segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Advogado de Jefferson diz no STF que Lula é 'mandante' do mensalão

Fabiano Costa, Mariana Oliveira e Nathalia Passarinho, no G1

O advogado Luiz Francisco Corrêa Barbosa, defensor do presidente do PTB, o ex-deputado Roberto Jefferson, disse nesta segunda-feira (13) no Supremo Tribunal Federal, durante o oitavo dia do julgamento do processo do mensalão, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva “ordenou” o esquema de compra de votos no Congresso.

Jefferson é o delator do esquema do mensalão. Na época, em 2005, também era presidente do PTB. Foi acusado pelo Ministério Público Federal de receber R$ 4,54 milhões do chamado "valerioduto" [suposto esquema operado por Marcos Valério para abastecer o mensalão] a fim de votar a favor do governo no Congresso como parte de um acordo de R$ 20 milhões entre o PT e seu partido. Foi cassado pela Câmara em 2005.

Segundo o defensor, Lula é "mandante" do esquema. A tese contraria afirmações anteriores do próprio Jefferson, segundo as quais o ex-presidente é "inocente".
"O meu cliente aqui acusado tem dito e reiterado aos quatro ventos o que já dissera, que o presidente não sabia. Não há contradição. Ele tem de falar sobre aquilo que viu. Já eu tenho de iluminar o caso", declarou o advogado.

Para Luiz Francisco Corrêa Barbosa, o ex- presidente não é "um pateta"  para que, na ocasião, não tivesse conhecimento sobre o que ocorria no governo. O advogado cobrou do procurador-geral da República a não-inclusão de Lula na denúncia.

“Disse o [PGR] que, entre as quatro paredes de um palácio presidencial, estariam sendo celebradas tenebrosas transações. [...] É claro que Vossa Excelência [procurador-geral] não poderia afirmar que o presidente fosse um pateta. Que sob suas barbas isto estivesse acontecendo e ele não sabia de nada. O presidente é safo. Não só é safo como também é doutor honoris causa em algumas universidades. Mas é um pateta? É claro que não. Não só sabia como ordenou o desencadeamento de tudo isso. Sim, ele ordenou. Aqueles ministros eram apenas executivos dele. Recebida a denúncia, o PGR deixou o patrão de fora. Por que fez isso? Vossa excelência é que tem de informar”, disse o advogado, que falou por 40 minutos em defesa do cliente.

Procurada pelo G1, a assessoria do Instituto Lula informou que o ex-presidente não assistiu ao julgamento e não se manifestará sobre assunto. Logo após as denúncias, em agosto de 2005, Lula fez pronunciamento em rede nacional, no qual se disse "traído". No começo de 2006, em entrevista, disse que o epísódio foi uma "facada nas costas".

Em outro momento da sustentação oral, o advogado de Jefferson voltou a questionar a ausência de Lula entre os réus do mensalão.

“Como procurei demonstrar na evolução dos fatos, este tribunal recebeu a denúncia de que três ministros de estado, auxiliares do presidente, estariam pagando parlamentares para aprovar projetos de interesse desse mesmo presidente, mas o presidente ficou fora.”

Segundo o advogado, “pela prova produzida [pelo Ministério Público Federal], vai gerar um festival de absolvições. O mandante está fora”. Aqui

Comento
José Dirceu ministro da Casa Civil do governo Lula, foi acusado pela (PGR), Procuradoria Geral da Republica de ser o chefe da quadrilha do mensalão. Dirceu era o homem forte do governo, era o homem mais proximo de Lula em seu governo..

Se Dirceu foi acusado pela PGR de ser o chefe da quadrilha, Lula seria o "presidente" de honra da quadrilha?

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Qual foi o critério usado para as denúncias do mensalão?

"Era para ser a denúncia do Ali Bbabá e os 40 ladrões. Na medida que eu vejo 100 pessoas com a mesma conduta que não foram denunciadas e o Antônio Lamas foi, eu me questiono, qual foi o critério para ele ser denunciado? Foi o sobrenome? (...) Por que o senhor Luiz Inácio Lula da Silva não foi denunciado? (...) E eu só trouxe isso porque, nesse país, o pau só quebra nas costas do pequeno. O cacete só rola nas costas do humilde" (Délio Silva, advogado de Antônio Lamas, hoje no STF)

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Tebaldi ganha apoio do Dr Xuxo e do irmão Carlos Vieira


Na TV a banheira em que Kennedy Nunes tomava banho

Blog Paulo Alceu

O primeiro programa do candidato do PSD, Kennedy Nunes, que tenta chegar a prefeitura de Joinville, é na casa da mãe dele onde ela mostrará o menino que queria ser político e sonhava em ser senador. Sonho que pelo visto continua, sem antes, passar pela prefeitura da cidade. Tem um momento em que a mãe do parlamentar mostra a banheira onde ele tomava banho e falava de política. Outra historia é de um encontro dele com o senador Ulisses Guimarães junto com Luiz Henrique da Silveira. Pois então, tudo isso, será apresentado a partir do dia 22 de agosto.
Aqui

terça-feira, 7 de agosto de 2012

PMDB de Udo Dohler pagou R$ 9.500 pelo apoio do PSDC, diz presidente da sigla

No Portal AN

Presidente da sigla explica por que deixou de apoiar o PT para fechar com o PMDB em Joinville. Partidos negam.

As negociações para o apoio do PSDC na eleição de Joinville teriam envolvido dinheiro. A articulação foi admitida, ontem, pelo presidente do partido em Joinville, Osvaldo Henrique Darú. Candidato a vereador, Darú conta que recebeu R$ 2 mil em dinheiro do PT para apoiar o projeto de reeleição de Carlito Merss (PT). A negociação previa mais R$ 7,5 mil e cargos na Prefeitura, o que não se concretizou. Insatisfeito com a quebra do acordo, acabou trocando de lado e fechando acordo com o PMDB.

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Darú afirmou à reportagem que o acordo com o PT começou a ser costurado no dia 23 de março em uma reunião com integrantes do governo. “Fizemos um acordo. Eu precisava abrir meu comitê. Tinha que juntar o meu pessoal. Precisava de dinheiro e na ocasião falei que tinha seis pessoas que preciso colocar para trabalhar na Prefeitura”, revelou Darú, que já foi vereador e hoje comanda um partido que conta com quatro segundos no horário eleitoral e 108 filiados em Joinville. No plano nacional, o PSDC apoia Dilma Rousseff (PT).

Darú disse que até o final da campanha iria receber o total de R$ 9,5 mil do PT pelo apoio dado. “R$ 2 mil no começo, mais R$ 2,5 mil depois de algum espaço, mais R$ 2,5 mil depois, e, pra fechar, mais R$ 2,5 mil. Isso dá R$ 9,5 mil”, confirmou.

Segundo Darú, depois de março, só R$ 2 mil chegaram em suas mãos. Além do dinheiro, o acordo incluía material de campanha, pagamento do aluguel do comitê do PSDC e a contratação de cabos eleitorais.

Irritado, dois dias antes do prazo final para anunciar as coligações para a eleição majoritária, Darú disse ter aberto negociações com o PMDB. Em troca do acordo, o PMDB teria oferecido a mesma quantia que o PT. “Foi a mesma proposta”, disse Darú.

Além dos R$ 9,5 mil, o PMDB teria se comprometido com o pagamento do aluguel do comitê e um kit com santinhos e placas. Por causa desse acordo, Darú resolveu devolver o dinheiro que havia recebido do PT e marcou uma reunião no dia 29 de junho, véspera do prazo das convenções, para devolver os R$ 2 mil.

No mesmo dia, à tarde, o PSDC se apresentou como mais um apoio para a campanha de Udo Döhler (PMDB).

Os presidentes do PT de Joinville, Írio Côrrea, e do PMDB, Cleonir Branco, negam qualquer envolvimento de dinheiro em troca de apoio do PSDC.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

De olho neles

Para facilitar a vida dos eleitores que gostam de acompanhar os candidatos em suas redes sociais e sites oficiais de campanha, o blog está disponibilizando tudo em um só link. Site, Jingle de campanha, Twitter e facebook dos 5 candidatos a prefeito de Joinville

Marco Tebaldi 
: 45
Slogan: Somos Todos Joinville
Coligação: PSDB-PPS-DEM-PV-PMN-PSL-PTN-PRP-PTC
Site: http://www.tebaldi45.com.br/
Jingle: ouça
Twitter: @mtebaldi
Facebook: face

Kennedy Nunes 
N°: 55
Slogan: Pra Frente Joinville
Coligação: PSD e PSB
Site: http://kennedy55.com.br/
Jingle: (Não foi encontrado link)
Twitter: @Kennedynunes55
Facebook: face

Udo Dolher 
N°: 15
Slogan: Joinville de Novo Melhor
Coligação: PMDB, PDT, PTB, PSC, PRTB, PSDC
Site: http://www.udo15.com.br/
Jingle: ouça
Twitter: @UdoDohler
Facebook: face

Leonel Camasão
N°: 50
Slogan: Diferente de Verdade
Coligação: PSOL
Site: http://www.leonel50.com.br
Jingle: (Aida está sendo preparado)
Twitter: @leonelcamasao50
Facebook: face 

Carlito Merss
N°: 13
Slogan: Joinville melhor para todos
Coligação: PT-PP-PR-PRB-PHS-PCdoB-PTdoB
Site: (Não encontrado)
Jingle: ouça
Twitter: (Não tem)
Facebook: (Não tem)

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Veja a evolução do patrimônio dos vereadores de Joinville

Do Portal AN

Dos 18 vereadores que tentam a reeleição à Câmara de Joinville, oito mais do que dobraram seus patrimônios nos últimos quatro anos. Outros dois que não tinham bens declarados em 2008 também tiveram elevações. Enquanto isso, três parlamentares declararam menos bens do que nas últimas eleições.

As declarações em 2008 e 2012

João Rinaldi (PT) foi quem teve a maior evolução de patrimônio, com 928%, seguido de Patrício Destro (PSD), com 581,69%. Já quem declarou mais bens foi Zilnete Nunes (PSD), com R$ 1,5 milhão. Somado, o patrimônio de quem vai tentar um novo mandato chega a R$ 6,2 milhões. “A Notícia” levou em conta a declaração feita pelos parlamentares ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SC).

Com patrimônio de R$ 35 mil em 2008, segundo o TRE-SC, João Rinaldi (PT) declara R$ 359,8 mil neste ano. Mas segundo o candidato, esse crescimento de patrimônio se deve a um erro do TRE-SC, responsável pelo registro dos candidatos.

Rinaldi argumenta que seu patrimônio há quatro anos era de cerca de R$ 170 mil. Naquela época, segundo ele, foi pedido ao TRE para que mudasse sua declaração – fato que não ocorreu.

— Tenho as declarações de imposto de renda. O erro foi deles —, alega.

