sábado, 30 de abril de 2011

Deputado Kennedy Nunes está de malas prontas para o PSD de Kassab

Do Blog Moacir Pereira - ClicRBS

Deputado estadual Kennedy Nunes já decidiu.  Vai cancelar filiação no PP e se inscrever no PSD.    Por motivos estritamente locais. Está bem no PP, tem excelente relacionamento na bancada, dá-se bem com os líderes e dirigentes.  Mas os dirigentes do PP de Joinville continuam no governo Carlito Mers  e Kennedy Nunes pretende concorrer à Prefeitura em 2012. Além disso, a Assembléia de Deus, no plano nacional, recomenda que seus integrantes se agreguem no partido fundado por Gilberto Kassab.

A formalização da decisão deve ocorrer no início da próxima semana.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Túnel inaugurado por Lula desaba


Do Reinaldo Azevedo

Parte do túnel Cuncas I, que liga as cidades de Mauriti, no Ceará, e São José de Piranhas, em Pernambuco, desabou. A obra é parte da chamada transposição do rio São Francisco e foi o último canteiro visitado pelo então presidente, Luiz Inácio Lula da Silva.

Vamos lá! Um petista estaria comemorado o desabamento de uma obra pública tocada pelo governo de São Paulo, por exemplo. Assim como essa gente não tem receio de sujar as mãos (ver post abaixo) em nome da causa, não reconhece limites para explorar politicamente um desastre. Os setores partidarizados da imprensa fazem o seu trabalho: a inauguração da estação Pinheiros do Metrô se transformou na “inauguração da estação da cratera”. É claro que o assunto tinha de ser lembrado, mas no título, de maneira reiterada, como se fez, já é uma escolha política.

Os trabalhadores reclamam das condições de segurança naquele canteiro da transposição. É improvável que a imprensa se interesse pelo assunto. O maior conflito trabalhista em décadas, ao menos o mais violento, irrompeu em Jirau sem notícia prévia e quase sem notícia posterior. A demissão de milhares de trabalhadores foi reportada como diminuição do aporte de mão-de-obra.

Para que uma pauta aconteça, ela tem antes de ser influente. Jornalistas precisam se interessar pelo assunto. Esse interesse também é determinado por afinidades eletivas. Com alguma freqüência, a reportagem é fruto de um lobby bem-sucedido, o que não quer dizer que o jornalismo participe necessariamente de uma conspirata ou que a matéria publicada não seja de interesse do público. Só estou lembrando que algumas notícias não caem apenas da árvore dos acontecimentos.

No momento em que Dilma Rousseff tem de se haver com a herança maldita do governo Lula (que também era governo Dilma), a tentação de ver no desabamento uma metáfora — ou metonímia — é grande. Mas isso serve mais à literatura do que aos fatos.

O que cabe ao jornalismo, isto sim, é visitar os canteiros de obras Brasil afora para que se saiba em que condições são executadas. O que nos falta nessa história toda e sair da fábula e ir para os fatos.

Lula refuga e não aceita confronto com FHC. Que pena!

Do Blog Reinaldo Azevedo

“Não vou responder. Ele, como eu, vamos disputar no além. Não temos mais idade para isso”.

A fala acima, numa língua muito característica, é de Luiz Inácio Apedeuta da Silva, ex-presidente da República. Refere-se a Fernando Henrique Cardoso, que o desafiou para uma eventual terceira disputa entre ambos. Nas duas havidas, FHC ganhou no primeiro turno. Tirando casquinha de uma interpretação estúpida feita por alguns tontos de um artigo escrito por FHC, Lula afirmou: “Não sei como alguém que estudou tanto depois diz que quer esquecer do povão. O povão é a razão de ser do Brasil. E do povão fazem parte a classe média, a classe rica, os mais pobres, porque todos são brasileiros”.

Pois é… Lula saiu do governo com uma popularidade fantástica, não é? Se não topa uma nova disputa com FHC, deveria ao menos aceitar um debate. Poderia ser divertido e instrutivo. No governo, o petista usou a máquina para satanizar o antecessor, surrupiando-lhe, inclusive, conquistas e programas. Agora que nem um nem outro estão no Planalto, pode-se fazer um bom debate na planície.

Mas Lula não aceita. Só topa o confronto em desigualdade de condições; só aceita falar sozinho.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

