor a tudo isso. Uma foto para a história. A foto do vale-tudo pelo poder.

Se nem um lado nem o outro pode atirar pedras, atiremos nós, cidadãos e eleitores.

Está errado colocar a questão sob o ângulo partidário, programático ou ideológico. O problema de Maluf não é ser de direita --cada um que tenha sua ideologia--, mas sim as suas contas bancárias e a sua folha corrida, ambas longuíssimas, tanto nacional quanto internacionalmente.

Maluf é um velho conhecido da Interpol, da Polícia Federal, do Ministério Público, do Coaf (que analisa movimentações financeiras), dos paraísos fiscais mundo afora. Aliás, ele e boa parte de sua família.
Aliança com Maluf --e não no segundo, mas já no primeiro turno-- é aceitar tudo o que ele representa como natural, como aceitável, como bem vindo, como detalhe.

Será esse o papel de Lula para a história?

Jorge Bornhausen, Guilherme Palmeira e Marco Maciel criaram a dissidência do PDS (que apoiava a ditadura militar) e em seguida apoiaram Tancredo Neves e fundaram o PFL (hoje DEM) por não admitirem Maluf e o que ele representava.

O movimento deles era como um grito de guerra: "De direita, sim, mas bandidos, não". Depois de todo o terreno aplainado, José Sarney aderiu. Só depois da casa construída, Antonio Carlos Magalhães, o ACM, pulou dentro.

Ironia da história: 27 anos depois do "não" de Bornhausen, Palmeira e Maciel a Maluf, são o PT e Lula que dizem alegremente "sim" a ele, em troca de 1min35 a mais na TV, o preço da moralidade.

Até o pragmatismo tem limite. Ou deveria ter.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Erundina desiste de ser vice de Haddad por causa da aliança do PT com Maluf


Márcio Falcão, Catia Seabra e Gabriela Guerreiro, na Folha

Vice-presidente do PSB, o ex-ministro Roberto Amaral confirmou nesta quarta-feira (19) a desistência da deputada Luiza Erundina de concorrer como vice na chapa de Fernando Haddad (PT) à Prefeitura de São Paulo.

Segundo ele, o PSB deixou a escolha do vice nas mãos de Haddad. "Não necessariamente tem de ser do PT".

"Aceitamos a retirada da candidatura da companheira Erundina. Liberamos o PT para a escolha do vice", disse Amaral.

Segundo o dirigente, Erundina alegou, durante reunião com a cúpula do PSB, que essa não era apenas uma questão de compor uma chapa. Mas por todo o "simbolismo" que essa aliança representa.

Ela se refere ao fato de o PT ter fechado aliança com o PP de Paulo Maluf.

Erundina, segundo petistas, ficou contrariada com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na casa de Maluf para a costura do acordo.

Lula não foi ao ato que selou a participação de Erundina na chapa.

O presidente do PT, Rui Falcão, também confirmou que Erundina de fato não disputará a eleição como vice de Haddad.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Erundina afirma que reverá decisão de ser vice de Haddad após anúncio de aliança com Maluf


Thais Arbex, na Veja Online

A deputada federal Luiza Erundina afirmou em entrevista exclusiva ao site de VEJA que vai rever a decisão de compor chapa com o petista Fernando Haddad na disputa pela prefeitura de São Paulo. Erundina se pronunciou poucas horas depois de o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) oficializar apoio à candidatura de Haddad. Na sexta-feira, o PSB anunciou Erundina como candidata a vice na chapa do PT e, na ocasião, a ex-prefeita já havia deixado clara sua indisposição com o possível apoio do PP.

“Se for por nomes, meu partido tem outros a indicar. Eu pessoalmente não vou aceitar. Vou rever minha posição”, afirmou. “Não preciso ser vice para fazer política.” Ex-prefeita de São Paulo, Erundina disse que a aliança com o seu adversário histórico foi feita “à sua revelia”. Ontem à noite, ela teve uma longa conversa com Haddad e segundo a deputada, o pré-candidato garantiu que aliança com o PP não estava fechada. “Ele praticamente desconversou”. Ela disse ter mostrado a Haddad sua preocupação com a coligação com Maluf.

A decisão de Erundina está diretamente ligada ao ingresso de Maluf na campanha petista. ”É demais para mim. É muito além do razoável”, disse. ”É constrangedor ver Lula e Haddad na casa de Maluf celebrando essa aliança.”   A deputada questiona se vale a pena se “aliar a forças nefastas da política brasileira” em troca de “um minuto a mais” no tempo de televisão. “No momento que instalamos a Comissão da Verdade para desvendar crimes das ditadura, o PT se alia a um dos tentáculos da ditatura militar.”

Collor é vaiado nos Diálogos para o Desenvolvimento Sustentável


Denise Menchen, na Folha Online

O ex-presidente e atual senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) foi vaiado na tarde desta segunda-feira (18) durante os Diálogos para o Desenvolvimento Sustentável, evento que integra a programação oficial da Rio+20.

Sentado na primeira fila do debate sobre água, que começou às 15h30, o senador teve a presença anunciada pela moderadora do evento, a jornalista da Al Jazeera Lucia Newman, que se disse honrada com a participação dele.

A reação inicial do público -- composto em grande parte por estrangeiros -- foi uma salva de palmas. Mas, quando os aplausos cessaram, teve início uma vaia ao ex-presidente.

Como Collor está numa área reservada para convidados, a reportagem não conseguiu falar com ele.

Organizados pelo governo brasileiro, os Diálogos para o Desenvolvimento Sustentável fazem parte da programação oficial da conferência e contam com dez paineis sobre temas considerados prioritários para o desenvolvimento sustentável.

Cada um desses paineis tem como missão selecionar três recomendações que depois serão levadas aos chefes de Estado e de governo que participam do encontro de cúpula.

Lula e Haddad comemora apoio de Paulo Maluf


Bernado Mello Franco e Diógenes Campanha, na Folha Online

Em ato em que formalizou o apoio do PP à candidatura de Fernando Haddad (PT) à Prefeitura de São Paulo, o deputado Paulo Maluf (PP-SP) negou nesta segunda-feira relação da aliança com a nomeação de um indicado seu no Ministério das Cidades.

O deputado disse não conhecer Osvaldo Garcia, nomeado secretário nacional de saneamento ambiental do Ministério das Cidades na última sexta-feira e afirmou que apoiará o pré-candidato do PT em São Paulo, Fernando Haddad, "por amor a São Paulo".

Questionado sobre o pepista no ministério Maluf disse: "Não conheço ele. Parece que é do Paraná. É do PP do Paraná."

"É o nosso candidato porque eu amo São Paulo. E por amor a São Paulo eu tenho plena convicção de que São Paulo vai precisar do governo federal para resolver seus problemas."

Esta será a primeira vez que PT e Maluf serão aliados no primeiro turno de uma eleição na capital paulista.