Na declaração de 2011, o vereador apresenta uma casa, um carro, participação na empresa da mulher e poupança.

Há quatro anos, Patrício, o segundo em evolução de patrimônio, com 581%, tinha um consórcio em andamento e o restante separado por contas que somavam R$ 21 mil. Hoje, ele tem um carro e aumentou o valor guardado, além de ter um título de capitalização.

— Aumentei meu patrimônio, mas não terminei de pagar essas coisas —, fala.

O maior patrimônio declarado foi o de Zilnete Nunes (PSD). A vereadora, que tinha registrado R$ 586,9 mil em 2008, agora declarou R$ 1,56 milhão em imóveis. O segundo maior patrimônio é o de Jucélio Girardi (PMDB), que declarou R$ 700 mil, distribuídos em quatro imóveis e dois terrenos.

Vereadora Zilnete Nunes tem registro de candidatura negado pela Justiça Eleitoral


Portal AN

A vereadora Zilnete Nunes (PSD) teve seu registro de candidatura negado pela Justiça Eleitoral. O indeferimento ocorreu pela falta de quitação eleitoral por parte de Zilnete. Ela não votou no segundo turno para a eleição presidencial em 2010 e, com isso, deveria pagar multa.

Mas, segundo a decisão do juiz eleitoral Hildemar Meneguzzi de Carvalho, faltou o pagamento da multa por não comparecer às urnas. A vereadora vai recorrer da decisão na Justiça Eleitoral.

Segundo Marcos Schettert, advogado do PSD e que cuida do caso de Zilnete Nunes, a vereadora tem o comprovante de pagamento da multa eleitoral e houve um erro do cartório ao não processar a informação. Por isso, o advogado acredita que o caso será revertido rapidamente.

Em outubro de 2010, Zilnete fez uma viagem aos EUA na época das eleições. Depois, ela pagou a multa de R$ 3,50 na Justiça Eleitoral de Joinville.

— Ela estava em viagem. Não votou. Mas depois regularizou sua situação. Vamos modificar essa decisão. Tenho certeza que ela concorrerá sem problemas —, disse.

Procurada pela reportagem no celular, a vereadora Zilnete Nunes (PSD) não atendeu às ligações.

Joinville já tem 15 casos de candidaturas com problemas no registro. Do total, três nomes tiveram seus registros cancelados pelo partido, enquanto um renunciou. Outros 11 tiveram seu registro indeferido.

Todos esses podem recorrer e os que tiveram a candidatura cancelada ainda podem ser substituídos por outros. Da lista, o partido que tem mais candidatos com problemas é o PSB, com três, seguido do PTN com dois.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

O poder de devastação do mensalão

Lauro Jardim, no Radar Online

O julgamento do mensalão ainda nem começou, mas já tem muito parlamentar impressionado com a repercussão do caso nos estados.

Segundo um graúdo líder governista, os dois dias de retrospectiva do caso no Jornal Nacional já serviram para dar uma prova do poder de devastação que o julgamento no STF poderá causar em algumas campanhas petistas:

– O azar do PT é que o mensalão virou agora as olimpíadas da imprensa.

terça-feira, 31 de julho de 2012

Uma viagem pelo escândalo do mensalão

Do Blog Augusto Nunes

Com a proximidade do julgamento do maior escândalo político da história brasileira, o Implicante relembra detalhes da trama que começou a ser revelada depois que a revista VEJA publicou imagens de um funcionário dos Correios recebendo propina em nome do PTB. Com as denúncias, e percebendo que não receberia apoio da base que integrava, o presidente do partido, Roberto Jefferson, partiu para o ataque, e começou a contar detalhes sobre um suposto esquema de compra de votos, o “mensalão”.

No documentário de 6 minutos, além de relembrar episódios que se tornaram clássicos na crônica política nacional, o Implicante apresenta detalhes importantes esquecidos na história, e que são fundamentais para entender o teor das principais denúncias.


O Jornal Nacional também fez um resumo do caso.
A primeira reportagem foi ao ar na edição de segunda feira (30). Aqui e a segunda na edição de terça (31). Aqui.

Luciana Genro tem candidatura barrada em Porto Alegre


Do Jornal Floripa

A ex-deputada federal Luciana Genro (PSOL) teve sua candidatura à Câmara dos Vereadores de Porto Alegre barrada pela Justiça Eleitoral.

Ela é filha do governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), e, segundo a legislação, não pode concorrer no mesmo território em que o pai governa.

Luciana, 41, ainda pode recorrer ao Tribunal Regional Eleitoral e está liberada para fazer campanha enquanto o recurso não for julgado.

A ex-deputada argumenta que a lei permite que parentes de prefeito, do governador ou do presidente se candidatem desde que estejam concorrendo à reeleição.

E defende que seu caso se assemelha a uma reeleição, já que foi deputada estadual por dois mandatos e deputada federal por outras duas legislaturas.

Ela não se reelegeu no Congresso em 2010 devido ao baixo coeficiente eleitoral de seu partido. Neste mês, a Justiça Eleitoral chegou a proibir a candidata de fazer campanha, o que foi revertido em segunda instância.

UOL flagra deputada paulista com carro oficial em campanha

UOL

A deputada estadual e candidata à Prefeitura de Santos Telma de Souza (PT) usou um carro pago pela Assembleia Legislativa de São Paulo para participar de um evento de campanha, na capital paulista, nessa segunda-feira (30). A reportagem do UOL flagrou a chegada e a saída da parlamentar no carro oficial. Ela negou uso para fins eleitorais, mas terá a conduta analisada pela Mesa Diretora da Alesp, que avaliará nesta terça-feira (31) que providências serão tomadas. Telma de Souza já foi prefeita e vereadora em Santos e atualmente é também quarta-secretária na Alesp. Veja como foi o evento. Saiba mais sobre as eleições municipais.

sábado, 28 de julho de 2012

Mensalão: Contagem regressiva


Do Reinaldo Azevedo

Esta é a capa da VEJA desta semana, com os seguintes destaques:

1 – “Os planos A, B e C de Dirceu – O D era sair do Brasil: ‘Sair clandestino de novo não custa nada’”

2 – “O julgamento de A a Z: um guia para seguir o processo e entender as manobras dos advogados”

3 – “O petista José Dirceu e mais 37 acusados no caso do mensalão começam a ter seu destino decidido nesta semana no ‘julgamento do século’ no Supremo Tribuna Federal, em Brasília.”

“Você está assistindo ao “Jornal da Globo”… Na Record???

Outra vez!? Parece que Ana Paula Padrão não esquece mesmo a TV Globo. Ela foi para Record, mas parece que o coração ficou na Globo. A TV Globo agradece por mais uma vez Ana citar a Globo enquanto se apresenta na Record. Dessa vez durante a transmissão de abertura dos jogos olímpicos de Londres. A TV Record detém os direitos com exclusividades do evento na Tv aberta para o Brasil. O titulo eu peguei do Reinaldo Azevedo

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Candidatura a prefeito em Curitiba é barrada por dupla filiação


Roger Pereira, no Portal Terra

As candidaturas de Carlos Moraes (PRTB) e de seu vice, Cláudio Mariano (PRTB), concorrentes à prefeitura de Curitiba foram indeferidas nesta quinta-feira pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná acatando parecer do Ministério Público (MP). Com a decisão, Curitiba segue com sete candidatos à prefeitura.

O registro de Moraes foi impugnado pelo MP devido ao fato de o candidato apresentar dupla filiação partidária, uma vez que estava ligado ao PSC, além do PRTB, partido pelo qual pretendia concorrer. A situação fez com que ambas as filiações fossem consideradas nulas pelo Juízo da 3ª Zona Eleitoral de Curitiba, o que o torna inelegível por não ter vinculação partidária.

Moraes havia protocolado sua candidatura sem o apoio do PRTB, que, em sua convenção, decidiu não lançar candidato próprio. A legenda considerava irregular a situação de Moraes e chegou a contestar o registro, uma vez que não havia respaldo da direção nacional da sigla, embora não tenha seguido em frente com o pedido de impugnação.

A decisão será contestada por Moraes, cuja defesa alega que a questão da dupla filiação é objeto de recurso junto ao Tribunal Superior Eleitoral. O candidato considera que sua última filiação deve prevalecer, baseando no entendimento jurisprudencial de que, ao filiar-se a um novo partido, está, automaticamente, desfilando-se do anterior.

Cidade do PI tem dois candidatos à prefeitura do mesmo partido

Tiago Dias, no Portla Terra


A disputa acirrada pela prefeitura de São Miguel do Tapuio, a 179 km de Teresina, ultrapassou o embate natural entre os candidatos de partidos e ideologias diferentes. O PTB municipal está rachado e, por enquanto, tem dois candidatos na majoritária. O atual prefeito, Francisco de Assis Sousa, o Dedé, disputa com mais dois candidatos e com o próprio correligionário, ex-chefe do executivo e antigo parceiro, Lincoln Matos. Ambos aparecem como candidatos à prefeitura na lista do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O caso intriga o próprio diretório estadual do partido. "Rapaz, nunca tinha visto isso", disse o secretário-estadual do PTB-PI, Rossini de Souza Lima. Ele afirma que a legenda tem conhecimento da disputa interna, mas negou dar opiniões sobre qual dos candidatos seria o oficial. "Pedimos a ata da convenção municipal, mas ela ainda não chegou. Não há uma posição oficial ainda", avisou.

Lincoln já foi prefeito da cidade por três vezes. Ao final de sua última gestão, em 2008, apoiou Dedé como seu sucessor. Já neste ano, não houve entendimento entre os dois. "Dedé era naturalmente o candidato à reeleição. Por outro lado, o Lincoln, outra grande liderança do partido na região, defendeu que seu nome na disputa era um clamor popular. Já chamei eles para conversar e chegar a uma conclusão, mas ninguém abriu mão", explica Rossini.

A briga foi parar na Justiça - um pediu a impugnação da candidatura do outro. Segundo uma funcionária da prefeitura de São Miguel do Tapuio, a briga começou em dezembro do ano passado.

O secretário nega falar pelo partido, mas afirmou que, na sua concepção, até agora o PTB não sinalizou nenhuma intervenção - o diretório segue o calendário do Congresso Nacional e se encontra em recesso. "Não sei nem se precisamos tomar partido. Se a Justiça autorizar ambos...", disse. Mas e na prática, seria viável manter duas candidaturas? "Não sei como faríamos...".

De acordo com o TSE, Dedé encabeça a coligação "Unidos pelo Povo", com o apoio do PPS, DEM, PDT, PRTB, PSDB e PPL. O "clamor popular" de Lincoln é mote da aliança "Respeitando a Vontade do Povo", que traz - também - o apoio do PDT e PRTB.
Se o PTB e os dois partidos aliados ainda não sabem o que fazer na cidade, resta à Justiça tentar resolver o impasse. A juíza Keylla Ranyere Procópio, da 39ª Zona Eleitoral, que vai julgar os pedidos de impugnação, não foi encontrada pela reportagem, mas o chefe do cartório afirmou que a decisão deve sair até dia 5 de agosto.