O santo das multidões

Da Revista IstoÉ
Vaticano beatifica João Paulo II
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Em 84 anos de vida, ele foi muitos homens em um só. O órfão que fugiu do nazismo, o operário que passou fome, o ator amador, o aluno de seminário clandestino, o intelectual profícuo, o cardeal de ideias arejadas, um dos responsáveis pelo fim das repúblicas socialistas, o católico que desceu do pedestal e se comunicou com as outras religiões, o homem que viajou o correspondente a 29 vezes a circunferência da Terra para propagar a sua fé. Também foi aquele que fechou os olhos para o escândalo dos padres pedófilos, o responsável por engavetar e retroceder os avanços conquistados pelo Concílio Vaticano II (1962-1965), lufada de modernidade nos ritos católicos, a voz contrária ao homossexua­lismo, ao aborto, à camisinha, ao sexo antes do casamento... Doente e alquebrado, expôs sua finitude em praça pública e morreu como mártir. Uma das personalidades mais influentes do cenário mundial no século XX e o papa mais importante e popular da história da Igreja Católica, João Paulo II, o homem que influiu tão concretamente nos destinos econômicos e sociais da humanidade, alcança no dia 1º de maio, em cerimônia de três dias que deve reunir mais de um milhão de pessoas em Roma, a hierarquia celeste católica e se torna beato em tempo recorde. O próximo passo é a santidade.
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CONTEMPORÂNEOS
Amigos em vida, Madre Teresa de Calcutá e
João Paulo II devem se tornar santos em breve
Karol Wojtyla, 26 anos de pontificado, o primeiro papa não italiano em 455 anos, será beatificado seis anos após sua morte, em 2 de abril de 2005. É a beatificação mais rápida da história da Igreja Católica e a primeira vez que um sucessor , no caso Bento XVI, beatifica seu antecessor. Não há dúvida de que o Vaticano tem pressa de que a figura carismática e globalizada de João Paulo II alcance a esfera celestial, afirmam vaticanistas. E essa ansiedade está relacionada com a crise do catolicismo no mundo – principalmente na Europa. O Anuário Pontifício de 2011, divulgado pelo Vaticano em fevereiro deste ano e que leva em conta a variação nos números da Igreja Católica no mundo entre 2008 e 2009, comprova essa tese. Embora a Santa Sé tenha alardeado que o rebanho aumentou em 15 milhões de seguidores nesse período, o documento revela, de maneira cristalina, o encolhimento do catolicismo no Velho Continente. No berço do catolicismo, onde se concentram 10,6% da população mundial, apenas 24% se dizem católicos, um índice baixo se comparado às Américas, por exemplo, que tem 13,6% da humanidade e incríveis 49,3% de católicos. “Não é à toa que Bento XVI vem focando seus esforços e os da Cúria Romana no problema da fé católica na Europa”, diz Fernando Altemeyer, professor do Departamento de Teologia e Ciências da Religião da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

Ter um aliado do peso de João Paulo II em uma missão como essa tem valor inestimável. Sua biografia, com pinceladas medievais, parece ter sido moldada para servir de inspiração para ovelhas desgarradas. “Um santo é a voz mais eloquente que a igreja dispõe no processo de evangelização”, afirma dom Dimas Lara Barbosa, bispo auxiliar do Rio de Janeiro e secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). As beatificações, assim como a de Karol Wojtyla, cumprem uma série de funções terrenas, além das espirituais de praxe. No pontificado de João Paulo II, por exemplo, houve uma preocupação em se canonizar santos dos Estados Unidos, para impulsionar a fé naquele país. O culto e a devoção a um personagem local acende a chama da religiosidade e atrai mais fiéis.
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MILAGRE
Invocando João Paulo II, a irmã francesa
Marie Simon curou-se de Parkinson
Não é por acaso, portanto, que o processo de beatificação de João Paulo II se beneficiou de uma série de facilidades. “É evidente que a causa de João Paulo II foi priorizada”, reconhece Andrea Tonielli, vaticanista italiano do jornal “La Stampa”. Um exemplo: as regras estabelecidas pela própria igreja, determinando, entre outras coisas, que uma causa de beatificação só pode começar cinco anos depois da morte do candidato a santo, foram ignoradas, por ordem do papa Bento XVI, no caso de João Paulo II. “Será a primeira vez, em mil anos, que um papa beatifica seu predecessor”, afirma Tonielli. Os críticos foram rápidos em alertar para possíveis problemas em um processo tão corrido. Mas especialistas logo diluíram as dúvidas. A irmã Célia Cardorin, responsável pelas causas de Frei Galvão e Madre Paulina, explica: “O que acontece é que figuras mais populares geralmente têm testemunhos de membros importantes do clero, além do apoio político de dignatários de vários países.”

Faz sentido. Não são poucos os relatos de líderes políticos exaltando a figura de João Paulo II na Positio, documento sigiloso que é uma espécie de biografia do candidato, cuja função é apresentar sua fama de santo em vida e suas virtudes heroicas à Congregação para as Causas dos Santos, espécie de ministério desse assunto do Vaticano. Fama de santo é o que não faltou a esse polonês de olhos azuis profundos. Já no seu funeral, a multidão presente bradava: ‘Santo súbito!’ Sua espiritualidade transbordante, sua diplomacia inata, que conquistava milhões só com o simbólico gesto de beijar o chão de um país visitado, sua inteligência e fina ironia colocadas em segundo plano ante sua humildade missionária, sua disposição incansável em se desencastelar dos muros do Vaticano e participar do mundo como um agente transformador. Tudo isso embalados por um carisma autêntico, de efeito globalizante, tão próprio de seu tempo. João Paulo II é um santo para sua época, assim como houve outras gerações nos altares ao longo desses séculos de cristianismo (leia quadro à pág. 72), cada uma refletindo sua sociedade.
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DUPLA
O cardeal Joseph Ratzinger (à dir.), atual papa Bento XVI,
foi o parceiro intelectual e homem forte de João Paulo II
Ainda em vida, João Paulo II foi louvado, em inúmeras ocasiões, como grande liderança na arena internacional. Atribui-se a ele, por exemplo, pelo menos parte, a responsabilidade pelo fim de regimes ditatoriais de esquerda no Leste Europeu, como na sua Polônia e nas vizinhas Hungria, Tchecoslováquia, Romênia, Alemanha Oriental e, finalmente, na União Soviética. Trata-se de uma influência que ele construiu, com muito esforço, por meio de uma riquíssima produção intelectual e de viagens que misturavam religião e política. Foram 104 jornadas a 129 países, com distância total percorrida de mais de um milhão de quilômetros. Para efeito de comparação, o papa anterior que mais ti­nha viajado, Paulo VI, havia feito 12 viagens.