"Nós não devemos olhar pelo retrovisor. Temos de olhar pelo para-brisa. Quem olha pra trás, não olha para a frente."

Maluf se dispôs a participar do programa de Haddad na TV, mas desconversou sobre a possibilidade de subir ao palanque com o petista.

"No que ele precisar de mim e do partido, vamos estar com ele. Hoje o palanque não tem mais, porque é proibido você levar artistas. No palanque eletrônico, se ele precisar, estou aqui."

Maluf disse ainda que divergências ideológicas com o PT não existem mais.

"Não tem mais no mundo esquerda e direita", disse Maulf. "O que tem hoje é "efficacité" [eficácia em francês]. Eu fiz a minha opção por uma parceria estratégica com o governo federal."

Honestidade: "Errei e quero voltar para consertar os erros"

Por José António Baço, no Blog Chuva ácida

A honestidade é uma virtude indispensável na política. E é bom ver quando um político faz declarações honestas, mesmo sabendo que isso traz riscos. É o caso do pré-candidato Marco Tebaldi, que confessou ter errado quando no comando da Prefeitura de Joinville. E mais: ele diz que quer voltar para consertar os erros.
 O leitor e a leitora do Chuva Ácida devem admitir que a atitude merece registro.
A declaração levanta questões, algumas delas importantes neste processo eleitoral. Afinal, qualquer admissão de erro por parte de um político - algo raríssimo - tem sempre alguma repercussão entre o eleitorado. Há consequências. Mas vamos por partes:

1. Ao admitir que errou, implicitamente Marco Tebaldi desautoriza os seus apoiantes, reunidos em torno do movimento “Volta Tebaldi”. Porque temos ouvido repetidas vezes, pelos assessores, sequazes ou simples baba-ovos do ex-prefeito (que são mais tebaldistas que o próprio Tebaldi) que ele teve uma administração imaculada e que naqueles tempos Joinville era uma espécie paraíso ao sul do Equador. Ou seja, passam a ideia de que Tebaldi é o prefeito perfeito e nunca erra.

2. Outro fato importante. Tebaldi vai ainda mais longe, ao dizer que tem noção de ter falhado e que quer voltar à Prefeitura de Joinville para consertar os erros. Mas ele sabe que corre riscos, porque a sinceridade em política nunca foi boa estratégia. Ao admitir que errou, Tebaldi assume uma posição arriscada à frente dos eleitores e dos seus adversários. Afinal, os eleitores costumam ser implacáveis e associam o erro à incompetência.

3. Outro ponto a destacar. É claro que os adversários vão insinuar – agora com motivos - que ele é incompetente. Porque errou e admite que errou. Aliás, isso dá munição ao governo de Carlito Merss, que vem insistindo vezes sem conta na culpa das administrações anteriores. Marco Tebaldi admite que errou e, ao admitir tal fato, está a dar alguma razão ao sucessor petista. Parece então que algumas culpas podem mesmo ser atribuídas aos erros da administração anterior.

Em resumo: um prefeito que erra merece voltar ao lugar para consertar os erros? Isso será o eleitor a decidir

Embrulhando tainha com o jornal de ontem


Do Blog Chuva Ácida

Diz a sabedoria popular que o jornal de hoje serve para embrulhar o peixe de amanhã. Em temporada de tainha, a frase faz ainda mais sentido.

Num jornal local, o deputado Clarikennedy Nunes aparece em primeiro na pesquisa IBOPE, com 28% das intenções de voto. Menos de três dias depois em outro jornal outra pesquisa do mesmo IBOPE mostra o pré-candidato em segundo com 16% das intenções de voto. Em poucos dias houve uma redução de 12% das intenções de voto.

O jornal que o deputado está lendo com expressão de satisfação já deve servir só para embrulhar tainha.

domingo, 17 de junho de 2012

Pesquisas: O jogo começou

Duas pesquisas foi contratada ao IBOPE para medir a corrida a prefeitura de Joinville. Uma foi contratada pelo Partido da Republica (PR), a outra pelo Grupo RBS.

A pesquisa contratada pelo PR foi a campo entre os dias 26 a 28 de Maio de 2012. Essa pesquisa foi divulgada no Jornal Gazeta de Joinville em edição extra em 15 de Junho.
Acima o pré-candidato Kennedy Nunes (PSD), aparece pousando para foto com o jornal Gazeta De Joinville. (Foto foi postada no facebook do deputado).

Já a pesquisa contratada pelo Grupo RBS foi a campo entre os dias 9 a 12 de Junho de 2012 e divulgada em 16 de Junho de 2012.

Como diz ali na manchete do Gazeta, "Kennedy na frente", isso na pesquisa encomendada pelo PR.

Na segunda pesquisa , agora encomendada pelo Grupo RBS, isso em menos de 11 dias de campo, Tebaldi aparece com lideraça tranquila. Veja

Se da 11 dias entre o campo de uma pesquisa e outra.
Em 11 dias, nada de relevante aconteceu no meio político-eleitoral joinvilense para determinar resultado tão díspare de um mesmo instituto.

Aqui para ver a pesquisa encomendada pelo PR e aqui para ver a pesquisa encomendada pelo Grupo RBS.

Novo Ibope aponta Tebaldi na frente na corrida pela prefeitura de Joinville

Do Portal A Notícia, Clic RBS

Pesquisa Ibope encomendada pelo Grupo RBS, realizada entre os dias 9 e 12 de junho, mostra que o deputado Marco Tebaldi (PSDB) lidera as intenções de voto para a prefeitura de Joinville neste momento.

Como ainda não há definição sobre quem são os candidatos oficiais ao pleito de outubro – as convenções partidárias ocorrem até o final deste mês e há negociação entre as siglas em busca de aliados –, a pesquisa encomendada pelo Grupo RBS simula sete cenários de intenção de voto. Tebaldi lidera em todos em que têm o nome citado.

O mais completo cenário tem 10 possíveis candidatos. Tebaldi aparece com 25% das intenções de voto, seguido pelo deputado Kennedy Nunes (PSD), com 16%. O prefeito Carlito Merss (PT) surge com 13%, e o empresário Udo Döhler (PMDB), com 11%. Como a pesquisa possui uma margem de erro de quatro pontos percentuais, para cima ou para baixo, Kennedy, Carlito e Udo aparecem em situação de empate técnico. Os demais pré-candidatos testados têm 6% ou menos de intenções de votos.

Neste cenário, os eleitores que declararam a intenção de votar em branco ou nulo totalizam 12%, enquanto outros 12% se disseram indecisos ou preferiram não responder.

Na consulta espontânea, quando o entrevistado cita livremente o nome de sua preferência, Tebaldi tem 10%, seguido por Carlito, com 9%, em nova situação de empate técnico.

Carlito tem a maior rejeição, com 55%, seguido por Tebaldi, 17%.