Procurado pelo Terra, o prefeito Dedé não foi encontrado em seu gabinete. Sua secretária e uma funcionária afirmaram que ele passou por uma cirurgia para inclusão de um cateter no coração na quinta-feira (26) e estava em viagem. O candidato Lincoln não atendeu as ligações.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Luiz Paulo sai na frente na disputa em Vitória


O tucano Luiz Paulo Vellozo Lucas está na frente na disputa pela Prefeitura de Vitória. Pesquisa realizada pelo Instituto Futura, a pedido da Rede Gazeta, mostra o candidato com 37,8% das intenções de voto.

Em segundo lugar aparece Luciano Rezende (PPS), com 27,8%. Em seguida, está Iriny Lopes (PT), com 13,2%. O candidato do PSOL, Gustavo de Biase, tem 1% das intenções de voto.

Edson Ribeiro (PSDC), tem 0,5%. Já Montalvani Lima (PRTB) e Jenner Rodrigues da Silva, o Jenner Dinho, receberam, cada um, 0,3% das intenções de voto.

Outros 9,8% dos entrevistados disseram que votariam branco ou nulo e 9,2% declararam-se indecisos.

Os entrevistados responderam à pergunta: “se os candidatos fossem estes e a eleição fosse hoje, em quem o (a) sr. (a) votaria para prefeito de Vitória?”.

sábado, 21 de julho de 2012

Datafolha divulga pesquisas em algumas capitais


São Paulo SP
Serra lidera com 30%, seguido de perto por Russomanno que tem26%,
José Serra (PSDB) - 30% das intenções de voto
Celso Russomanno (PRB) - 26%
Fernando Haddad (PT) - 7%
Soninha (PPS) - 7%
Gabriel Chalita (PMDB) - 6%
Paulino da Força (PDT) - 5%
Ana Luiza (PSTU) - 1%
Carlos Giannazi (PSOL) - 1%
Levy Fidelix (PRTB) - 1%
Miguel (PPL) - Não pontuou
Eymael (PSDC) - Não pontuou
Anaí Caproni (PCO) - Não pontuou
Em branco ou nulo - 11%
Não sabe - 6%

Curitiba PR
Em Curitiba tem empate triplo entre Ratinho, Ducci e Fruet
Ratinho Junior (PSC) - 27% das intenções de voto
Luciano Ducci (PSB) – 23%
Gustavo Fruet (PDT) -23%
Rafael Greca (PMDB) – 10%
Carlos Moraes (PRTB) – 0%
Bruno Meirinho (PSOL) – 0%
Alzimara Bacellar (PPL) – 0%
Avanilson Araújo (PSTU) -0%
Branco/nulo – 9%
Não sabe – 7%

Rio de Janeiro RJ
Paes seria reeleito no primeiro turno
Eduardo Paes (PMDB) – 54% das intenções de voto
Marcelo Freixo (PSOL) – 10%
Rodrigo Maia (DEM) – 6%
Otavio Leite (PSDB) – 4%
Cyro Garcia (PSTU) – 1%
Aspásia (PV) – 1%
Fernando Siqueira (PPL) – 1%
Antonio Carlos (PCO) – 1%
Branco/nulo – 14%
Não sabe – 8%

Porto Alegre RS
Fortunati lidera seguido de Manuela
José Fortunati (PDT) - 38% das intenções de voto
Manuela D’Ávila (PCdoB) - 30%
Adão Villaverde (PT) - 3%
Roberto Robaina (PSOL) - 2%
Jocelin Azambuja (PSL) - 1%
Wambert di Lorenzo (PSDB) - Não pontuou
Érico Corrêa (PSTU) - Não pontuou
Brancos/nulos/nenhum - 10%
Não sabe - 15%

Belo Horizonte MG
Larceda tranquilo na frente
Marcio Lacerda (PSB) – 44% das intenções de voto
Patrus Ananias (PT) – 27%
Vanessa Portugal (PSTU) – 4%
Pepê (PCO) – 1%
Maria da Consolação (PSOL) – 1%
Dr. Alfredo Flister (PHS) – não pontuou
Tadeu Martins (PPL) – não pontuou
Em branco/ nulo/ nenhum – 11%
Não sabe – 12%

Recife PE
Petista leva vantagem sobre candidato do governador
Humberto Costa (PT) - 35% das intenções de voto
Mendonça (DEM) - 22%
Daniel Coelho (PSDB) - 8%
Geraldo Júlio (PSB) - 7%
Esteves Jacinto (PRTB) - 2%
Edna Costa (PPL) - 1%
Jair Pedro (PSTU) - 1%
Roberto Numeriano (PCB) - 1%
Branco/nulo/nenhum - 13%
Não sabe - 10%

Jefferson diz que foi erro ter poupado Lula e promete lembrar papel de ex-presidente na lambança


Christiane Samarco, de O Estado de S. Paulo 

Antes mesmo de o Supremo Tribunal Federal (STF) dar início ao julgamento do mensalão, o ex-deputado Roberto Jefferson mostra que está disposto a arrastar com ele, ao banco dos réus, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Reeleito presidente nacional do PTB pela quarta vez consecutiva, Jefferson diz que foi "um grande equívoco" deixar Lula fora do processo e ameaça: "Se tentarem politizar esse julgamento, Lula vai pagar a conta. Vou à tribuna do Supremo".

O que deixou o autor da denúncia do mensalão furioso esta semana foi a informação de que os advogados do ex-ministro José Dirceu, apontado por Jefferson como "o chefe da quadrilha", referem-se a ele como "pessoa de abalada credibilidade" no memorial de defesa entregue ao STF. Tudo para desacreditar aquele que, segundo a defesa de Dirceu, teria criado o termo "mensalão".

"Qualquer ataque a mim será respondido no mesmo tom", avisa o ex-deputado. Embora tenha se surpreendido com um diagnóstico indicativo de câncer no pâncreas e já tenha agendado uma cirurgia para o próximo sábado, 28, Jefferson aposta que estará recuperado até o dia do julgamento de seu processo. Se os demais réus fizerem uma "defesa técnica e jurídica", seu caso será conduzido pelo advogado Luiz Barbosa. Se politizarem o processo, ele faz questão de fazer pessoalmente sua defesa, como advogado que é, da tribuna do STF.

Não por acaso, Luiz Barbosa tem dito que vai usar metade da uma hora a que tem direito na sustentação oral do STF para bater na Procuradoria-Geral da República e desqualificar a denúncia, por não ter incluído o ex-presidente Lula. Para a defesa do presidente do PTB, Lula que será apontado como comandante do esquema. A outra meia hora, Jefferson reserva para que ele mesmo possa se defender, partindo para o ataque.

O presidente do PTB lembrará que o Ministério Público sustenta a tese de que houve corrupção para favorecer o governo. E dirá que ministros são meros auxiliares, uma vez que a Constituição confere apenas ao presidente, chefe do Executivo, o poder de baixar decretos e propor projetos de lei autorizando ministros a fazer pagamentos e gastos. "O governo era o Lula, e não o Zé Dirceu", argumenta.

Ele quer rebater pessoalmente os argumentos do memorial de defesa de José Dirceu. Diz o documento que "a acusação de compra de votos é sustentada por um único e frágil pilar: Roberto Jefferson". Em seguida, os advogados do ex-ministro afirmam que Jefferson estava "no foco de graves acusações relacionadas com a gravação de Maurício Marinho recebendo dinheiro nos Correios".

A defesa de Dirceu acrescenta, ainda, que foi esse contexto que levou Jefferson "a buscar o palanque da mídia e a inventar que parlamentares vendiam votos por uma mesada de R$ 30 mil. Assinam o memorial entregue ao STF os advogados José Luís Oliveira Lima e Rodrigo Dall'Acqua.

Jefferson diz que governo Lula lhe fez proposta para abafar o mensalão

Débora Bergamasco, de O Estado de S. Paulo

Às vésperas do julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-deputado Roberto Jefferson, presidente do PTB, diz que Arlindo Chinaglia (SP), então líder do governo, ofereceu uma "saída pela porta dos fundos" para que não seguisse com a denúncia que abalou o governo petista em 2005.

Pela proposta, Jefferson entregaria a presidência do PTB ao então ministro Walfrido dos Mares Guia (hoje no PSB). Depois, seria escalado um "delegado ferrabrás" para tocar o processo e um relatório pelo não indiciamento do petebista.

"Acharam que eu ia me acovardar. Me confundiram com o Valdemar Costa Neto. De joelho eu não vivo, eu caio de pé", disse Jefferson ao Estado antes da Convenção Nacional do PTB, nessa quarta-feira, 18, em Brasília. Durante mais de três horas, discursos enalteceram a "coragem" do ex-deputado por denunciar o maior escândalo do governo Lula.

A reunião do PTB foi feita para mostrar ao Supremo que Jefferson não é um "qualquer" e que goza de prestígio em seu partido. Ideia do advogado do réu petebista, Luiz Francisco Corrêa Barbosa, que sugeriu antecipar o evento, previsto para novembro, e transformá-lo em "convenção-homenagem".

Carlinhos Cachoeira deveria falar tudo o que sabe à CPI?
Ele é um homem de negócios, não é um homem público. O político tem o patrimônio moral, que é a imagem, para preservar. Ele é chamado de bicheiro, seus negócios nunca foram, assim, muito dentro da lei. Será que ele está zangado? Tem mais é que se preservar mesmo.

Ao denunciar o mensalão, o sr. queria preservar sua imagem?
Claro. Me foi oferecida a troca: eu sairia da presidência do PTB, a daria ao Walfrido. Seria nomeado um delegado ferrabrás para o processo. E o relatório seria pela minha absolvição, pelo não indiciamento. Quer dizer, eu viveria de joelhos, sairia pela porta dos fundos. Eu falei: "Não vou, não. Entrei pela porta da frente e vou sair pela porta da frente. Ou vocês arrumam isso que vocês montaram ou vou explodir isso". Não toparam e foi o que eu fiz. Acharam que ia me acovardar, que eu tinha jeito de Valdemar Costa Neto (presidente do extinto PL, hoje PR, e réu do mensalão), que ia renunciar para depois voltar. De joelho eu não vivo, caio de pé. Fiz o que tinha que fazer. Fui julgado errado pela turma do PT.

Quem fez essa proposta?
O líder do governo (Arlindo) Chinaglia foi à minha casa e fez a proposta. Eu disse: "Não tem a menor chance de dar certo. Não vai para frente".

Arrependeu-se?
Não. Não dá para dar uma de galo mutuca e fugir. Vai olhar o neto no olho como? “Vovô foi acusado, renunciou para não ser cassado…” Isso é conversa de vagabundo, tô fora.