Só ao Brasil, João Paulo II, que ficou conhecido por aqui como João de Deus, veio em três ocasiões. A primeira, em 1980, foi a mais marcante. Ainda com o vigor de seus 58 anos e recém-eleito papa, ele arrastou multidões com a simpatia de um astro pop. “Na missa campal do Maracanã (RJ) cantou o refrão da música tema de sua visita com os fiéis”, lembra o cardeal dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano de São Paulo, representante oficial da CNBB na cerimônia de beatificação. Pouco se sabia, na época, sobre os rumos doutrinários do recém-eleito, assunto que viraria polêmica com o passar dos anos. “Apesar da imagem de conciliador e tolerante que passava para fora da igreja, internamente ele se mostraria extremamente conservador”, ressalva o padre jesuíta e teólogo João Batista Libânio. Na visita seguinte, em 1991, esse conservadorismo já havia se escancarado. João Paulo II havia revisto boa parte das mudanças progressistas colocadas em prática a partir do Concílio Vaticano II e fazia sentir a mão pesada da tradição sobre iniciativas locais que floresceram no final da ditadura militar. A força das Comunidades Eclesiais de Base (Cebs), por exemplo, formadas a partir da doutrina da Teologia da Libertação, uma interpretação à esquerda do catolicismo, se dissolveu. Pudera; Roma havia enquadrado praticamente todas as lideranças do movimento e substituído cerca de 300 cardeais e sete bispos brasileiros.
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JOÃO DE DEUS
João Paulo II fez três visitas ao Brasil – 1980, 1991 e 1997.
Em todas, como no Rio (1997), arrastou multidões

Não foi só no Brasil que as contradições do polonês se evidenciaram. Avesso ao comunismo e às ditaduras de esquerda dos quais fora vítima, enquanto apoiava o levante de trabalhadores poloneses contra o governo socialista do país, ele se alinhou à política de Ronald Reagan (1981-1989), presidente dos Estados Unidos, que dava suporte a movimentos supostamente democráticos contra governos legítimos com inclinações socialistas. “A trajetória do pontificado de João Paulo II na Europa, onde ele foi um campeão da liberdade, é completamente diferente da que escolheu seguir nas Américas”, explica o padre José Oscar Beozzo, estudioso da história da Igreja Católica na América Latina. “O preto e o branco não bastam para explicar a complexidade de seu papado.” Críticas a seu pontificado se estendem ainda ao que alguns entendem como intransigência e outros como coe­rência em assuntos como homossexualidade, sexo fora do casamento, fertilização in-vitro, aborto e uso de métodos contraceptivos. O papa polonês foi rigorosamente contrário a todos. “Compactuar com algo que ele não acreditava para não perder fiéis seria trair a missão que Deus havia lhe confiado”, valida dom Dimas. “O compromisso dele era com a fé da Igreja e isso bastava.”

No fim, nenhuma de suas opiniões lhe custaram a continental popularidade. Iniciativas históricas, como o encontro ecumênico da “Oração pela Paz” em 1986, na cidade italiana de Assis, o sofrimento público tanto depois do atentado sofrido em 1981 quanto no fim da vida, a profunda espiritualidade, que o fazia se mortificar com jejuns rigorosos e se flagelar com uma cinta de couro garantiram uma espécie de imunidade às críticas mais pesadas. Poucos momentos sintetizaram tão bem a devoção pelo polonês quanto seu funeral, em 8 de abril de 2005. Mais de 200 lideranças políticas de todo o mundo se reuniram na Praça São Pedro para acompanhar a missa de réquiem, transmitida ao vivo para mais de um bilhão de pessoas. Gritos de santo já eclodiam da massa de fiéis que testemunhavam a cerimônia, pedindo a canonização imediata. “Quando vi João Paulo II rezar o breviário na Catedral de Brasília, em 1991, já vi um santo rezando, e não só um papa”, lembra o Monsenhor Czeslaw Roskowski, padre polonês de 76 anos que foi aluno de Wojtyla na Polônia em 1968 e é hoje pároco da igreja São Judas Tadeu, em Brasília. O documento cabal que validou os anseios populares e testemunhos como o de Roskowski veio com a história da irmã Marie Simon, freira francesa curada da doença de Parkinson invocando o nome de João Paulo II – a primeira de muitas intervenções milagrosas do papa, que devem se multiplicar nos próximos anos.

Com mais um milagre reconhecido oficialmente, ele se tornará santo. Não há dúvidas de que isso acontecerá em breve. Segundo o postulador da causa, monsenhor Slawomir Oder, já foram recebidos mais de 1,5 mil relatos convincentes de milagres atribuídos ao santo padre. Entre 80 e 100 e-mails e cartas chegam diariamente ao seu escritório com histórias de graças alcançadas nos mais variados países, inclusive por não católicos que, por simpatia à figura de João Paulo II, pediram sua intercessão. Há notícias de bebês que nasceriam com má-formações, mas vieram ao mundo saudáveis, doentes cardíacos e que sofrem de câncer curados instantaneamente e casais dados como inférteis que tiveram filhos. Essas intervenções supostamente milagrosas, embaladas pela mística e o carisma desse polonês, fazem cair por terra todas as contradições e as sombras de seu pontificado. Até porque a função de um santo não é ser perfeito. O papel de um santo é ser um retrato de sua fé. E isso Karol Wojtyla tentou. Com todas as suas faces. Mais aqui

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Taça da Copa do Rei é 'atropelada' por ônibus do Real Madrid

ESPN.com
O Real Madrid lutou muito para conquistar a taça da Copa do Rei. Mas não tomou o devido cuidado com ela depois de vencer o Barcelona por 1 a 0, nesta quarta-feira, em Valência. 