O que diz o Ibope
A pesquisa publicada nesta edição retrata a intenção de votos dos eleitores de Joinville entre 9 e 12 de junho. Em comunicado à imprensa divulgado ontem, o Ibope Inteligência ressalta que a pesquisa encomendada pelo PR, cujo resultado circulou em outros veículos de comunicação e na internet, teve os dados colhidos entre os dias 26 e 28 de maio. “Portanto, aquele resultado pode não corresponder mais à opinião dos eleitores no atual contexto eleitoral do município de Joinville.

População avalia o desempenho
Pesquisa Ibope, os entrevistados também foram questionados sobre o desempenho da administração de Carlito Merss (PT) na prefeitura de Joinville. A gestão petista foi avaliada como ruim ou péssima por 47% dos entrevistados, como regular por 30% e como ótima ou boa por 21%. Apenas 2% não responderam ou não tinham uma avaliação.

Também foi perguntada a nota média que o eleitor atribuiria para o atual prefeito de Joinville em uma escala de zero a 10. Neste quesito, Carlito recebeu 4,1. Já o grau de desconfiança em relação ao prefeito foi de 66% dos entrevistados. O nível de confiança ficou em 26%.

Outra pergunta feita na pesquisa foi sobre a percepção da população sobre os problemas do município. A saúde foi citada pela grande maioria dos eleitores, alcançando 82% das menções. Em seguida, aparece a educação, com 35%, seguida pela segurança pública, com 28%. Calçamento de ruas e avenidas e o trânsito surgem empatados, com 23% das citações cada uma. Estes índices representam os três problemas que o entrevistado poderia mencionar. A soma dos itens passa de 100% porque havia a opção de resposta múltipla.

Ficha técnica
Contratante: Grupo RBS
Pesquisa de campo: 9 a 12 de junho de 2012
Amostra: 602 entrevistas
Margem de erro: quatro pontos percentuais, para mais ou para menos
Registro: protocolo 00030/2012, no TRE-SC

Kennedy Nunes e Marco Tebaldi dividem a preferência do eleitorado na disputa pela Prefeitura de Joinville

Do site IBOPE

A pesquisa realizada pelo IBOPE Inteligência entre 26 e 28 de maio sobre a sucessão à Prefeitura de Joinville apontou,  no momento em que os dados foram coletados, que a disputa estava equilibrada entre Kennedy Nunes (PSD) e Marco Tebaldi (PSDB) pelo cargo de Prefeito do município de Joinville.

No momento, em que não há definição oficial dos candidatos que concorrerão às próximas eleições, testou-se três cenários de intenção de voto, considerando os nomes mais prováveis para esta disputa.

Em um primeiro cenário de intenção de voto estimulada, onde são apresentados os nomes dos pré-candidatos aos entrevistados, o Deputado Estadual Kennedy Nunes aparece em primeiro lugar (27%) tecnicamente empatado com o Deputado Federal Marco Tebaldi (26%). Em um patamar inferior, em segundo lugar, aparecem empatados numericamente com 11% das menções do eleitorado cada, o atual prefeito Carlito Merss e o peemedebista Udo Döhler. Os pré-candidatos Doutor Xuxo (PR), Rogério Novaes (PV) e Sandro Silva (PPS) atingem índices de até 4% das intenções de voto, enquanto Leonel Camasão do PSOL, apesar de constar no disco apresentado aos entrevistados, o seu nome não foi citado por nenhum deles. Os eleitores que declaram a intenção de votar em branco ou nulo totalizam 8%, enquanto outros 11% estão indecisos ou preferem não responder.
No segundo cenário, em que foram testados somente cinco nomes, os pré-candidatos Kennedy Nunes e Marco Tebaldi permanecem empatados com 28% e 25% das intenções de voto, respectivamente. Neste cenário, os pré-candidatos Carlito Merss e Udo Döhler disputam a segunda colocação com 12% e 11%, respectivamente. O Doutor Xuxo aparece com 4% e Rodrigo Coelho aparece com menos de 1% das citações. Os índices dos eleitores que declaram votar em branco ou nulo, ou que estão indecisos neste momento, se encontram nos mesmos patamares dos registrados no primeiro cenário.
Na última simulação, excluindo Kennedy Nunes, o pré-candidato Marco Tebaldi desponta com 31% das intenções de voto. Em segundo lugar, surgem Udo Döhler (14%) e Carlito Merss (13%). Em um patamar inferior aparece Doutor Xuxo com 6%, seguido dos demais pré-candidatos Rodrigo Coelho, Rogério Novaes e Sandro Silva, todos com 2% das citações cada. Neste cenário, 14% dos eleitores declaram intenção de votar em branco ou nulo, enquanto outros 16% estão indecisos ou preferem não responder.

Espontânea
O IBOPE Inteligência também perguntou em quem os entrevistados votariam para prefeito espontaneamente, ou seja, sem a apresentação de nomes de candidatos. Nesta situação, 61% dos entrevistados declaram não saber em quem votar e 6% declaram votar em branco ou anulam o voto. Nesta situação, os índices de Carlito Merss, Marco Tebaldi, Kennedy Nunes e Udo Döhler variam entre 8% e 6% das menções espontâneas. Os demais nomes citados obtêm índices de até 1%.

Segundo turno
Na pesquisa foram testados alguns cenários em um eventual segundo turno. No confronto entre Kennedy N unes e Marco Tebaldi, o pré-candidato do PSD atinge 42% das intenções de voto, enquanto o tucano aparece com 34%. Os eleitores que declaram a intenção de votar em branco ou nulo totalizam 13%, enquanto outros 11% estão indecisos ou preferem não responder.

Os cenários de confronto direto com maior diferença percentual são entre Kennedy Nunes e Carlito Merss (51% contra 17%, respectivamente) e entre Marco Tebaldi e Carlito Merss (48% contra 17%, respectivamente). Em ambos os cenários, cerca de 2 em cada 10 eleitores declaram votar em branco ou nulo, enquanto 12% estão indecisos ou não respondem.

FICHA TÉCNICA DA PESQUISA (JOB Nº 1110 | 2012)
Período de campo: a pesquisa foi realizada entre os dias 26 a 28 de maio de 2012.
Tamanho da amostra: foram entrevistados 406 eleitores.
Margem de erro: é de 5 (cinco) pontos percentuais, considerando um grau de confiança de 95%.
Solicitante: pesquisa contratada pelo PARTIDO DA REPÚBLICA-PR.
Registro eleitoral: registrada no Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina, sob protocolo nº SC-00026/2012.

Cometário
Atualizando
Há uma outra pesquisa mais recente do mesmo Ibope contratada pelo Grupo RBS. Essa foi a campo nos dis 9 a 12 de junho de 2012 e divulgada em 16 de Junho de 2012. Acesso ao novo IBOPE aqui.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Senador almoça com Cavendish em Paris e vota contra a ida dele à CPI


Blog do Noblat

Quem discursou, hoje, na sessão da CPI do Cachoeira encaminhando a votação contrária à convocação para depor ali de Fernando Cavendish, dono da empreiteira Delta, considerada inidônea no início da semana pela Controladoria Geral da União?