Como avalia o impacto do julgamento nas eleições municipais?
Prefiro agora do que em 2014. Está na hora de ser julgado. O João Paulo Cunha (candidato pelo PT em Osasco) é o único que pode se prejudicar agora.

Haverá surpresa?
Para mim, a sentença que virá – absolvendo ou condenando – é que ninguém mais pode abusar. Quem é processado sofre, todos devem estar sem dormir, como eu. Digo por mim, o processo em si já é uma punição.

De 2005 para cá, houve mudança na postura política brasileira?
Ah, mudou. Até a própria mudança do Lula para a Dilma. O Lula era tolerante com esses abusos, a Dilma, não. O sinal amarelo está aceso para todos. Agora tem que deixar tudo claro. Quando chega uma doação, a gente quer saber de onde vem, quem está mandando, o que ele quer. Antes, se vinha dinheiro, vinha dinheiro.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Vereador Jucélio Girardi é condenado por compra de votos em Joinville


Portal A Notícia 

O vereador Jucélio Girardi (PMDB) foi condenado à pena de quatro anos e três meses de prisão em regime aberto por crime eleitoral. A decisão do juiz Roberto Lepper, da 76° Zona Eleitoral, anota que o parlamentar foi enquadrado no artigo 299 do Código Eleitoral por supostamente ter comprado votos na eleição de 2008.

Além da pena, Jucélio também recebeu uma multa, em valor ainda a ser calculado. O peemedebista já recorreu da sentença, publicada pelo Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC). A decisão não impede que Jucélio concorra às eleições deste ano. Além do julgamento do recurso no TRE-SC, caso venha a perder, o vereador ainda poderia recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Só depois desta instância, caso perca, é que Jucélio poderia vir a ser classificado como ficha suja e ser obrigado a ficar fora das eleições.

Comento
Faltando cinco meses para acabar o mandato é quq a justiça da o parecer. E olha a punição, prisão em regime aberto. Esse é o Brasil.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

A bagunça partidária no país em que os fracassos do governo são um sucesso!


Do Blog Reinaldo Azevedo

Que país exótico!

O fato de a política brasileira não ter a menor importância no mundo nem despertar a mínima curiosidade é uma sorte para os correspondentes estrangeiros que atuam no país. Isso os livra de diabólicos azares. Imaginem, coitados!, ter de explicar lá fora o que parece desafiar a lógica elementar até aqui dentro — embora, diga-se, haja método no imbróglio. Eu chego lá.

Comecemos pelo maior de todos os exotismos: os fracassos do governo Dilma têm sido um grande sucesso de público e seduziam, até havia pouco tempo, quase unanimemente a crítica. Agora, já se ensaia uma censura aqui e acolá, mas ainda bem timidamente. O país cresceu 2,7% no ano passado e deve ficar abaixo disso neste ano. É claro que há a conjuntura internacional e coisa e tal, mas os outros ditos emergentes têm um desempenho muito melhor, o que vale também para alguns países da América Latina. É consenso que o Brasil começa a pagar o preço por aquilo que não fez no tempo das commodities gordas. Agora, até a China diz que o ciclo de baixo crescimento — o “baixo” deles fica ali entre 7% e 8% — veio para durar um bom tempo.

O governo não anda. É pouco realizador, ruim de serviço. Dilma vive da fama de austera, que a tão demonizada — pelos petistas! — “mídia” ajudou a plasmar. Ao fazer o seu trabalho e apontar os casos mais escandalosos de corrupção, a imprensa forçou a presidente a agir. Algumas medidas de impacto — a demissão de ministros — criaram o tal “jeito Dilma” de governar. Estou certo de que 10 entre 10 brasileiros a consideram menos tolerante com a corrupção do que Lula. E, se quiserem saber, isso é verdade porque o contrário seria praticamente impossível, se é que me entendem…

Dadas a baixa performance do governo e uma perspectiva não muito animadora para a economia, o normal seria que forças da oposição estivessem começando a aglutinar os descontentes, estabelecendo, a um só tempo, alguns eixos de críticas e de propostas. Vejam o caso, por exemplo, das universidades federais. A greve que paralisa praticamente 100% das instituições — e já lá se vão dois meses — começou a se tornar visível na imprensa há poucos dias, mas ainda não mobilizou os políticos. No ano passado, mais da metade das instituições ficou parada por mais de quatro meses. Não conseguiram gerar nem mesmo notícia.

O agreste nordestino vive a pior seca em 30 anos. Ela devasta mais de mil municípios. Dilma, obviamente, não é culpada pela falta de chuva. Mas o governo é, sim, responsável por ter negligenciado a assistência e as medidas preventivas. Afinal, esse quadro pode ser tudo, menos surpreendente. Já se sabia o que viria, mas a máquina, inchada e cara, não se mexeu. As vozes representativas do Nordeste no Parlamento, majoritariamente governistas, estão mudas.

A falta de investimentos e de planejamento na área de infraestrutura é uma verdadeira bomba-relógio. O país está começando a comprometer as futuras gerações. O ar severo e compenetrado de Dilma não deve ser confundido com competência. Já se cometeu o erro de tomar as bazófias de Lula por realizações… Não obstante, que força organiza a crítica? A sabedoria convencional diria que momentos assim começam a forçar o pêndulo para o lado oposicionista, certo? É o que costuma acontecer em todas as democracias no mundo.

Por aqui, para má nossa má sorte, é a oposição que continua num lento processo de desconstituição. Por que escrevo “para nossa má sorte”? Porque todo o processo político está rendido a um governo que só não perdeu o rumo porque, de fato, nunca o encontrou. Qual é mesmo a prioridade de Dilma? Se quiséssemos citar, sei lá, três eixos estruturantes de sua gestão, quais seriam?

Quem se move?
Partidos da base aliada começaram a sentir primeiro o cheiro de carne queimada. Na semana passada, numa conversa despretensiosa, como a fingir que só dizia uma obviedade, Michel Temer, o vice-presidente, afirmou que concorrer à reeleição não é uma fatalidade da natureza. Referia-se a Dilma. Ao mesmo tempo, movia-se nos bastidores para, se me permitem o verbo, “fagocitar” partidos nanicos e nem tão nanicos. Uma das legendas que estão no radar de Temer é nada menos do que o… DEM! Vejam vocês! No país da jabuticaba e da pororoca, o mais crítico dos partidos de oposição corre o risco de se fundir com o segundo sócio mais importante do governismo. As respectivas cúpulas dos dois partidos mantêm, e isso é fato, não especulação, uma interlocução permanente. O PMDB pretende criar a sua própria alternativa de poder? Duvido! Quer é ser mais governo, com Dilma mesmo. Se mais forte, pode impor mais condições.

Também o PSB, do governador Eduardo Campos (PE), dá mostras de que pretende ganhar musculatura até 2014. Se a economia degringola a valer (o que não está no horizonte), ele até pode sonhar mais alto já em 2014; se a aliança com Dilma se mantiver, o partido pretende reivindicar mais espaço na aliança e num eventual segundo mandato da presidente. Estão percebendo? A política se tornou, no Brasil, um território quase exclusivo do governismo.

O rolo envolvendo Minas e o PSD, então, desafiaria a paciência de qualquer estrangeiro que tentasse entender o que se passa no país. Os petistas consideram a eleição em São Paulo uma questão de honra, o que levou Lula para os jardins de Maluf. A gestão Gilberto Kassab é implacavelmente alvejada pelo petismo. Mas Dilma recorreu ao prefeito para vitaminar, em Belo Horizonte, a candidatura do petista Patrus Ananias, que conta com o apoio do PMDB. Como o partido já havia sido atraído para a órbita de Aécio Neves, que apoia a reeleição de Márcio Lacerda, do PSB, Kassab interveio na direção local da legenda para forçá-la a se coligar com o… PT!

Não custa lembrar:
— até outro dia, petistas e tucanos mineiros se orgulhavam da aliança na cidade e diziam que a briga de foice entre os dois partidos era coisa de… paulistas;
— nacionalmente, um dos principais aliados de Eduardo Campos é justamente… Kassab. Na capital mineira, no entanto, o prefeito paulistano se arriscou a fazer uma intervenção no PSD para impedi-lo de apoiar o candidato de… Campos!;
— o Kassab que é um dos principais alvos do petismo em São Paulo se transformou num dos principais esteios do petismo em Belo Horizonte;
— o PSDB mineiro, que sempre preferiu a parceira com o PT ao confronto (afinal, isso seria “coisa de paulistas”), foi agora tomado de brio redentor;
— a senadora Kátia Abreu (TO), vice-presidente do PSD, que não foi nem mesmo consultada sobre a intervenção feita por Kassab em Belo Horizonte, reagiu à decisão do prefeito com uma carta duríssima. Foi convidada a migrar para o PMDB. Por enquanto, declinou, mas não descartou. Caso isso acontecesse agora, estaria se integrando à legenda que apoia justamente Patrus Ananias, em favor de quem Kassab fez a intervenção.

Afinal, o que se passa?
Que diabos acontece, afinal de contas, com a política no Brasil e para onde isso nos leva? Começo pela resposta à segunda questão: isso não nos leva a lugar nenhum! Ou nos conduz, sim, a um lugar: a mais do mesmo! Não será em meio a essa desordem partidária que se vai estruturar uma ideia-força para romper com certos atrasos e modernizar a agenda.

A reforma partidária vai assumindo no Brasil as características de uma balcanização de legendas, que vão se fragmentando e se constituindo em grupos de pressão, mas sempre articuladas em torno do governismo, dispostas a arrancar conquistas pontuais do estado ou a ocupar postos estratégicos aqui e ali que garantam o statu quo de grupos, de correntes de opinião, de interesses organizados. Eis o único método do imbróglio. Tudo isso, claro!, faz parte da política. Quando FHC, por exemplo, levou o PSDB a se juntar com o antigo PFL, não ignorava que esses aliados — e outros que se juntaram — tinham suas demandas particulares. Mas ele tinha um norte: a necessidade de fazer reformas — reformas que efetivamente fez (as que conseguiu ao menos) e que, em boa parte, garantiram a bonança dos oito anos de Lula.

A política brasileira vive um momento melancólico. Nunca antes na história destepaiz um governo fraco foi tão forte. Nunca antes na história destepaiz uma oposição com motivos para ser forte foi tão fraca. Aquele não dispõe de ideias, mas detém os instrumentos com que fazer a cooptação. Esta não detém os instrumentos e, se tem ideias, guarda-as para si.

Nessa toada, o Brasil — em que 38% dos universitários não são plenamente alfabetizados —  continuará a ser um país do futuro cheio de passado…

terça-feira, 17 de julho de 2012

Band SC realiza primeiro debate entre os prefeituráveis em Joinville

Portal Band SC

Na sexta-feira (13) pela manhã, os assessores dos candidatos a prefeito de Joinville se reuniram na sucursal da BAND SC da cidade. A equipe de produção e o advogado da emissora apresentaram as regras do debate que vai ser realizado no próximo sábado, 21, no auditório da Sede da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), em Florianópolis. Os assessores dos candidatos Carlito Mers (PT), Kennedy Nunes (PSD), Udo Dölher (PMDB), Marco Tebaldi (PSDB) e Leonel Camasão (PSOL) tiraram dúvidas sobre o formato do programa e os temas que estarão em pauta.