Enquanto os jogadores comemoravam em um ônibus aberto, Sérgio Ramos deixou a taça cair e o resultado foi o pior possível: a taça foi “atropelada” pelo próprio ônibus. Os jogadores continuaram a comemoração sobre o ônibus sem a taça. Veja o vídeo com o atropelamento 
aqui

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Leonel Pavan é eleito presidente do PSDB catarinense

O ex governador Pavan foi eleito nesta quarta - feira (20), presidente do PSDB em Santa Catarina com 59 votos, contra 46 votos do deputado Marcos Vieira. Beto Martins será o vice presidente.

Gente que mente

Do COturno Noturno

Artigo de Edurado Graeff, cientista político e ex-secretário geral de FHC, publicado hoje, na Folha de São Paulo, sob o título "Gente que mente":

Vou andar com uma cópia do artigo que o senador Walter Pinheiro publicou aqui contra Fernando Henrique Cardoso ("O príncipe e o povo", 17/4/2011). Vai ser útil quando me perguntarem qual é, afinal, o problema do PT. O grande problema é a desonestidade. Não falo só da corrupção desenfreada. Pior que isso, para mim, é a desonestidade intelectual: o uso sistemático da mentira como arma política. Este é o pecado original que inspira outros pecados do PT, idiotiza seus quadros, polui sua relação com os aliados, azeda o diálogo com adversários e o indispõe com a liberdade de imprensa.

O ataque do senador petista escancara esse problema. A leitura deturpada de um artigo de FHC ("O papel da oposição", reproduzido pela Folha.com em 13/4/2011) foi o pretexto do senador para martelar numa velha tecla: FHC não tem "sentimento de povo"! O PT repete baboseiras como essa desde que escolheu FHC como inimigo. A escolha, como se sabe, deu-se em 1993. FHC pediu apoio ao PT para o Plano Real.
Em troca, o PSDB poderia apoiar Lula para presidente em 1994, como apoiara em 1989. O PT preferiu apostar contra o real. O plano deu certo, o PSDB lançou FHC para presidente e ele derrotou Lula no primeiro turno. Imperdoável!

Um erro leva a outros. Do Fundo Social de Emergência à Lei de Responsabilidade Fiscal, o PT se opôs a tudo que representou consolidação da estabilidade e modernização da economia no governo FHC. Como se opôs a tudo que representou inovação das políticas sociais, do Fundo de Desenvolvimento do Ensino Fundamental (Fundef) à Bolsa Escola, que Lula chamou de "Bolsa Esmola". A inconsistência das "bravatas" ficou clara quando Lula chegou ao governo e abraçou as políticas de FHC. Isso não impediu Lula de inventar a "herança maldita". Nem impede o PT de atacar a sua caricatura de Fernando Henrique com tanto mais fúria quanto menos evidentes ficam as diferenças de suas políticas com as do FHC real.

Walter Pinheiro levou esse expediente ao nível do grotesco. Segundo ele, no governo FHC o povo "comia uma vez a cada três dias". Só foi comer três vezes por dia no governo Lula. Supõe-se que o povo foi votar em 1998 de barriga vazia. Na verdade, reelegeu FHC porque queria manter as conquistas do real. Nos oito anos antes de FHC, o valor real do salário mínimo, roído pela inflação, diminuiu 36%; o valor das aposentadorias do INSS maiores que o mínimo diminuiu 56%. Nos oito anos de FHC, o salário mínimo teve aumento real de 44% e as aposentadorias tiveram aumento real de 21%.

Como se o repertório de mentiras do PT não bastasse, o senador desenterrou uma lorota de Jânio Quadros. Com um toque pessoal: a "arguição" a que o senador se refere, sobre onde fica Sapopemba, nunca ocorreu, porque Jânio fugiu dos debates com FHC. A frase colou pelo jeito histriônico como Jânio pronunciou "Sa-po-pem-ba". Se ele sabia chegar lá, esqueceu como prefeito. O PT também. As grandes obras da prefeitura petista de São Paulo foram dois túneis malfeitos ligando os bairros ricos das margens do rio Pinheiros. E as palmeiras imperiais na frente do Shopping Iguatemi. Fino "sentimento de povo", com efeito.

Aqui o link do artigo, direto do eagora, mantido pelo autor.

terça-feira, 19 de abril de 2011

PC do B lança Netinho como pré-candidato a prefeito de SP


Folha Poder

O Comitê Municipal do PC do B de São Paulo aprovou o vereador e cantor Netinho de Paula como pré-candidato a prefeito de São Paulo em 2012.
O partido também pretende lançar 83 candidatos para disputar a Câmara Municipal.

Netinho está no seu primeiro mandato como vereador. No ano passado, ele disputou uma vaga no Senado.
Com 7,7 milhões de votos (21,1%), ele não conseguiu se eleger, embora tenha chegado a liderar pesquisas na última semana.

Na reta final, o tucano Aloysio Nunes ultrapassou concorrentes e foi o mais votado para as duas vagas de senador. Marta Suplicy (PT) ficou com a segunda cadeira.

Outro nome que poderia disputar com Netinho a indicação era o do deputado Protógenes Queiroz.
No ato de lançamento do PSD de Gilberto Kassab, o delegado afastado afirmou que se mudaria para a nova legenda fosse convidado para ser candidato a prefeito.

FHC anima o adversário desleal: ‘Lula não precisa mais ter complexos. Virou doutor

Do Blog Augusto Nunes

Indolente demais para ler ao menos o trecho que inspiraria seu comentário obtuso, Lula foi logo despejando a discurseira de palanque sobre o esplêndido ensaio em que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso analisou o papel da oposição. “Agora tem um presidente que diz que precisa não ficar atrás do povão, esquecer o povão”, mentiu, sempre sem coragem para mencionar o nome ou a sigla do inimigo. “Eu sinceramente não sei como é que alguém estuda tanto e depois quer esquecer do povão”.