Resposta: o senador Ciro Nogueira (PP-PI).

A Delta depositou R$ 47 milhões nas contas de empresas fantasmas de Cachoeira.

Ciro foi um dos parlamentares que viajaram durante a Semana Santa em missão oficial do Congresso a Uganda, na África. De lá, Ciro e alguns dos seus colegas voaram a Paris para encontrar suas respectivas mulheres. Aproveitaram a viagem para almoçar com Cavendish no restaurante L' Avenue.

Foi o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ), esta manhã, que aproveitou sessão da CPI para perguntar sobre a ida de deputados e senadores à África. Ele disse que queria saber se alguns deles tinham almoçado em Paris com Cavendish. E se fazem parte da CPI.

No final de maio último, o ex-governador Garotinho publicou em seu blog que parlamentares de viagem à África haviam dado uma esticada até Paris para um encontro com Cavendish.

CPI aprova convocação da mulher de Carlinhos Cachoeira




Priscilla Mendes, no G1

A CPI do Cachoeira aprovou nesta quinta-feira (15) a convocação da mulher do bicheiro Carlinhos Cachoeira, Andressa Mendonça. Cachoeira foi preso em fevereiro, durante a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, apontado como chefe de uma quadrilha que explorava o jogo ilegal em Goiás.

O jornalista Carlos Bordoni, que afirma ter recebido R$ 40 mil por serviços prestados na campanha eleitoral do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), também foi convocado. Bordoni diz ter recebido da campanha de Perillo pagamento depositado na conta de sua filha por uma empresa apontada pela PF como uma das que abastecia o esquema de Cachoeira.

A comissão aprovou ainda a quebra, desde 1º de janeiro de 2002, dos sigilos fiscal, bancário e telefônico da empresa de confecções Excitant.

A empresa emitiu três cheques, no valor total de R$ 1,4 milhão, usados no pagamento da venda da casa de Perillo, em Goiânia. Cachoeira estava na casa quando foi preso pela Polícia Federal, em fevereiro.

Também foram quebrados os sigilos fiscal, bancário e telefônico de outras quatro empresas: Rental Frota Logística, GM Comércio de Pneus e Peças, Faculdade Padrão e Mestra Administração e Participações.
Além de convocado para depor, o ex-assessor de Perillo Lúcio Fiúza teve os sigilos fiscal, bancário e telefônico quebrados pela CPI. Ele é mencionado em gravações de escutas telefônicas feitas pela PF de conversas entre integrantes do grupo de Cachoeira.

Além de Andressa Mendonça, Bordoni e Lúcio Fiúza, também foram convocados para prestar depoimento Hillner Ananias(ex-segurança do senador Demóstenes Torres); João Furtado de Mendonça Neto (atual secretário de segurança pública de Goiás); Alcino de Souza (policial civil aposentado, apontado pela PF como dono de empresa de fachada usada pelo esquema de Cachoeira); Rubmaier Ferreira de Carvalho (contador de empresa apontada pela PF como participante do grupo de Cachoeira), Ana Cardozo de Lorenzo (beneficiária de depósito da empresa Pantoja, uma das que atuavam no esquema, segundo a PF); Aredes Correia Pires(ex-corregedor da Polícia Civil de Goiás, apontado pela PF como braço do grupo de Cachoeira na polícia); e Alexandre Milhomem (arquiteto responsável pelo projeto da casa de Marconi Perillo).

Desses, Lúcio Fiúza, Alcino de Souza e Rubmaier Ferreira de Carvalho tiveram os sigilos fiscal, bancário e telefonico quebrados, além de André Teixeira Jorge.

A data para os depoimentos ainda será definida pelo presidente. No total, a comissão aprovou, em votação simbólica, a convocação de dez pessoas citadas nas investigações das operações Monte Carlo e Vegas, da Polícia Federal.

PT blinda Pagot e Cavendish e CPI adia convocações


Laryssa Borges, na Veja Online
Em votação apertada - 16 votos a 13 -, a CPI do Cachoeira decidiu nesta quinta-feira adiar novamente a convocação do empresário Fernando Cavendish, ex-presidente da construtora Delta, empresa que está no centro das investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito no Congresso Nacional. Por um placar um pouco mais folgado - 17 votos a 13 -, os parlametares evitaram também a convocação do ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antonio Pagot. O PT votou em bloco em favor do adiamento das duas convocações.

Cavendish é o autor, em trecho captado pelos grampos da Polícia Federal, da frase: “Se colocar 30 milhões de reais na mão de político, ganha negócio”. Amigo pessoal do governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral (PMDB), o empresário deixou o comando da Delta assim que estourou a informação de que a empreiteira atuava em parceria com o esquema do contraventor Carlinhos Cachoeira para a obter benefícios irregularmente.

O relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG), foi o primeiro a defender, durante a sessão, que a convocação de Cavendish não fosse votada de imediato. Segundo ele, ainda não foram analisados documentos suficientes para embasar futuramente a oitiva do empresário. “Estamos discutindo as relações da Delta com a organização criminosa e a quem serviu essa empresa”, disse Cunha. “Precisamos fazer que venham à CPI pessoas cujos vínculos sociais, econômicos, políticos e patrimoniais fiquem evidentes”, completou o relator ao defender o sobrestamento da votação sobre o ex-presidente da Delta.

Pagot
O ex-diretor-geral do Dnit, Luiz Antonio Pagot, tem dito que está à disposição da CPI para trazer à tona informações sobre a atuação da Delta e sobre suas relações promíscuas com agentes públicos. Apeado do governo da presidente Dilma Rousseff depois de denúncias de irregularidades na autarquia e no Ministério do Transporte, Pagot afirma que verbas públicas foram utilizadas como caixa dois de campanhas políticas. O ex-chefe do Dnit também afirmar ter havido desvio de recursos da obra do Rodoanel, em São Paulo, para a campanha do tucano José Serra à Presidência da República em 2010 e de Geraldo Alckmin ao governo paulista no mesmo ano.

Assim como fez com Fernando Cavendish, o relator Odair Cunha defendeu que a convocação não fosse aprovada agora porque muitos documentos em poder do colegiado ainda não foram analisados. “Precisamos nos deter às informações que esta CPI tem”, disse. “Entendo que, se Pagot quer prestar alguma informação relevante, terá oportunidade segundo a nossa conveniência”. O relator afirmou ainda que, se Pagot tiver denúncias a serem feitas, deve procurar de imediato a Polícia Federal. “Se alguém quiser declarar alguma coisa ou denunciar algum crime e tiver urgência, deve procurar a Polícia Federal”.