Nesta semana o programa Notícias da Redação, que vai ao ar às 13h, terá entrevistas com os candidatos para divulgas suas propostas. A ordem segue o sorteio feito no dia do encontro com os assessores. O primeiro entrevistado é o candidato a reeleição, Carlito Mers, na segunda-feira (16). Na terça é a vez de Marco Tebaldi. O candidato Udo Döhler apresenta seus projetos na quarta-feira. Leonel Camasão é o próximo e, por fim, Kennedy Nunes na sexta-feira.

O debate vai ser transmitido ao vivo, para todo o Estado, a partir das 22h10. O primeiro deles aconteceu no sábado (14) entre os candidatos à prefeito de São José. A novidade deste ano é a presença de uma platéia, que foi convidada para assistir ao vivo o debate. Com flashes ao longo da programação o jornalismo da Band SC dará cobertura ao encontro com divulgação em tempo real no site: bandsc.com.br e twitter: @band_sc.

domingo, 15 de julho de 2012

Tebaldi lidera primeira pesquisa depois do registro oficial das candidaturas à Prefeitura de Joinville

O Ibope divulgou a primeira pesquisa após os registros oficial das candidaturas à Prefeitura de Joinville. A pesquisa foi encomendada pelo Grupo RBS. O ex-prefeito Marco Tebaldi (PSDB) aparece numericamente à frente na disputa pelas intenções de voto.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Show de transparência


Radar Online, Lauro Jardim

Não começou bem o mandato de Wilder Pedro de Morais no Senado. Além de tomar posse praticamente escondido (coube ao quarto secretário Ciro Nogueira correr para o Congresso empossá-lo no cargo), Wilder inaugurou sua trajetória política em uma sexta-feira… treze.

Vereador dobra patrimônio e diz que ganhou três vezes na loteria


Folha

O vereador paulistano Wadih Mutran (PP), que apresenta uma das maiores evoluções patrimoniais no Brasil em números absolutos, nos últimos quatro anos, alegou que parte do seu enriquecimento se deve a três bilhetes de loteria premiados.

Entre 2008 e 2012, o pepista dobrou sua riqueza – passou de R$ 1,9 milhão a R$ 3,8 milhões. No período, Mutran conta que ganhou R$ 600 mil na loteria federal, em 2009. “Era uma trinca. Três bilhetes, cada um com prêmio de R$ 200 mil”, explicou.

O vereador diz ter usado o prêmio para comprar dois apartamentos na zona norte de São Paulo, nos valores de R$ 400 mil e R$ 360 mil. Outro aspecto que chama a atenção em sua declaração de bens é a quantidade de dinheiro guardado em espécie. Eram R$ 260 mil, em 2008, e atualmente é R$ 1,4 milhão. Segundo Mutran, os valores são provenientes de aplicações e “negociações”, usadas para ajudar familiares.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Carlito nega que estipulou prazo para resolver o problema da saúde em Joinville. Ou a pergunta surpresa.

Durante esta semana a Ric TV Record está realizando uma série de entrevistas com os candidatos a prefeito de Joinville. Nesta quarta (11), foi a vez do atual prefeito e candidato a reeleição Carlito Merss (PT).

Dois fatos chamaram a atenção nessa entrevista. O primeiro foi durante a entrevista.

Questionado pelo entrevistador Osny Martins se novamente nesta campanha eleitoral o prefeito daria um prazo para resolver o problema na saúde pública em Joinville. O candidato disse que nunca estipulou prazo para resolver o problema da saúde em Joinville. Carlito afirmou que na campanha municipal passada, ele afirmara apenas que priorizaria a saúde, como voltará a fazê-lo agora.

A pergunta foi feita porque na campanha de 2008 o até então candidato agora prefeito disse que em 100 dias resolveria o problema da saúde na cidade. Carlito chegou a dizer na época que montaria um gabinete provisório dentro do hospital São José., coisa que não fez até agora. 

A outra parte da entrevista que chamou a atenção aconteceu após a entrevista. 
O jornalista Osny Martins um dos entrevistadores na entrevista mencionou em sua página na internet (aqui), sobre uma pergunta surpresa que foi feita ao candidato. 
Pergunta surpresa? Hora, então as outras perguntas foram combinadas?

A tal da pergunta surpresa foi sobre o histórico do Dia do Trabalho. Onde surgiu a data e por qual motivo. O prefeito acertou a cidade de Chicago, nos Estados Unidos, mas não exatamente o motivo. 

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Demóstenes diz que vai recuperar mandato no STF

Demóstenes usou o twitter para fazer sua primeira manifestação depois de ter o mandato de senador cassado. 

O agora ex-senador Demóstenes Torres disse que apartir de agora vai voltar a interagir com seus seguidores no microblog.

"Vamos voltar a conversar aqui, vamos falar de música, literatura, política", postou ele.

Demóstenes também usou o twitter para dizer que vai ao STF recuperar seu mandato. "Vou recuperar no STF o mandato que o povo de Goiás me concedeu".

“A esquerda me tirou o mandato, mas não a coragem”, escreveu Demóstenes.

Substituto de Demóstenes foi casado com mulher de Cachoeira e tem problemas na justiça


Do site Pragmatismo Politico

Wilder Morais (DEM-GO) é bastante conhecido em Goiás e ficou em evidência após as denúncias contra Demóstenes por ser ex-marido de Andressa Mendonça, atual mulher do criminoso Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Prestes a assumir o mandato de senador, após o plenário do Senado ter confirmado nesta quarta-feira a cassação de Demóstenes Torres (sem partido-GO), o primeiro suplente Wilder Pedro de Morais (DEM-GO) omitiu boa parte de seus bens na prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Wilder é um dos empresários mais ricos de Goiás e foi o segundo maior doador da campanha de Demóstenes em 2010, com R$ 700 mil repassados oficialmente por meio de duas de suas empreiteiras.

Registros da Junta Comercial de Goiás mostram que Wilder é sócio-proprietário de 24 empresas. Na declaração de bens ao TSE – o patrimônio declarado é de R$ 14,4 milhões – são listadas 15 empresas.

Informações da Receita Federal apontam que pelo menos oito empreendimentos ausentes da declaração de patrimônio foram constituídos antes das eleições de 2010 e, portanto, deveriam ter sido informados ao TSE. É o caso de dois shopping centers: o Bouganville (Nove Administração e Participações), em Goiânia, e o Brasil Park (Brasil Park Participação e Investimentos), em Anápolis. Wilder aparece como o empreiteiro responsável pelos centros de compra desde as respectivas inaugurações, em 2006 e 2007. Nem os nomes das duas empresas nem o CNPJ delas aparecem na declaração ao TSE, mas apenas a Orca Construtora, que fez parte dos investimentos nos shopping centers.

Tudo em casa: Andressa, atual mulher do bicheiro Carlinhos Cachoeira, foi casada com Wilder Morais, suplente de Demóstenes Torres.

Também ficaram fora da prestação de contas de Wilder Morais três empresas de prestação de serviços funerários, duas delas constituídas antes de 2010 (uma em 2004 e outra em 1995). Neste ano, o primeiro suplente passou a ser sócio de um cemitério em Goiânia. Wilder é dono ainda de empresas do ramo agropecuário, de fabricação de estruturas metálicas, loteamento, incorporação de imóveis, estacionamento e consultoria em gestão empresarial, boa parte delas ausente da declaração apresentada ao TSE.

O patrimônio do primeiro suplente de Demóstenes é incalculável. Desde a deflagração da Operação Monte Carlo, o nome de Wilder é citado nas investigações. A mulher do bicheiro Carlinhos Cachoeira, Andressa Mendonça, foi casada com o suplente, com quem teve dois filhos. Andressa deixou Wilder para ficar com Cachoeira, conforme declaração de Demóstenes no início da crise política. A mulher do bicheiro é dona de uma loja de lingerie no Shopping Bouganville. Foi, segundo ela, um presente de Wilder, o dono do shopping.

Conversas telefônicas usadas pela Polícia Federal (PF) na Operação Monte Carlo mostram que Cachoeira atuou para que Wilder fosse o suplente de Demóstenes. O empresário é secretário de Infraestrutura no governo de Marconi Perillo (PSDB) em Goiás e, conforme as escutas, discutiu com o tucano assuntos tratados anteriormente com o bicheiro. A reportagem tentou ouvir o suplente mas, segundo sua assessoria, ele está de férias, em viagem com os filhos. A assessoria disse que Wilder tem intenção de assumir o mandato de senador

— O fato de sonegar uma informação sobre o patrimônio é passível de questionamento e sanção, mas isso deve ser feito até 15 dias depois da diplomação. Se não foi feito, só há possibilidade de responsabilidade penal — disse o advogado Erick Pereira, especializado em Direito Eleitoral. Assim como o titular, os suplentes de senador – que não são votados – têm a obrigação de declarar o patrimônio à Justiça Eleitoral. O segundo suplente de Demóstenes, o produtor rural José Eduardo Fleury (DEM-GO), declarou um patrimônio de R$ 1,4 mi ao TSE. O principal bem é uma fazenda de 810 hectares em Quirinópolis (GO)

Por 56 votos a 19, Demóstenes tem mandato cassado pelo Senado

Na Folha


O senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) teve nesta quinta-feira (11) o mandato cassado por 56 votos a favor, 19 contra e 5 abstenções.

Ele se tornou o segundo parlamentar, em 188 anos de história, a ser excluído da Casa pelos próprios colegas.

Um dos principais líderes da chamada "bancada ética" do Senado, Demóstenes foi flagrado em escutas pela Polícia Federal em situações que sugerem o uso do cargo em benefício do suposto esquema criminoso comandado por Carlinhos Cachoeira.

Além disso, é acusado de ter mentido em plenário quando disse que somente mantinha relação de amizade com o empresário.

Em sua última tentativa de se manter no cargo, Demóstenes apelou aos senadores: "Quem cassa senador é senador e não a imprensa. Por favor, me deem oportunidade de provar que sou inocente. Não acabem com a minha vida."

Com a renúncia, o empresário Wilder Pedro de Morais deve assumir o cargo. Ele é o atual secretário de Infraestrutura de Goiás e ex-marido de Andressa Mendonça, atual mulher de Cachoeira. Morais é citado pelo empresário em conversas telefônicas grampeadas pela Polícia Federal como alguém próximo.

Oitenta senadores acompanharam a sessão, um quorum raro nas sessões do Senado. Apenas o senador Clovis Fecury (DEM-MA) não compareceu. Ele está de licença para tratar de assuntos pessoais.