Foi prontamente silenciado pelo troco de FHC: “Ora, eu venci duas eleições com o voto desse povão. E no primeiro turno, e contra o Lula. Agora, temos de ter uma estratégia para esses novos setores, mais sensíveis. Temos de fincar o pé na internet e nas redes sociais”. O contragolpe bastou para que o camelô de si mesmo resolvesse tratar de outros assuntos em mau português. Ainda grogue, nem pressentiu a aproximação do gancho no fígado desferido por FHC neste domingo na coluna Painel, da Folha de S. Paulo.

“Se Lula fosse um adversário leal, saberia reconhecer que não desprezo o povão”, disse Fernando Henrique à jornalista Renata Lo Prete. “Sou contra o que ele fez com o povo: cooptar movimentos sociais; enganar os mais carentes e menos informados, trocando votos por benefícios de governo; transformar direitos do cidadão em moeda clientelista. Quero que o PSDB, sem esquecer nem excluir ninguém, se aproxime das pessoas que não caíram da rede do neoclientelismo petista”.

Então sobreveio o direto na testa: “Desejo que Lula, que esqueceu as antiquadas posições contra as privatizações, continue usufruindo das oportunidades que as empresas multinacionais lhe oferecem, como agora em Londres. E desejo, principalmente, que Lula termine com a lengalenga contra ler muito e ter graus universitários, pois não precisa mais ter complexos. Virou doutor”.

É por coisas assim que Lula foge de um embate frontal com FHC como foge o diabo da cruz. Imaginem um diálogo desses transmitido ao vivo pela televisão. Seria uma versão dramaticamente ampliada da cena da campanha eleitoral de 1994 documentada pelo vídeo abaixo, que escancarou em menos de um minuto o abismo que separa um caçador de votos de um homem de Estado.
Embora compreenda o que leva um dos contendores a esquivar-se do debate, a coluna repete o fecho do texto sobre o duelo destinado a mostrar qual dos dois ex-presidentes diz a verdade: coragem, Lula.

Lula clona o que FHC não disse e recomenda que PT deixe o povão de lado e dispute a classe média com o PSDB em SP

Do Blog  Reinaldo Azevedo

Enquanto os adversários do PT em São Paulo e em toda parte se estapeiam, o partido se organiza para tomar a única cidadela que, nos seus delírios de poder — nem tão delirantes assim, uma vez que o partido é muito bem-sucedido —, realmente conta: São Paulo, cidade e estado. Lula comandou nesta terça-feira uma reunião para organizar as disputas de 2012. A ordem é conquistar a classe média. Para tanto, orientou o demiurgo, o PT precisa de candidatos a vice que façam um aceno para os setores mais conservadores da sociedade.

Lula, como sempre, está na cola de FHC, não é? Como sempre, está clonando o seu antecessor. Clona até o que o tucano não disse!!! Se vocês repararem bem, a leitura é obvia, ele está dizendo para o PT parar de disputar o “povão” com o PSDB em São Paulo e passar a disputar a classe média — como ele fez quando escolheu José Alencar como vice. A sutileza certamente escapará à crônica política. Leiam o que informa Daiene Carodoso, no Estadão.
*
Em reunião nesta manhã com prefeitos do PT no Estado de São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu que o partido busque alianças para as eleições municipais de 2012 e procure candidatos a vice-prefeito que dialoguem com setores da sociedade civil que o PT ainda tem dificuldade de atingir. Lula citou seu ex-vice-presidente José Alencar como exemplo importante em sua vitória de 2002.

“É muito difícil o PT sozinho ganhar uma eleição. Ele (Lula) falou da importância de se escolher um bom vice que dialogue com setores que nós tradicionalmente não conseguimos dialogar e que o ideal é que todo mundo tivesse um vice como o Alencar”, relatou o presidente do Diretório Estadual do PT, deputado estadual Edinho Silva. Lula evitou falar com os jornalistas e deixou o hotel após o término da reunião.

Lula teve um encontro, que durou mais de duas horas, com 32 prefeitos paulistas do PT, 21 vices e 24 deputados estaduais e federais, em um hotel em Osasco, na Grande São Paulo. Também participaram da reunião os ex-ministros José Dirceu e Luiz Dulci, além do senador Eduardo Suplicy (PT-SP). O encontro foi agendado pela Executiva Estadual do partido para discutir as estratégias para a sucessão municipal. Mas não foram debatidas nem metas nem nomes de potenciais candidatos para a disputa.

Classe média
Uma das preocupações do PT é com a nova classe média que ascendeu com o crescimento do País e as políticas sociais adotadas pelo governo Lula. “É um setor que está formando sua identidade sócio cultural e precisamos estimular valores, como a solidariedade e o desenvolvimento sustentável, que são valores progressistas. Do contrário, eles (a nova classe média) serão cooptados por valores conservadores”, afirmou Edinho.