Para o senador Pedro Taques (PDT-MT), a decisão de não aprovar a convocação imediata do ex-diretor-geral do Dnit reflete o “medo” que os parlamentares têm das revelações que ele pode fazer. “Não podemos transformar essa CPI em uma enrolação, em uma CPI café com leite”, protestou. “Pagot é um fio desencapado. Ele está desesperado para falar e precisa falar”.

A briga entre PT e PSDB sobre as revelações de potencial destrutivo de Pagot motivou parlamentares dos dois partidos a apresentassem à CPI requerimentos para a oitiva de Serra, hoje candidato tucano à prefeitura de São Paulo, e da presidente Dilma Rousseff.

O pedido de convocação da chefe do Executivo foi duramente criticado na CPI nesta quinta-feira, ainda que o PSDB tenha depois transformado a iniciativa em um requerimento de informações à presidente. Por considerar o pedido inconstitucional, o presidente do colegiado, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), rejeitou sumariamente o pleito tucano. “Tenho a prerrogativa de rejeitar liminarmente o requerimento por ser um atentado à Constituição Federal”, disse.

Matriz
A CPI do Cachoeira já aprovou a quebra dos sigilos fiscal, bancário e telefônico da matriz da construtora. Os advogados da empresa tentaram, sem sucesso, barrar no Supremo Tribunal Federal (STF) a devassa.

Conforme o delegado Matheus Mela Rodrigues, da Polícia Federal, a Delta teria se beneficiado em contratos por ter dirigentes diretamente ligados a Cachoeira. Em sessão reservada à comissão de inquérito, o policial disse ter informações de que a Delta transferiu 39 milhões de reais para as empresas JR, Brava e Alberto&Pantoja, utilizadas pelo bicheiro para lavagem de dinheiro e evasão de divisas a paraísos fiscais.

A Alberto&Pantoja, por exemplo, foi responsável por transferências à empresa Excitant, cuja dona é a cunhada de Cachoeira. A Excitant é a titular dos três cheques no valor total de 1,4 milhão de reais recebidos pelo governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), na venda de uma mansão em Goiânia.

VEJA revelou que o acesso às contas da Delta coloca a CPI no caminho de comprovar que mais de 100 milhões de reais em dinheiro clandestino abasteceu campanhas políticas e pagou propinas a servidores públicos. O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão de inteligência do Ministério da Fazenda, registrou em relatório que a Delta aparece relacionada com movimentações atípicas entre 2006 e o ano passado.

Antes do início da sessão desta quinta-feira, a CPI do Cachoeira havia votado 328 requerimentos e aprovado 57 quebras de sigilo, 18 convocações e três convites para autoridades comparecerem ao colegiado.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

STF marca para 1º de agosto início do julgamento do mensalão

Do Portal O Globo

O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou nesta quarta-feira a data do início do julgamento do processo do mensalão: 1º de agosto. Para que o cronograma dê certo, o ministro Ricardo Lewandowski, revisor do caso, precisa terminar seu voto ainda neste mês. A data foi sugerida em sessão administrativa pelo ministro Celso de Mello e aceita por unanimidade por seus colegas. Lewandowski não estava presente. No entanto, por meio de um assessor, ele anunciou que vai liberar o trabalho em meados deste mês.

Segundo o planejamento aprovado, haverá sessões plenárias diárias entre 1º e 14 de agosto, com duração de cinco horas. No primeiro dia, o relator, ministro Joaquim Barbosa, vai ler um resumo do relatório, com cerca de três páginas. Em seguida, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, terá cinco horas para fazer a sustentação oral. Nos dias seguintes, a defesa de cada um dos 38 réus fará a sustentação oral. Cada advogado terá uma hora para isso.

A partir do dia 15 de agosto, as sessões ocorrerão três vezes por semana para que os ministros votem, a começar por Barbosa. Serão encontros na segunda, quarta e quinta-feira. Não há previsão de quantos dias essa fase vai durar.

- Foi levada em consideração a minha condição de saúde - disse o relator, que sofre de problemas no quadril e tem dificuldade de ficar por muito tempo em uma só posição.

A nova rotina do tribunal implicou na mudança das sessões de turma durante a fase das sustentações orais dos advogados. A Primeira e a Segunda Turma encontram-se, normalmente, nas terças-feiras à tarde. As sessões serão pela manhã. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que se reúne nas terças-feiras à tarde, terá sessões na terça pela manhã. Se necessário, também haverá encontros do conselho na segunda e na quarta-feira pela manhã.

Presidente mais pobre do mundo ainda anda de fusca e doa 90% do salário

Presidente do Uruguai, Pepe Mujica em seu fusca.
Do Site Pragmatismo Político

Como prometido antes da eleição, o presidente do Uruguai José Pepe Mujica ainda mora em sua pequena fazenda em Rincon del Cerro, nos arredores de Montevidéu. A moradia não poderia deixar de ser modesta, já que o dirigente acaba de ser apontado como o presidente mais pobre do mundo.

Pepe recebe 12.500 dólares mensais por seu trabalho à frente do país, mas doa 90% de seu salário, ou seja, vive com 1.250 dólares ou 2.538 reais ou ainda 25.824 pesos uruguaios. O restante do dinheiro é distribuído entre pequenas empresas e ONGs que trabalham com habitação.

“Este dinheiro me basta, e tem que bastar porque há outros uruguaios que vivem com menos”, diz o presidente.

Aos 77 anos, Mujica vive de forma simples, usando as mesmas roupas e desfrutando a companhia dos mesmos amigos de antes de chegar ao poder.

Além de sua casa, seu único patrimônio é um velho Volkswagen cor celeste avaliado em pouco mais de mil dólares. Como transporte oficial, usa apenas um Chevrolet Corsa. Sua esposa, a senadora Lucía Topolansky também doa a maior parte de seus rendimentos.

Sem contas bancárias ou dívidas, Mujica disse ao jornal El Mundo, da Espanha, que espera concluir seu mandato para descansar sossegado em Rincon del Cerro.

Mujica também oferece residência oficial para abrigar moradores de rua

O presidente do Uruguai, José Mujica, ofereceu nesta quinta-feira (31) sua residência oficial para abrigar moradores de rua durante o próximo inverno caso faltem vagas em abrigos oficiais do governo.

Ele pediu que fosse feito um relatório listando os edifícios públicos disponíveis para serem utilizados pelos desabrigados e, após os resultados, avaliará se há a necessidade da concessão da sede da Presidência. De acordo com a revista semanal Búsqueda, Mujica disponibilizou ainda o palácio de Suarez y Reyes, prédio inabitado onde ocorrem apenas reuniões de governo.

No último dia 24 de maio, uma moradora de rua e seu filho foram instalados na residência presidencial por sugestão de Mujica ao Ministério de Desenvolvimento Social. Logo após o convite, contudo, encontraram outro local para se alojar.