Até hoje o Senado só havia cassado o mandato de Luiz Estevão (DF), em 2000, no escândalo de desvio de recursos das obras do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo.

O ex-líder do DEM ficará inelegível até 2027 (oito após o término da legislatura para o qual foi eleito), quando terá 66 anos.

A votação que levou a perda do mandato de Demóstenes foi secreta e os senadores foram proibidos de revelar o voto.

Se não tivesse morrido, Demóstenes cassaria o mandato do colega ex-Demóstenes sem hesitar

Do Josias de Souza, no UOL


Ano: 2007. Dia: 5 de dezembro. Local: plenário do Senado. A cuia de concreto projetada por Oscar Niemeyer fervilhava. Do lado de dentro, uma guilhotina. Sob a lâmina, pela segunda vez, o pescoço de Renan Calheiros. Os senadores revezavam-se na tribuna. Entre todas as vozes, a de Demóstenes Torres foi a que soou mais draconiana. “Vou votar pela perda de mandato”, eis a última frase.

Ano: 2012. Dia: 11 de julho. Local: o mesmo plenário do Senado. A cuia emborcada para baixo volta a ferver. De novo, um cadafalso. Ao longo do dia, os oradores se alternarão no púlpito. Dessa vez, não se ouvirá a voz inapelável de Demóstenes. Irá ao microfone um impensável ex-Demóstenes. Com a cabeça a prêmio, pronunciará o mais constrangedor discurso do dia. Rogará aos colegas que lhe salvem o mandato.

Submetido aos rigores do Demóstenes de 2007, o ex-Demóstenes de 2012 é um personagem indefeso. Na quinta-feira (5) da semana passada, a caminho do patíbulo, o sósia de Demóstenes discursou para um plenário ermo. Distribuiu invectivas contra o colega Humberto Costa, relator da peça que o acusa de ter maculado o decoro parlamentar.

O ex-Demóstenes abriu aspas para Humberto: “A apreciação realizada pelo Conselho de Ética não se confunde com os julgamentos do Poder Judiciário, que são julgamentos presos a rigorosos formalismos procedimentais, inclusive obrigados a buscar provas materiais irrefutáveis. Tal não se aplica ao processo disciplinar de falta de decoro parlamentar.”

Na pele de neo-Renan, o ex-Demóstenes indignou-se: “Isso está lá desse jeito, anunciando que um senador pode perder o mandato ao arrepio do procedimento formal e independentemente de se buscar prova.” Queixou-se: “[…] A representação, que deveria ser um documento à altura do mandato que ela quer cassar, foi transformada apenas numa folha de papel com ‘fatos deduzíveis’.”

Por uma dessas ironias que só a história, seletiva Senhora, sabe como levar ao corredor frio da posteridade, o ex-Demóstenes soou como o seu alvo de quatro anos e sete meses atrás. Também Renan, no julgamento de 2007, investira contra o relatório do senador Jefferson Peres, o relator da época. Reclamara de um texto que encomendava o seu escalpo invocando os “indícios de culpa.”

Implacável, Demóstenes dera de ombros para os procedimentos formais que poderiam produzir as provas: “Não me venham com a história de que meros indícios ou de que apenas indícios não são suficientes para ensejar uma condenação. São sim! O Código de Processo Penal tem um capítulo – “Dos Indícios” –, com um artigo, que dispõe claramente a respeito do tema. E os indícios levantados pelo senador Jefferson Péres são mais que suficientes para provar que o senador Renan Calheiros quebrou o decoro parlamentar.”

Em memorial distribuído na véspera do julgamento desta quarta, os advogados do ex-Demóstenes anotaram que “pesa” sobre os ombros dos juízes do Senado “uma dura cobrança de uma sociedade que está absolutamente vendada pelos mesmos interesses e atitudes” que “sangram” o acusado. A defesa conclamou os algozes a dar as costas para a imprensa e a opinião pública. Rogou para que resistam “a essa cobrança toda, a essa desmedida e criminosa pressão que não cessa…”

Tomado pelas palavras de 2007, Demóstenes daria uma banana para os defensores do ex-Demóstenes. Vale a pena ouvir o verdugo de Renam: “Nós, senadores, temos de salvar o nosso mandato. Temos de melhorar a imagem do Parlamento. Temos de votar de acordo com as nossas consciências. Temos de ser homens de bem. Temos de pensar que aí fora existe toda uma sociedade à espera do que vai acontecer. Esse resultado aqui não afeta só o nosso dia-a-dia, afeta a história de cada um de nós.”

Em discurso de seis dias atrás, um ex-Demóstenes sem história incomodara-se com uma frase extraída do relatório de Humberto Costa, o seu Jefferson Peres. Reproduziu-a: “O que está em debate não é a imagem do parlamentar, individualmente considerada, mas a do Parlamento.” Depois, interpretou-a:

“Significa que, se o meu pescoço não servir de abrigo à espada da mídia, ela vai se voltar contra esta Casa. Para efeito de comparação, seria certo a polícia tirar um suspeito de dentro da delegacia e entregar para a multidão que grita pelo linchamento. Não importa se a vítima é culpada ou inocente, se seria ou não absolvida pela Justiça. Se depois for descoberto que ela estava correta, será tarde, pois a sede de sangue tem de abastecer a enxurrada.”

O Demóstenes de 2007 preferia associar-se à “espada da mídia” para evitar que a lâmina se voltasse contra “esta Casa”. Emparedava os colegas, crivando-os de interrogações: “Qual é o Senado que nós queremos, senhoras e senhores senadores? É o Senado de Nabuco de Araújo? É o Senado de Rui? O Senado de Tancredo? O Senado de Juscelino? De Afonso Arinos? Ou queremos o Senado da patranha, o Senado da vergonha. […] A opinião pública vai nos cobrar se daqui sair mais uma decisão injusta, se daqui não apontarmos nós o caminho para a redenção do Senado.”

No miolo do seu memorial, como que preocupados com a possibilidade de a língua ferina de Demóstenes influir no julgamento, os advogados do ex-Demóstenes anotaram: “A defesa bem sabe que talvez o senador esteja aqui sendo julgado também, e sobretudo, por ser rigoroso, por ter sido agressivo nas palavras, por ter sido duro nas cobranças cotidianas. Mas se estes atos do passado o afastam dos seus pares, por eventual falta de cordialidade, certamente não representam potencial para justificar sua cassação.”

Vacinado contra apelos emocionais, Demóstenes faria ouvidos moucos para a equipe de defesa. Na célebre sessão de 2007, o antecessor do ex-Demóstenes comparara o acusado de então com o colega que presidia o julgamento na época e consigo mesmo:

“O senador Renan Calheiros é muito mais simpático do que o senador Tião Viana, muito mais simpático do que eu. Todavia, infelizmente, o concurso não é de miss, o concurso não é de mister, não conta simpatia neste caso. Conta, sim, a atitude que um homem tem à frente da Casa, no comando da Casa, ou sentado aqui, como senador da República.”

Para o Demóstenes de outrora o apelo à “cordialidade” insuado no texto dos advogados do ex-Demóstenes de agora era matéria prima negligenciável: “Os Senadores não devem votar só com seu coração, por maior que seja o sentimento de amizade pelo senador Renan Calheiros, por maior que seja a simpatia que ele inspirou quando presidente, e foi um presidente que atendeu a todos. Ele quebrou o decoro parlamentar. Essa é a situação que tem de ser considerada.”

Hoje, o ex-Demóstenes e sua defesa agarram-se ao voto secreto na expectativa de que do escurinho brote a surpresa de uma absolvição. Ontem, Demóstenes criticava o “papel feio que faz um senador que vem aqui, discursa de uma forma, vota de um jeito e sai dizendo que votou de outro.”

Indavava: “O que há por trás disso?” Açulava: “Assumam as posições!” Inquiria: “Que mal há nisso?” E lecionava: “É melhor o senador Renan Calheiros saber identificar quem foi que votou contra ele ou quem votou a favor dele do que o ato de dissimulação. Isto é o pior que pode haver para o Parlamento do Brasil, é o pior que pode haver para a configuração de um Senado altaneiro.”

Um momento crucial das biografias é o encontro do homem com seu erro. Demóstenes avistou-se com o erro no instante em que aproximou sua biografia à folha corrida do contraventor Carlinhos Cachoeira. Se a atuação de Demóstenes no Senado ensinou alguma coisa, é a não esperar qualquer tipo de intenção altruísta de personagens como Cachoeira. Quando se achegam a pessoas influentes, não buscam amizade, mas o intercâmbio de favores que lhes facilitem a sobrevivência.

Ao misturar-se com Cachoeira, Demóstenes tropeçou no erro. Sendo quem era, deveria ter olhado para o erro e proferido a sentença: “Ali está o erro”. Preferiu passar adiante, sem desconfiar de que o erro era o erro. Resultado: mergulhou de cabeça nas conversas vadias do Nextel. Encharcado, tornou-se o irreconhecível e indefensável ex-Demóstenes dos dias que correm.

Se não tivesse morrido, Demóstenes cassaria o mandato do colega ex-Demóstenes sem titubeios. Repetiria da tribuna, neste 11 de julho de 2012, a performance daquele 5 de dezembro de 2007. A plenos pulmões, voltaria a indagar:

“Qual é o Senado que nós queremos, senhoras e senhores senadores? É o Senado de Nabuco de Araújo? É o Senado de Rui? O Senado de Tancredo? O Senado de Juscelino? De Afonso Arinos? Ou queremos o Senado da patranha, o Senado da vergonha? Queremos o Senado do Demóstenes ou o Senado do ex-Demóstenes?” Em 2007, a despeito da verve de Demóstenes, os senadores optaram pelo Senado de Renan. Em 2012…

segunda-feira, 9 de julho de 2012

CUT diz que irá às ruas para defender réus do mensalão

Charge do paranaense Márcio Moura 
Mariana Carneiro, na Folha

O novo presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Vagner Freitas, 46, diz que pode levar às ruas a força da maior central sindical do país para defender os réus do mensalão, que começarão a ser julgados pelo Supremo Tribunal Federal em agosto.

"Não pode ser um julgamento político", disse Freitas à Folha. "Se isso ocorrer, nós questionaremos, iremos para as ruas." Freitas será empossado presidente no congresso que a CUT realizará nesta semana em São Paulo.

A abertura do evento hoje deverá contar com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A central nasceu como uma espécie de braço sindical do PT nos anos 1980 e a maioria dos seus dirigentes é filiada ao partido

Freitas disse temer que o julgamento do mensalão se transforme em mais um campo de batalha entre os petistas e seus adversários, e afirmou que isso poderia colocar em risco os avanços sociais conquistados pelo país após a chegada do PT ao poder.

"Nós vivemos um bom momento político e a estabilidade é importante para os trabalhadores", disse o sindicalista. "Não queremos um país desestabilizado por uma disputa político-partidária, entre o bloco A e o bloco B."