Lula gastou mais que FHC com publicidade no fim do mandato

Por Fernando Rodrigues - Folha
 
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) gastou com publicidade no ano passado, o último de seu mandato, 70,3% a mais do que seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso (PSDB), gastou em 2002, quando encerrou os oito anos de seu governo. Segundo dados que devem ser divulgados hoje pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência, o governo Lula consumiu R$ 1,629 bilhão em publicidade em 2010. O valor se refere aos gastos da administração direta (os ministérios) e indireta (autarquias, fundações e empresas estatais). Não há ainda informação disponível sobre o mandato de Dilma Rousseff. No seu oitavo ano no Planalto, 2002, FHC registrou gastos com publicidade de R$ 956,4 milhões, em valores atualizados pelo índice de preços IGP-M. O cálculo foi feito pelo Planalto, que não divulga valores nominais, exceto para 2010.Lula é o primeiro
presidente para o qual há dados completos dos dois mandatos. A estatística oficial sobre gastos de publicidade começou a ser produzida em 1998 de forma precária. A Secom divulga as informações de maneira regular desde 2000. Em oito anos no Planalto, Lula registrou um gasto total de R$ 10,304 bilhões. É o equivalente a um terço do total orçado para construir o trem-bala, projetado para o trajeto Campinas-São Paulo-Rio e com custo estimado em R$ 33,1 bilhões.

Não há como saber qual foi o gasto mensal do governo Lula no ano passado com publicidade. Essa informação não é divulgada. Ontem, quando o site do Planalto mostrava os dados considerados só até 9 de dezembro, o gasto total no ano era de R$ 1,101 bilhão. Aqui

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Aécio Neves tem carteira retida em blitz da Lei Seca no Rio

Do Josias de Souza

Aconteceu no Leblon, bairro elegante da zona sul do Rio de Janeiro, perto das três da madrugada.

Em blitz da Operação Lei Seca, a polícia carioca armou seu aparato na esquina das ruas Bartolomeu Mitre e San Martin.

O ponto é estratégico. Funcionam ao redor boates, restaurantes e bares balados da cidade. Súbito, parou-se o carro de Aécio Neves (PSDB-MG).

Acompanhado da namorada, Letícia Weber, o senador dirigia-se à residência que mantém no Rio.

Vinha de um encontro com amigos, num restaurante. Convidado a fazer o teste do bafômetro, Aécio refugou.

A recusa rendeu ao senador uma multa de R$ 957,70. Resultará, de resto, na abertura de um processo administrativo que pode levar à suspensão do direito de dirigir por até 12 meses.

Instado a apresentar os documentos, Aécio exibiu uma carteira de motorista vencida. A habilitação foi apreendida. E Aécio tomou uma segunda multa: R$ 191,54.

O carro só foi liberado depois que outro motorista, um taxista chamado por Aécio, assumiu o volante.

A assessoria do senador disse: 1) ele “não sabia” que sua carteira expirara. 2) cumprimentou os policiais pelo “profissionalismo e correção”.

De fato, se a coisa se passou como noticiado, os policiais, felizmente, seguiram o manual.

Quanto a Aécio, talvez devesse contratar um motorista. Ocorrência como a da madrugada, seguida da desculpa do "não sabia", é derrapagem que não recomenda um candidato a piloto do país.

domingo, 17 de abril de 2011

Ex-ministro revela que Lula vetou alta de juros no fim de seu mandato

Do O Globo

No último mês do seu governo, em dezembro, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou a retomada da alta de juros. Pouco antes, o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, apresentou a Lula análises técnicas que revelavam a necessidade de aperto monetário, diante da escalada insistente da inflação e da deterioração das expectativas dos agentes econômicos. Segundo relato feito por um ministro da gestão anterior ao GLOBO, o ex-presidente foi enfático ao negar essa possibilidade em uma conversa com Meirelles. O adiamento do aumento da Taxa Selic, na avaliação unânime do mercado, dificultou a tarefa do BC de abrandar a fervura da inflação.

Como mostra reportagem de Gerson Camarotti, publicada pelo GLOBO neste domingo, na época, prestes a concluir o segundo mandato, Lula estava com popularidade elevadíssima e sinalizou para interlocutores que não tomaria uma medida impopular como a retomada da alta dos juros, faltando pouco para entregar a faixa presidencial a Dilma Rousseff. Isso sinalizaria um descompasso com o discurso de que entregava para a sucessora um governo com fundamentos econômicos sólidos.

"Não vai ter aumento dos juros no fim do meu governo. Agora, esse é um problema da Dilma. Fale com ela. Se tiver que subir juros, será no governo dela", teria dito Lula a Meirelles, segundo relato de um ministro.

No dia 8 de dezembro, na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a Selic foi mantida por unanimidade em 10,75% ao ano. Fora o terceiro encontro do Copom, desde julho, no qual a taxa ficou estável.

Acabou prevalecendo o ponto de vista de Lula, observou um assessor palaciano. Com isso, sobrou para o governo Dilma o desgaste político de retomar a subida dos juros, o que aconteceu em janeiro e fevereiro. Oficialmente, sempre foi negada pelo Planalto e pelo BC qualquer interferência na condução da política monetária.

Segundo integrantes do governo Lula, para manter a Taxa Selic sem descuidar do controle da inflação, o BC teve que anunciar, dias antes da reunião do Copom, em 3 de dezembro, a elevação dos compulsórios e a consequente retirada de R$ 61 bilhões da economia. Também foram instituídas barreiras ao financiamento de longo prazo. A medida contribuiu para pressionar a elevação dos juros bancários e conter a expansão do crédito - um dos pilares do consumo e da inflação.

Hoje, há o reconhecimento reservado dentro do Palácio do Planalto de que a retomada da elevação dos juros deveria ter acontecido em dezembro, assim como a aplicação de medidas macroprudenciais. Na ocasião, o Banco Central argumentou oficialmente que "prevaleceu o entendimento entre os membros do comitê de que será necessário tempo adicional para melhor aferir os efeitos dessas iniciativas (medidas macroprudenciais) sobre as condições monetárias".