O presidente não mora em sua residência oficial, pois escolheu viver em seu sítio, localizado em uma área de classe média nas redondezas de Montevidéu. Nem mesmo seu antecessor, o ex-presidente Tabaré Vázquez (2005-2010), ocupou o palácio durante seu mandato. Ambos representam os dois primeiros governos marcadamente progressistas da história do Uruguai.

No inverno do ano passado, pelo menos cinco moradores de rua morreram por hipotermia. O fato causou uma crise no governo e acarretou na destituição da ministra de Desenvolvimento Social, Ana Vignoli.

PT confirma intervenção e Humberto Costa será candidato no Recife


Diógenes Campanha, na Folha

O PT confirmou ontem a intervenção na disputa eleitoral pela Prefeitura do Recife e frustrou os planos do atual prefeito, João da Costa (PT), de tentar a reeleição.

Em reunião da sua Executiva Nacional realizada em São Paulo, o partido indicou o senador Humberto Costa (PT-PE) como pré-candidato. Ele obteve 12 dos 17 votos da comissão.

O encontro, que contou com a presença do ex-ministro José Dirceu, começou tumultuado, com João da Costa deixando a reunião logo em seu início.

"Antes de a reunião começar, fui informado de que a decisão seria pela intervenção, pela candidatura de Humberto. Achei desnecessário participar de um debate que tinha uma decisão tomada", afirmou.

João da Costa venceu a primeira consulta interna realizada pelo partido no mês passado, mas o resultado não foi reconhecido pela legenda, que alegou irregularidades.

O partido convocou então uma nova consulta, com o objetivo de usar o intervalo entre os encontros para convencer os dois candidatos --João da Costa e o deputado licenciado Maurício Rands -- a abrir mão da candidatura em favor do senador.

Rands atendeu o pedido da cúpula do PT, mas João da Costa resistia à orientação.

A segunda consulta, então, foi cancelada pela legenda. "Não é uma intervenção burocrática, mas é uma intervenção política", afirmou André Vargas, secretário de Comunicação do PT.

Questionado se apoiaria a campanha de Humberto Costa, o prefeito desconversou e colocou em dúvida o interesse do senador em receber o seu apoio. "Não sei se ele quer meu apoio", disse. "Talvez até vá dar prejuízo na eleição", afirmou, lembrando ataques que sua gestão recebeu nos últimos dias.

Ontem, militantes que apoiam a pré-candidatura à reeleição do prefeito iniciaram uma vigília para aguardar a decisão da Executiva Nacional petista.

"Veja que inusitado, que coletividade, uma decisão sem ter havido votação? Isso é um novo estilo de reunião", disse o deputado Fernando Ferro (PT-PE), um dos apoiadores da pré-campanha de João da Costa.

sábado, 2 de junho de 2012

Pagot diz que Ideli pediu dinheiro para campanha de 2010 em SC

Da revista Isto É

A metralhadora giratória acionada por Pagot também atinge a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti. Ele diz que, em 2010, quando Ideli era candidata ao governo de Santa Catarina, ela pediu uma audiência no DNIT para tratar de três convênios do órgão no Estado, e, ao final do encontro, solicitou que a ajudasse também na arrecadação de recursos. “Ela queria que eu chamasse as empreiteiras e pedisse para pôr dinheiro na campanha dela”, afirma. Como se negou a ajudá-la, Pagot acha que Ideli ficou ressentida e passou a miná-lo quando chegou ao Planalto. Por meio de nota, Ideli negou que tenha recorrido a Pagot para solicitar recursos.

Reportagem completa aqui

Em entrevista à ISTOÉ, o ex-diretor do DNIT, hoje consultor, denuncia caixa 2 na campanha do PSDB e conta que, em 2010, quando estava na direção do órgão, arrecadou junto às empreiteiras para a campanha do PT


Da revista Istó É

Desde o início do ano, o ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) Luiz Antonio Pagot tem prestado consultoria em projetos de navegação fluvial. Os negócios vão bem, mas a incursão no setor privado ainda não foi suficiente para apagar a mágoa que guarda pela maneira como deixou o governo, no rastro do escândalo de corrupção no Ministério dos Transportes. Casado, pai de uma filha, o economista, que é oficial reformado da Marinha, considera-se um técnico competente, de confiança, e diz que nutria pelo governo uma fidelidade quase canina. Mas a demissão, que classifica como “traição mortal”, alimenta agora um sentimento de vingança. E motivou Pagot, nos últimos dois meses, a fazer uma série de depoimentos à ISTOÉ. Em três encontros com a reportagem num hotel em Brasília, todos gravados, Pagot contou detalhes sobre a forma como, no exercício do cargo, foi pressionado pelo governo de José Serra a aprovar aditivos ilegais ao trecho sul do Rodoanel. A obra, segundo ele, serviu para abastecer o caixa 2 da campanha de José Serra à Presidência da República em 2010. “Veio procurador de empreiteira me avisar: ‘Você tem que se prevenir, tem 8% entrando lá.’ Era 60% para o Serra, 20% para o Kassab e 20% para o Alckmin”, disse Pagot. Nas conversas com ISTOÉ, Pagot também afirmou ter ouvido do senador Demóstenes Torres um pedido para que o ajudasse a pagar dívidas de campanha com a Delta com a entrega de obras para a construtora. Mas nem o aditivo de R$ 260 milhões para o trecho sul do Rodoanel foi liberado pelo DNIT – embora tenha sido pago pelo governo de São Paulo – nem o favor a Demóstenes foi prestado, segundo Pagot. Porém, ele não resistiu ao receber uma missão do comitê de campanha do PT durante as eleições de 2010. Pagot disse que, quando ocupava a diretoria do órgão que administrava bilhões em obras públicas em todo o País, recebeu do tesoureiro da campanha do PT, deputado José De Filippi (SP), um pedido para arrecadar recursos junto às empreiteiras. “Cada um doou o que quis. Algumas enviavam cópia do boleto para mim e eu remetia para o Filippi. Outras diziam ‘depositamos’”, afirmou. As doações, no entanto, teriam sido feitas pelas vias legais, de acordo com o ex-diretor do DNIT.