Se isso acontecer, a central não ficará de braços cruzados: "A CUT é um ator social importante e não vai ficar olhando", afirmou Freitas.

Em 2005, quando o escândalo do mensalão veio à tona, a CUT reuniu 10 mil pessoas em Brasília para uma manifestação em defesa do governo Lula. O protesto foi organizado logo depois da queda do então ministro da Casa Civil, José Dirceu, um dos réus do processo no STF.

Nos últimos meses, sindicatos ligados à CUT serviram frequentemente de palco para os réus do mensalão apresentarem sua defesa. O próprio Dirceu foi a congressos estaduais da central neste ano para falar sobre a conjuntura política e o julgamento.

No ano passado, foi numa plenária da CUT em Guarulhos, na Grande São Paulo, que o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares lançou uma campanha para mobilizar militantes em sua defesa.

Delúbio, que foi dirigente da CUT antes de cuidar das finanças do PT, foi expulso do partido no auge do escândalo e reintegrado no fim do ano passado. Ele e Dirceu receberam manifestações de apoio nos encontros da central.

Ligado ao Sindicato dos Bancários de São Paulo, Freitas será o primeiro representante da categoria a comandar a CUT, que foi dirigida por metalúrgicos do ABC paulista na maior parte dos seus quase 30 anos de existência.
Aqui

domingo, 8 de julho de 2012

Döhler assume autoria por mancha no Rio Cachoeira em Joinville


Portal AN

A empresa Döhler, de Joinville, emitiu uma nota oficial neste sábado assumindo a autoria da mancha vermelha que apareceu no Rio Cachoeira. Segundo a empresa, ocorreu o rompimento parcial de um dos canos da rede de descarte de efluentes da fábrica, resultando no vazamento de corante no rio. Segundo o comunicado, a empresa já tomou as medidas necessárias para corrigir a falha.

Amostras do resíduo no rio foram coletadas por equipes da Fundação do Meio Ambiente (Fundema) da Polícia Militar Ambiental, assim como na estação de tratamento da Döhler, na saída pela rede pluvial e numa galeria próxima. O resultado do primeiro laudo deve sair em dez dias e o segundo, mais detalhado, em um mês.

Se for confirmado, por laudo, a autoria da empresa, pode haver multa de R$ 50 a R$ 50 milhões. O valor, segundo o policial Dario Aires Martins Júnior, vai depender da substância que caiu no rio e do impacto ambiental causado pelo produto. Segundo Dario, o fato de a empresa ter assumido pode reduzir a pena.

Cor do rio surpreende moradores

A Fundema e a Polícia Militar Ambiental foram pegos de surpresa na manhã deste sábado quando receberam inúmeros telefonemas de moradores relatando a mancha vermelha no Rio Cachoeira. O rastro começava no bairro Santo Antônio, na divisa com o Distrito Industrial, e seguia até a Câmara de Vereadores.

Conforme o policial Dario, a subida de maré no meio da tarde conteve a mancha, que pode ter se alastrado ainda mais após as 16 horas.

O policial descreve o produto no Cachoeira como algo quente, que na avaliação da Fundema estava com 29°C no começo da tarde, quando o normal, para o rio, seria no máximo 19°C.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Senado aprova fim do voto secreto para cassações de mandato


Gazeta do Povo

O Senado aprovou nesta quarta-feira (4) o fim do voto secreto para as cassações de mandato de deputados e senadores.
Por 56 votos a 1, o plenário aprovou a chamada PEC do Voto Aberto, que ainda precisa passar pela Câmara dos Deputados para entrar em vigor.

A mudança não deve ser aprovada pelos deputados a tempo de valer na votação da cassação do senador Demóstenes Torres (sem partido, ex-DEM-GO), marcada para a próxima quarta-feira (11). Apesar de líderes partidários da Câmara afirmarem que há acordo para votar o fim do voto secreto nas cassações, a proposta que tramita na Casa não entrou na pauta do plenário.

"Acho que cassação tem que ter voto secreto, não tem que ser sujeita a pressões, mas calcada em fatos. Os parlamentares trabalham como julgadores, é uma questão de foro íntimo", afirmou.

A PEC mantém votação secreta do Congresso para indicação de autoridades do governo federal, autarquias, embaixadores ou tribunais superiores, vetos presidenciais e casos como exoneração do procurador-geral da República.

Todas essas modalidades de votação secreta estão hoje previstas pela Constituição, incluindo a perda do mandato.

O plenário aprovou a proposta em dois turnos, abrindo e fechando sessões para permitir a votação no mesmo dia.
Ao defender a aprovação da PEC, o senador Pedro Taques (PDT-MT) disse que "senador e deputado que não aguenta pressão, tem que voltar para casa".

Já o senador Paulo Paim (PT-RS), favorável ao fim de todas as votações secretas previstas pela Constituição, disse que há o "medo" do voto aberto em outras situações por parlamentares comprometidos com seus interesses particulares.

Especialistas veem PT em momento difícil para as eleições municipais 2012

Globo Online

Número de candidaturas próprias em queda nas capitais: 17 contra 19, de 2008. Uma candidatura, a de Fernando Haddad, que patina nas pesquisas em São Paulo. Afastamento de um importante aliado (o PSB) em três cidades estratégicas — Recife, Belo Horizonte e Fortaleza. Julgamento do mensalão, um escândalo com o potencial de afetar seu desempenho nas urnas. Tudo isso aliado a uma presidente (Dilma Rousseff) que, segundo analistas, não gosta de fazer política, um líder (Lula) — que gosta muito — impossibilitado de fazê-la por questões de saúde e à economia, cuja desaceleração promete acentuar-se ainda mais nos próximos meses. O PT, segundo avaliações de cientistas políticos consultados, vive um momento complicado. O que compromete as aspirações do partido tanto para as municipais de outubro quanto para as presidenciais de 2014.

O partido vive sua pior crise de identidade dos últimos dez anos, e isso ameaça a liderança caudilhista de Lula no processo político nacional — opinou Marco Antonio Villa, professor do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de São Carlos.

Para Villa, “apatia política” de Dilma, o estado de saúde e “um certo desgaste da figura do Lula entre políticos locais”, a incapacidade do PT em formar novas lideranças e, especialmente, a economia justificam o quadro . O julgamento do mensalão, segundo ele, também pode afetar as eleições.

Se figuras-chave do projeto de poder do PT, como José Dirceu e João Paulo Cunha, forem condenadas, presas, a oposição poderá explorar isso muito bem na campanha municipal — afirmou Villa, para quem a ausência de nomes fortes locais recai sobre a figura de Haddad.

O cientista político David Fleischer, professor emérito da Universidade de Brasília (UnB), acrescenta ainda ao quadro a incapacidade — “talvez por soberba”— do PT em fazer coligações com o PSB, uma força política em ascensão.

Resolver enfrentar o PSB em Recife, Belo Horizonte e Fortaleza é um tiro no pé. O PT perde força e pode pagar caro por isso. Se Campos era um nome para concorrer apoiado pelo PT em 2018, agora há quem aposte que ele saia candidato em 2014, contra a Dilma, quem sabe ao lado do Aécio (Neves, do PSDB) — disse Fleischer. Aqui

quarta-feira, 4 de julho de 2012

PEC dos Bombeiros Voluntários é aprovada na Assembleia de SC


No portal AN

A PEC dos Bombeiros Voluntários foi aprovada na tarde desta quarta-feira, na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, em Florianópolis. A proposta de emenda à constituição (PEC) do Estado - que dá aos municípios o direito de realizar convênios com os corpos de bombeiros voluntários para fiscalização de projetos, edificações e obras e certificação - recebeu 24 votos a favor.

Enquanto isso, três votaram contra e dois se abstiveram. Onze não estiveram presentes. Com a aprovação em primeira instância, o texto passou pela segunda votação de teor regimental, e também foi aprovado.

O texto tem uma emenda do deputado Elizeu Mattos (PMDB), que limita a possibilidade de convênios das Prefeituras apenas com associações de bombeiros voluntários criadas até maio de 2012.

Cercada de expectativa, a aprovação da PEC foi muito comemorada pelos cerca de 200 bombeiros voluntários presentes e pelas lideranças políticas, empresariais e comunitárias de Joinville presentes em Florianópolis.

—  É uma vitória de Joinville e de todo povo catarinense. Estamos cientes da dificuldade que isso foi, mas sabemos que a aprovação é um voto do Estado para todo voluntariado — disse Moacir Thomazi, presidente do Corpo de Bombeiros Voluntários de Joinville.

A nova lei não irá mudar a rotina da corporação joinvilense, que já tinha convênio com a administração municipal, mas irá mudar a situação de outros bombeiros voluntários instalados em Santa Catarina que estavam sem convênio. A lei agora dá segurança jurídica para que os convênios sejam realizados.

Perfil oficial de secretaria da prefeitura de Joinville faz campanha para reeleição do prefeito Carlito Merss

Nesta terça-feira (03), a Secretaria Regional do Fátima usou seu perfil oficial no twitter para fazer campanha para reeleição do prefeito Carlito Merss.
Foram vários tweets postado na pagina oficial da secretaria com as tags: #Ficacarlito, #Carlitomais4, #Joinville #Agoratem.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Ex-candidata do PSOL acusa partido de envolvimento no esquema de Carlinhos Cachoeira


Poder Online, no Portal IG

Pois é. Essa CPI do Cachoeira tem fogo para todo lado.

Veja o caso de Noelia Brito

Ela foi pré-candidata do PSol à prefeitura do Recife, mas teve sua candidatura retirada pela cúpula do partido, se desfiliou e anunciou apoio aos candidatos do PSTU em Pernambuco.

Em discurso durante a Convenção estadual do PSTU, Noélia acusou o comando nacional e estadual do PSol de envolvimento com o quê?

Com o esquema do bicheiro Carlinhos Cachoeira.

Segundo Noélia, o presidente nacional do PSol, deputado Ivan Valente (SP), está protegendo o vereador goiano do partido Elias Vaz, amigo de Cachoeira e chefe da corrente que comanda o partido em Pernambuco, berço da Construtora Delta.

Noélia diz textualmente que o senador Randolfe Rodrigues (PSol-AP) está na CPI para “blindar Elias Vaz” que deverá ser convocado a depor.

É a tal história: pau que dá em Chico, dá em Francisco…
Aqui

Núcleo central do mensalão combina e Delúbio deve assumir culpa por caixa 2

João Domingos e Christiane Samarco, de O Estado de S.Paulo

Grupo que inclui José Dirceu e Genoino, acusados de corrupção ativa e formação de quadrilha, faz acordo com o ex-tesoureiro do PT.

A um mês do início do julgamento do mensalão, o "núcleo central da quadrilha", conforme definição do então procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza, combinou que o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares deve assumir que partiu somente dele a iniciativa de formar o caixa 2 para o financiamento de partidos e parlamentares que se coligaram com os petistas nas eleições de 2002 e 2004.