Em dezembro, O GLOBO antecipou que, ainda na transição, Dilma já estava preparada para endossar a retomada da alta dos juros. O início de um novo ciclo de aperto monetário era visto como o primeiro grande teste na área econômica. O recado foi uma forma de dar um sinal público ao mercado de que o BC teria autonomia na sua gestão.

Volta da infração coloca governo em pânico

Governo monta ''rede de proteção'' entre economistas
O Planalto e as equipes do BC e da Fazenda buscam o apoio de formadores de opinião para a defesa da estratégia anti-inflação

Adriana Fernandes - O Estado de S.Paulo
O Planalto e a equipe econômica têm procurado, nas últimas semanas, ampliar o diálogo com segmentos dos mercados financeiro e empresarial em busca de apoio para a estratégia de combater a inflação sem precisar aumentar muito a taxa Selic. A coordenação das expectativas é essencial para a travessia da fase atual, de divulgação de indicadores desfavoráveis, como o IPCA em 12 meses que se aproxima do teto da meta (6,5%).

O ex-ministro Delfim Netto, interlocutor frequente do Palácio do Planalto, é um dos nomes com quem o governo já reforçou o diálogo - esteve com a presidente Dilma Rousseff antes de ela embarcar para a China.
Em artigos e entrevistas recentes, Delfim tem dito que é "coisa do passado" a ideia de que a taxa de juros (Selic) pode controlar a inflação, dando respaldo teórico às chamadas medidas macroprudenciais pelo presidente do BC, Alexandre Tombini.

A lista de apoios e elogios públicos também inclui o economista-chefe do Bradesco, Octávio de Barros - que classificou de "estupendo" o trabalho do BC. O ex-secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, e o sócio da Mauá Investimentos e ex-diretor de Política Monetária do BC durante o governo FHC, Luiz Fernando Figueiredo, são outros dois nomes que dialogam com a equipe econômica.

São economistas de destaque no cenário nacional, que têm saído em defesa do governo, numa espécie de "rede de proteção das políticas diferenciadas" que o BC e a Fazendo têm adotado. A rede serve de contraponto às críticas de analistas que veem o governo "patinando em gelo fino" na condução econômica.

Sangue frio. O argumento do governo tem sido o mesmo: mostrar que não há nenhum país combatendo a inflação e enfrentando a guerra cambial com os instrumentos que o Brasil está usando. O momento agora, na visão do governo, "é de sangue-frio e calibragem de ações de curto prazo", como a alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para capital externo e empréstimos de pessoas físicas, até a consolidação de uma agenda de médio prazo.

A mobilização dos governo justifica-se porque o Brasil é um dos países "queridinhos" dos investidores internacionais, mas, internamente, a equipe econômica enfrenta um decisivo teste de credibilidade na condução das políticas de combate à inflação, cambial e fiscal, o que não é visto desde 2002, quando o País passou por uma crise econômica às vésperas da eleição do presidente Lula.

Esse mix de sucesso e desconfiança tem causado um clima de "estranheza no ar". O sucesso é evidenciado pela nova elevação do grau de investimento dado pela agência Fitch de classificação de risco e pelo volume recorde de investimentos estrangeiros diretos que ingressam no País.

Uma das preocupações da equipe econômica é com o risco de deterioração do cenário o internacional, a começar pela pressão altista do preço do petróleo.

Segundo uma fonte de uma instituição financeira estrangeira, a estratégia do governo brasileiro tem sido bem compreendida pelos investidores externos. A maior desconfiança estaria na política fiscal, após dois anos de manobras contábeis para cumprimento das metas.

'O governo vai ter de aumentar a carga tributária', diz especialista

Fernando Dantas - O Estado de S.Paulo

O economista Samuel Pessôa, da consultoria Tendências, está perplexo com a falta de ação da presidente Dilma Rousseff diante dos problemas que se acumulam na gestão da economia.
Ele avalia que Dilma está na culminância do seu capital político e deveria, como Lula em 2003, fazer as "maldades" necessárias para tornar possíveis os múltiplos objetivos perseguidos pela política econômica: crescimento, controle da inflação, câmbio competitivo para a indústria e uma política de grandes aumentos do salário mínimo a partir de 2012.
De forma polêmica, Pessôa diz que a solução é aumentar a carga tributária, embora fosse melhor não ter o forte gasto da atual regra de aumento do mínimo. A seguir, a entrevista:

Como o sr. vê a política econômica hoje?
Acho que a qualidade da política econômica está se deteriorando rapidamente. Na política monetária, o Banco Central resolveu brigar com o mercado no que diz respeito à formação de expectativas, aparentemente abraçando teorias superexóticas de que os juros são altos porque existe uma convenção no mercado que força as estimativas acima do que seria razoável. O que obrigaria o Banco Central a praticar juros muito altos. Para mim, a inflação está saindo de controle. É possível que eu esteja muito pessimista e o Banco Central tenha razão. Mas olhando o mercado de trabalho do jeito que está, o subíndice de inflação de serviços com 8,5% acumulado em 12 meses, acho que não é o caso. Acho que a inflação não vai convergir para a meta. E a gente vai ter em algum momento do ano que vem um choque de juros, o que é péssimo.

E quanto ao câmbio?
Certamente tem também (uma deterioração) na política cambial. A gente hoje está vivendo na prática quase um regime de câmbio fixo. A compra de reservas é feita para defender uma certa paridade que evidentemente os fundamentos não permitem e, portanto, me parece que a Fazenda está perdendo essa batalha. É claro para o mercado que o câmbio é esse aí ou para baixo, porque os fundamentos puxam para baixo, e não para cima.