Os segredos que Pagot guardava até agora ajudam a explicar por que a CPI do Cachoeira adiou deliberadamente sua convocação. Ele diz que está pronto para falar tudo e desafia: “Duvido que me chamem. Muitos ali têm medo do que posso contar.” Nas entrevistas à ISTOÉ Pagot forneceu detalhes dos encontros com o tesoureiro do PT, José De Filippi. Ele contou que, em meados de 2010, foi chamado ao QG petista, no Lago Sul, onde foi apresentado a Filippi, que lhe pediu ajuda para passar o chapéu entre as empreiteiras. Dias depois, revelou, os dois voltaram a se reunir no DNIT, onde Pagot lhe apresentou uma lista com cerca de 40 empreiteiras médias e grandes que tinham contrato com o órgão. Ao analisar hoje a prestação de contas da campanha, Pagot identifica ao menos 15 empresas que abasteceram a campanha do PT a pedido seu: Carioca Engenharia, Concremat, Construcap, Barbosa Mello, Ferreira Guedes, Triunfo, CR Almeida, Egesa, Fidens, Trier, Via Engenharia, Central do Brasil, Lorentz, Sath Construções e STE Engenharia. Elas doaram cerca de R$ 10 milhões, segundo a prestação de contas apresentada pelo PT ao TSE. Filippi disse à ISTOÉ que realmente foi apresentado a Pagot no comitê da campanha durante o primeiro turno da eleição. “Mas a conversa tratou da proposta de Pagot de a campanha receber três aviões do Blairo Maggi”, disse Filippi, que negou ter recebido boletos de depósitos. “Num segundo encontro, depois da eleição de Dilma, ficou acertado que Pagot buscaria recursos para saldar dívidas da campanha eleitoral”, admite Filippi.

Reportagem completa aqui

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Mulher que teve apenas um voto deve assumir cargo de vereadora


Do Portal G1

A manicure Sirlei Brisida não imaginava passar pela experiência de ser a mais nova vereadora de Medianeira, a 50 km de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. Ela recebeu apenas um voto nas eleições de 2008. Separada e com dois filhos, ela garante que ninguém da família votou nela. "Não sei quem votou em mim, só sei que o voto não foi meu", brinca. "O dia que me avisaram que eu assumiria o cargo eu não vou esquecer tão fácil. Não sabia se corria, se gritava. Foi uma surpresa muito grande, mas fiquei feliz", contou em entrevista ao G1 nesta sexta-feira (1º).

Sirlei é filiada ao PPS e é suplente do vereador Edir Josmar Moreira (PSDB), conhecido na cidade como Nenê. Ele teve o mandato cassado por infidelidade partidária, pois foi eleito pelo PPS e decidiu mudar de partido. Ivonei José Paludo (430 Votos), Abrão de Freitas (357 Votos), Ildo Conrath (341 Votos), Douglas de Almeida (270 Votos), Kleber Gonçalves (180 Votos), Jurema Ferreira França (155 Votos), João Wilmar Hitlesheinn (90 Votos) também mudaram de partido e perderam a chance de assumir.

Brisida filiou-se ao PPS em 2008. A pedido de um vizinho, que na época era presidente do partido, decidiu se candidatar como vereadora do município. “Eu sempre gostei de política. Desde 1996 eu já fazia campanhas, participava de comícios. Gostava de estar envolvida”. Contudo, devido a um problema de saúde, resolveu não fazer campanha, pois achava que não iria se eleger. “Me candidatei, mas nunca procurei saber de nada”. Como vereadora ela vai receber um salário bruto de R$ 3.700 com os benefícios. A renda mensal atual não passa de um salário mínimo.

A notificação do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) chegou à Câmara de Vereadores de Medianeira na segunda-feira (28). De acordo com o presidente da Câmara, vereador Jean Bogoni, a Justiça deu prazo de dez dias para fazer a convocação. “Eu vou convocá-la na terça-feira (05), no máximo”, garantiu o vereador. Depois disso, Brisida tem cinco dias para levar toda a documentação exigida. Se aprovado, deve tomar posse na segunda-feira (11).
Aqui

Jornalista que fez campanha de Perillo em 2010 diz que recebeu de empresa do ‘Cachoeiragate’




Do Josias de Souza, no UOL

O jornalista Luiz Carlos Bordoni, responsável pela campanha radiofônica de Marconi Perillo na eleição de 2010, afirma que parte do pagamento que recebeu pelo serviço veio de uma empresa fantasma do esquema de Carlinhos Cachoeira. Coisa de R$ 45 mil.

Deve-se a revelação ao repórter Fernando Gallo. Em notícia veiculada nesta sexta (1o), ele reproduz declarações de Bordoni. O personagem lhe contou que saíra da campanha com um crédito de R$ 90 mil. O depósito de R$ 45 mil refere-se a metade dessa cifra.

O dinheiro pingou, em 14 de abril de 2011, na conta da filha do jornalista, Bruna Bordoni. Proveio da Alberto & Pantoja Construções, empresa fantasma que, segundo a Polícia Federal, era controlada por prepostos da quadrilha de Cachoeira. A movimentação bancária foi rastreada e consta dos autos da Operação Monte Carlo.

De acordo com Luiz Bordini, os R$ 45 mil foram borrifados na conta de sua filha depois que ele cobrou a dívida de campanha. Detalhista, Bordini contou que seu contato foi feito com Lúcio Gouthier, hoje assessor de Perillo no governo de Goiás. Ouça-se o jornalista:

“O sr. Lúcio Gouthier me ligou perguntando o número da minha conta pra depositar esse dinheiro. Eu disse a ele que estava viajando, e que minha filha, que paga minhas contas e administra as minhas coisas, iria receber. Dei o número da conta dela para ele. De repente, essa conta foi passada para a Pantoja.”

Bordini acrescentou, em timbre peremptório: “O dinheiro foi depositado pela Pantoja na conta da minha filha. Era dívida de campanha do governador Marconi Perillo, dos R$ 90 mil de saldo do trabalho que prestei a ele no programa de rádio na campanha de 2010.”

Ouvida, a assessorial de Perillo negou que o governador tenha se servido da empresa de fancaria de Cachoeira para realizar pagamentos. E Bordoni: “O Lúcio Gouthier é o homem que resolve todas as questões pendentes das campanhas eleitorais. Ele se responsabilizou por isso, ele resolveu e ele pagou. Pediu o número da conta pra depositar e depositou.”

Lúcio, uma espécie de secretário-faz-tudo de Perillo, foi a pessoa que cuidou, segundo o governador, da venda de uma casa de sua propriedade num condomínio de luxo de Goiânia. Negócio de R$ 1,4 milhão. Na versão de Perillo, o imóvel foi comprado por um empresário.

A PF suspeita que Cachoeira é o verdadeiro comprador da casa. Quando foi preso, em 29 de fevereiro, o bicheiro residia no imóvel. A transação foi paga com três cheques nominais a Perillo. Emitiu-os um sobrinho do contraventor.

A venda da casa é um dos fatos que motivaram a convocação de Perillo para depor na CPI do Cachoeira. Ele será ouvido em 12 de junho. A novidade pendurada nas manchetes por Luiz Bordini oferece matéria prima nova para a inquirição.

O jornalista disse que decidiu trazer os fatos à luz depois que o nome da filha dele foi citado na sessão em que o senador Demóstenes Torres foi ouvido no Conselho de Ética do Senado. “Prestei o serviço honestamente. Não vou deixar que ninguém venha avacalhar minha credibilidade por causa de Cachoeira.”