Esse núcleo central, segundo o procurador, era formado por Delúbio, o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil), o ex-deputado José Genoino e o ex-secretário-geral do PT Sílvio Pereira. Este último fez acordo com o Ministério Público e já cumpriu pena alternativa de 750 horas de serviços comunitários.

O "núcleo central da quadrilha" foi citado 24 vezes por Souza na peça que pediu a condenação dos envolvidos por crimes como formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e peculato.

Ao afirmar que foi atrás do dinheiro que resultou no caixa 2 sem pedir a autorização a ninguém, Delúbio fará mais do que manter o silêncio sobre o escândalo. Ele abrirá o caminho para que José Dirceu possa reafirmar, no Supremo Tribunal Federal (STF), que estava afastado do partido, não acompanhava as finanças petistas e que não há no processo uma única testemunha ou ato que o incrimine.

José Genoino, que era o presidente do partido, pretende reafirmar que a presença de seu nome apareceu em dois empréstimos feitos pelo PT nos bancos Rural e BMG, isso ocorreu por mera formalidade do cargo. Na condição de presidente, deveria dar o OK a tal tipo de operação.

Na denúncia, Genoino é acusado de formação de quadrilha e corrupção ativa, como Delúbio e Dirceu. A diferença entre eles é que Dirceu foi chamado, na peça, de "chefe da quadrilha".

Estresse.
O acerto feito por Dirceu, Genoino e Delúbio chegou a causar um estresse entre os seus advogados. De acordo com informações de bastidores, Arnaldo Malheiros Filho, que defende Delúbio, discorda da estratégia – a seu ver, ela vai incriminar seu cliente e facilitar a vida dos outros dois. "É claro que esse assunto do pagamento da conta dos partidos que se aliaram ao PT foi discutido pela Executiva Nacional da legenda", disse Malheiros Filho ao Estado. "Delúbio não fez nada sozinho."

Malheiros Filho contesta os argumentos do procurador-geral, baseados no relato da CPI dos Correios. Segundo a comissão, do início do governo Lula a 2005 foi montado um esquema de corrupção baseado na irrigação de empresas de Marcos Valério de Sousa, que obteria contratos vantajosos do governo e do PT em troca de devolver ao partido grandes quantias em dinheiro. O PT usaria tais recursos para distribuir a parlamentares de partidos aliados para que apoiassem projetos do governo.

"Que o Delúbio distribuiu dinheiro, distribuiu. Mas foi para pagar os gastos de partidos aliados e não para comprar parlamentares. E tudo com pleno conhecimento da cúpula do partido", reafirmou o advogado. "No mundo todo, compram-se aliados de forma diferente, oferecendo-lhes cargos e não dinheiro, como se fala na acusação."

‘Peça de ficção’.
Já o advogado José Luiz de Oliveira Lima, que defende José Dirceu, afirmou que o ex-ministro não tinha a mínima ideia do que ocorria no PT, pois estava envolvido com as atividades de governo. "Essa denúncia do procurador-geral é a mais fantástica peça de ficção. É a maior irresponsabilidade que já vi uma autoridade cometer em meus 22 anos de carreira", diz ele. "Não há uma única testemunha que fale de mensalão, a não ser o ex-deputado Roberto Jefferson, cassado por mentir ao Congresso".

Por sua vez, o advogado Luiz Fernando Pacheco, que defende José Genoino, afirmou que o ex-presidente do PT vai permanecer em Brasília, onde trabalha como assessor do Ministério da Defesa. "Ele continuará a levar uma vida normal. Não vai alterar a agenda", avisa Pacheco.

Segundo ele, Genoino não tem nada a ver com a movimentação financeira feita por Delúbio. "Como presidente do partido, Genoino cuidava da relação do PT com a bancada no Congresso, os entendimentos com a base aliada e os movimentos sociais. Nunca tratava de assuntos que pudessem envolver o financiamento de coligações".

Para o advogado, em 2002, quando foi acertado que o PT financiaria o PR, Genoino estava envolvido na disputa pelo governo de São Paulo, eleição que perdeu para o tucano Geraldo Alckmin. "Depois, toda a cúpula e a militância do partido sabiam que o PT entrou numa crise financeira. Foi por isso que o Diretório Nacional delegou ao Delúbio a resolução do problema, como tesoureiro, e coube ao Delúbio resolver isso. Quem tem que responder por isso é o Delúbio", disse o advogado, adiantando a linha de defesa que sustentará no Supremo, durante o julgamento do mensalão.

Você vai pagar 4 salários a Palocci: R$ 106 mil


Do Blog Josias de Souza

A Comissão de Ética Pública da Presidência da República reconheceu nesta segunda (2) o “direito” do ex-ministro petê Antonio Palocci de receber da Viúva o equivalente a quatro salários de R$ 26,7 mil. Dito de outro modo: você, caro contribuinte, foi, por assim dizer, condenado a pagar R$ 106,8 mil ao ex-chefão da Casa Civil.

A grana foi solicitada por Palocci. Ele alegou que seguiu a lei que obriga ex-autoridades a cumprir um perído de “quarentena” antes de retornar à iniciativa privada. A Comissão de Ética deu-lhe razão.

Para recordar: Palocci demitiu-se da Casa Civil, em junho de 2011, depois de ter sido pendurado nas manchetes de ponta-cabeça. Descobriu-se que o companheiro enriquecera no próspero mercado das consultorias.

Apenas em 2010, ano em que atuara como coordenador do comitê eleitoral de Dilma Rousseff e, depois, do gabinete de transição de governo, Palocci embolsara a bagatela de R$ 20 milhões. Deixou o quarto andar do Planalto sem revelar os nomes dos clientes.

Você deve estar se perguntando: por que diabos o milionário Palocci reivindica os caraminguás da quarentena? Ora, há muita gente cansada de amor, de trabalho e de ideais. Mas ser humano de saco cheio de dinheiro é coisa difícil de encontrar.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

PDT de Joinville deixa de ser um puxadinho do PT para ser um puxadinho do PMDB

José Antônio Baço, no Blog Chuva Ácida

O meu texto hoje é sobre o político Rodrigo Coelho. Mas em vez de ser eu a falar, deixo que seja ele próprio a se apresentar ao leitor-eleitor, através de statements ao longo dos últimos meses. O meu trabalho será apenas de "costurar" as fases da sua trajetória política mais recente.

O COMEÇO - É o momento em que Rodrigo Coelho insiste no slogan “Renova Joinville”. Já escrevi aqui que, de fato, não estaríamos a tratar de uma renovação, mas de um remoçamento. Parece que a diferença era apenas na idade das pessoas, porque em termos de ideias houve pouco em termos de novidade. Mas ele insistia em vender a imagem do novo, do diferente, do determinado. Seria candidato a prefeito, contra tudo e contra todos.

A TRANSIÇÃO - Há uma coisa sintomática na velha política joinvilense. Qualquer observador mais atento percebe que quando um candidato começa a ir demasiadas vezes a certos programas de rádio, então o caldo está entornado. E Rodrigo Coelho foi tanto a um certo programa que mais parecia comentarista residente. Era apenas um sinal de que já se tinha rendido à velha forma (e põe velha nisso) de fazer política na cidade. Todos sabemos o que isso significa.

E chega o momento em que ele claudica. O chamado do poder parece falar mais alto. Há uma espécie de pré-aviso: vai haver uma mudança “estratégica”. Um sacrifício em nome de... sabe-se lá o quê. É o que poderíamos chamar de avanço para trás. Parece uma tentativa de convencer os seus apoiantes de que ele ia se render aos velhos poderes, mas tudo de uma forma calculada e em nome de valores mais elevados. Acredite...

NOVO VELHO - E finalmente um tiro a queima-roupa na coerência. Rodrigo Coelho anuncia que vai ser o vice de Udo Dohler. Ou seja, um feito grandioso que conduziu o seu partido a um novo patamar da política:  deixou de ser um puxadinho do PT para ser um puxadinho do PMDB. E de puxadinho em puxadinho, um dia a casa cai. Aliás, parece que tem gente do PDT preferindo ficar no puxadinho do PT.

PARA PENSAR - E, para terminar, alguns depoimentos do próprio Rodrigo Coelho sobre o que ele pensa da política. Para ler e refletir.

Conheça os perfis dos concorrentes à Prefeitura de Joinville e dos seus vices

 João Kamradt e Rogério Kreidlow, no Portal AN

Cinco nomes estão na corrida pelo cargo de prefeito de Joinville. Com as convenções finalizadas no fim de semana, estão confirmados Carlito Merss (PT), Kennedy Nunes (PSD),Leonel Camasão (PSOL), Marco Tebaldi (PSDB) e Udo Döhler (PMDB). Eles vão disputar o voto de 370.071 mil eleitores no dia 7 de outubro.

O ex-prefeito Marco Tebaldi (PSDB) foi o que conseguiuagregar o maior número de aliados. O tucano, que disputará pela segunda vez as eleições municipais, conseguiu fechar uma coligação com outras oito siglas: PPS, DEM, PV, PTC, PTN, PRP, PMN e PSL. 

Como vice de sua chapa, Tebaldi terá o empresário Gilberto Boettcher (PPS), ex-presidente da Ajorpeme. Coligando com Tebaldi, Sandro Silva (PPS), Rogério Novaes (PV) e Valmiro Freitag (PTN) abdicaram de entrar na corrida eleitoral.

Carlito conseguiu reunir o apoio de mais seis siglas no seu projeto de reeleição e na sua sexta disputa para a Prefeitura. Além do PP, que irá ceder o ex-presidente da Fundema Eni Voltolini como candidato a vice, os petistas terão na sua coligação o apoio do PR, PRB, PHS, PCdoB e PTdoB. José Aluísio Xuxo (PR), o dr. Xuxo, ainda tenta conseguir validar seu nome na Justiça, mas perdeu as primeiras ações.
O PT também espera agregar o apoio do PTB, que já foi anunciado aliado do PMDB. Udo Döhler e representantes estaduais garantem a homologação do PTB na chapa para a majoritária. Outros aliados do PMDB são PSC, PRTB, PSDC e PDT. O advogado Rodrigo Coelho, do PDT, foi confirmado como vice na chapa de Udo. O PMDB ainda tentou, até o prazo final das convenções, agregar o apoio do PPS e PV, mas não teve sucesso.

Na terceira tentativa de chegar à Prefeitura de Joinville, odeputado estadual Kennedy Nunes terá apenas um aliado: o PSB, que é parceiro do PSD em coligações pelo País e não indicará o vice. O lugar será do empresário Afonso João Ramos, atual presidente do PSD de Joinville e ligado ao deputado estadual Darci de Matos. 

O jornalista Leonel Camasão (PSOL), de 25 anos, irá de chapa pura, tendo como vice o produtor cultural Gabriel Chati.