Darci garante o PSD com Tebaldi se Kennedy não sair candidato


Jefferson Saavedra, no Portal AN

A alegada pressão pela desistência de Kennedy Nunes em concorrer a prefeito de Joinville está levando Darci de Matos, também do PSD, a fazer um alerta. “Se Kennedy não concorrer, no outro dia levamos o PSD para apoiar o PSDB, oferecendo o vice de Marco Tebaldi”, diz Darci.

Um dos motivos que levaram Darci a desistir da pré-candidatura foi justamente a amizade com Tebaldi. O aviso, aparentemente, já foi dado ao presidente do PSD/SC, Gelson Merisio. Afinal, Darci diz não temer intervenção. “Alguém acha que o Merisio, companheiro meu e do Kennedy, vai intervir na cidade de dois deputados?” acredita.

Darci aponta também eventual pressão para que o PSB não apoie Kennedy – o que reduziria o tempo de horário eleitoral do PSD – como forma de enfraquecer a candidatura do PSD. Kennedy foi convidado por Luiz Henrique para ser vice de Udo Döhler, o pré-candidato a prefeito do PMDB. Kennedy recusou.

Marco Tebaldi aponta o eventual apoio do PSD como “muito bem-vindo, é lógico”. Mas o pré-candidato do PSDB à Prefeitura de Joinville acredita que Kennedy será candidato pelo PSD.

Kennedy Nunes (PSD) e Marco Tebaldi (PSDB) mantêm pré-candidaturas, dificultando coligação desejada por Luiz Henrique em torno de Udo Döhler (PMDB)

Do portal AN

A um mês das convenções que decidirão os pré-candidatos em Joinville, oito nomes estão na corrida. As principais candidaturas são do atual prefeito Carlito Merss (PT), do ex-prefeito Marco Tebaldi (PSDB), do deputado estadual Kennedy Nunes (PSD) e do empresário Udo Döhler (PMDB). Dr. Xuxo (PR), Leonel Camasão (PSOL), Rodrigo Coelho (PDT) e Sandro Silva (PPS) ainda negociam a possibilidade de compor com outras siglas.

No estágio das conversas, ainda são poucas as alianças dadas como certas. O PMDB, até agora, não tem nenhum apoio anunciado. O senador Luiz Henrique, principal liderança do partido na cidade, ainda deseja montar a tríplice aliança, reunindo PSD e PSDB em torno da candidatura de Udo. Caso isso não se efetive, os peemedebistas trabalham com um plano B, que é trazer PDT e PPS. Dos dois partidos, sairia a indicação do vice. Por enquanto, o PTB é o mais próximo do PMDB.

Enquanto isso, Tebaldi, que lançou sua pré-candidatura no mês passado, já tem alinhavado o apoio do DEM e obteve formalização de parceria do PMN. A sigla faz também tratativas com o PSL, PPS, PV, PTC e PTN. A entrada do tucano no pleito foi um dos motivos que fez com que o deputado Darci de Matos (PSD) desistisse de concorrer à prefeitura — além da falta de apoio do governador Raimundo Colombo (PSD). Isso fez com que Kennedy fosse o nome da sigla para as eleições. Mesmo sofrendo pressão para abdicar da pré-candidatura, ele persiste e deve ter o vice vindo do PSB, único aliado que terá e que dará tempo de TV e rádio para o PSD.

Nesse cenário, o prefeito Carlito foi perdendo aliados. Atualmente, a sigla deve contar com os apoios de partidos que integram a base governista em âmbito federal. PSC,  PT do B e PHS estão próximos de manter o apoio ao petista, enquanto PC do B e PRB ainda estão conversando sobre o apoio. Mesmo assim, Carlito ainda sonha em manter na sua base o PDT, que se dividiu entre ficar com os petistas e lançar um candidato, e o PR, que está entre manter o vice-prefeito Ingo Butzke, mas tem Dr. Xuxo querendo o respaldo da executiva estadual e nacional para se lançar na campanha. Mais
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Lula e Haddad no Ratinho: crime que compensa


Do Josias de Souza, no UOL

Não é verdade que o crime não compensa. É que, quando compensa, muda de nome. Na seara eleitoral, por exemplo, chama-se esperteza. Na noite passada, Lula e Fernando Haddad pisotearam a lei no Programa do Ratinho  (aqui e aqui) . E daí? Nada. Reza a jurisprudência do TSE que a propaganda eleitoral antecipada é um dos crimes que compensam no Brasil.

No papel, a lei é clara: antes de 6 de julho, nada de campanha. A partir dessa data, a propaganda estará parcialmente liberada –na internet e em carros de som, por exemplo. No rádio e na tevê, só a partir de 21 de agosto. O que torna o crime eleitoral compensatório é a pena: multas de R$ 5 mil a R$ 25 mil. Coisa risível.

Uma das graças da sucessão presidencial de 2010 foram as multas do TSE. Nunca os candidatos se portaram mal tão bem. Dilma Rousseff e José Serra, os dois principais contendores, travaram uma gincana. Na pele de cabo eleitoral, Lula tornou-se um colecionador de multas, desequilibrando o jogo. E daí? Nada.

Uma passagem de março de 2010 dá uma ideia da piada. Lula discursava num pa©mício realizado na cidade de Osasco. Falava para uma multidão, atraída pela entrega das chaves de apartamentos populares. Exibia Dilma a tiracolo. A Alturas tantas, fez troça de uma multa que o TSE lhe impusera na semana anterior.

“Não adianta vocês gritarem nome porque eu já fui multado pela Justiça Eleitoral, R$ 5 mil, porque eles disseram que eu falei o nome de uma pessoa. Pra mim não tem nome aqui”, disse Lula. A platéia, que até então não pronunciara nome nenhum, pôs-se a gritar: “Dilma, Dilma, Dilma…” E Lula, entre risos: “Se eu for multado, vou trazer a conta pra vocês. Quem é que vai pagar a minha multa? Levanta a mão aí”.

Nessa época, presidia o TSE o ministro Ricardo Lewandowski. Instado a comentar o surto criminoso que tisnou 2010, ele tirou o corpo do tribunal fora: “Aplicamos rigorosamente as multas que estejam previstas na lei eleitoral. Não cabe nos pronunciarmos sobre a eficácia das multas, se poderia ser maior ou menor. Foi o Congresso que fixou os valores”.

Meia-verdade. As multas, que já eram ridículas, haviam sido abrandadas pelos congressistas numa minireforma eleitoral aprovada no ano anterior. Mas o TSE, na hora de julgar os “delitos”, exibiu uma jucunda preferência pela cifra mixuruca de R$ 5 mil, a pena mínima.

Pela lei, a reiteração do crime eleitoral sujeita o candidato à cassação do registro. Se eleito, pode não ser diplomado. A presença de Dilma no Palácio do Planalto é prova de que o crime, quando chamado de esperteza, compensa. O melhor a fazer é revogar a hipocrisia, liberando a propaganda. Na média, o eleitor brasileiro já está suficientemente maduro. Já não é todo composto de ingenuidade