Quais fundamentos? O câmbio não está sobrevalorizado?
Houve um choque positivo no preço das commodities que o Brasil exporta, o que aumenta as divisas que entram no País. Se a gente fizer um calculozinho de câmbio real de equilíbrio em função de passivo externo e do preço de commodities, vamos concluir que o câmbio hoje está desvalorizado em 5%. Então o mercado enxerga os fundamentos e sabe que o câmbio é para baixo. Por outro lado, o diferencial de juros é muito alto. O ganho de colocar dinheiro aqui dentro é muito alto e a pressão para a entrada de recursos é muito grande. Veja a entrevista completa aqui

sábado, 16 de abril de 2011

FHC desafia Lula para nova eleição

A jornalista Mônica Mergamo publicou na sua coluna de hoje da Folha que o presidente Fernando Henrique desafiou o ex presidente Lula a disputar uma nova eleição entre os dois. Se Lula aceitar seria a terceira eleição entre os dois, as duas primeiras FHC levou no 1° turno.

Em entrevista ao jornalista Alexandre Machado em seu programa "Começando o Dia", que estreia na rádio Cultura FM, na segunda, FHC desafia Lula para disputar uma eleição contra ele. Diz que o petista, "lá de Londres, refestelado em sua vocação nova [de palestrante]", se "dá o direito de gozar" de FHC.
"Ele se esquece que eu o derrotei duas vezes. Quem sabe ele queira uma terceira. Eu topo." disse FHC.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Lula comenta o que não leu, FHC dá o troco

Do Blog Augusto Nunes - Veja

Como nunca leu nada, é compreensível que Lula nem tenha tentado empreender a travessia das  as 5.481 palavras do texto do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso sobre o papel da oposição. Como abre a boca sobre tudo que lhe parece eleitoralmente lucrativo, era previsível que o palanqueiro ambulante dissesse alguma coisa sobre o brilhante ensaio de FHC. Mas de longe, e sem mencionar expressamente o nome ou a sigla do homem que está para o SuperLula como a kriptonita verde para o Super-Homem.

“Sinceramente não sei como alguém estuda tanto e depois quer esquecer o povão”, derrapou Lula em Londres. “O povão é a razão de ser do Brasil. E do povão fazem parte a classe média, a classe rica, os mais pobres, porque todos são brasileiros”. Deveria ter ficado quieto. “Como se alguém que ganhou as eleições presidenciais duas vezes no primeiro turno (e contra Lula) fosse ingênuo a este ponto!”, já deu o troco FHC, que aproveitou a chance para mais uma aula endereçada a oposicionistas trapalhões.

“É de doer que políticos da oposição deixem de lado o conjunto dos argumentos e das propostas que fiz no artigo e, antes de o lerem, façam coro ao petismo, colocando-me como um insensato que despreza o voto das parcelas mais desfavorecidas da população”, replicou Fernando Henrique. “Fariam melhor se lessem com mais calma o que escrevi”.

É o que devem fazer imediatamente, demorando-se ao menos 10 segundos no lembrete feito já no segundo parágrafo: “Cabe às oposições, como é óbvio e quase ridículo de escrever, se oporem ao governo”. Nas linhas seguintes, mais afinado do que nunca com a resistência democrática que age à margem dos partidos e do Congresso, FHC traça com extraordinária lucidez os caminhos que os oposicionistas devem percorrer para “chegar aos ouvidos do povo”.

Quanto a Lula, chegou a hora de encerrar a desconversa, engavetar pretextos, domar o medo e topar o convite, agora reiterado formalmente por esta coluna, para um debate com FHC. Só os dois, além do mediador escolhido de comum acordo.
O site de VEJA está pronto para a transmissão ao vivo. Fernando Henrique acaba de repetir que aceita. Só falta o sim do adversário.

Coragem Lula!

PSDB de SC vai rachado para Convenção estadual

Do Blog Moacir Pereira - ClicRBS

O próprio ex-presidente Walmor de Lucca está questionando o balanço que acaba de ser publicado pela estatal.   Seu nome consta do balanço,mas ele não assinou nada.  Diz que há incidência de “crime” na elaboração do balanço, que também não passou pelo ex-diretor financeiro da Casan.

Pavan decidiu manter a candidatura e agora de forma mais decidida por dois motivos:  1. O deputado federal Jorginho Melo anunciou que se ele foi reconduzido estará fora do PSDB.  2. O ex-governador não admite ficar sem mandato. Entre outros motivos, sem a denúncia da Operação Transparência para responder na Justiça Estadual. Sem a direção acha que ficará mais vulnerável.

Tentou conquistar o voto e o apoio do secretário da Educação.  Procurou o deputado Dado Cherem, líder na Assembléia, e a prefeita de Camboriú, Luzia Coppi, para que removessem as resistências de Marco Tebaldi.   Tentativa frustrada.  O deputado tucano não tem a disposição de ajudar Pavan.  Alega que ao deixar a prefeitura de Joinville ficou dois anos sem mandato.  Totalmente no sereno. Não recebeu qualquer apoio do ex-governador que presidia o partido no Estado.

Os conflitos com Jorginho Melo remontam ao tempo em que Pavan governava Santa Catarina. Suas iniciativas no parlamento irritaram o ex-governador.  Nos bastidores, os dois trocaram  “gentilezas” com expressões consideradas fortes.

Com Paulo Bauer, as divergências tem outra origem. Durante a campanha política, Pavan nada fez para viabilizar a eleição do tucano, segundo os assessores.  Deixou Bauer  à míngua.  O senador aspirava presidir o PSDB, ungido pelos tucanos do interior, por um consenso que hoje é considerado remotíssimo.

Há outros reparos feitos por tucanos.  Por exemplo, o modo personalista e até autoritário com que Pavan comanda o partido.  Joga para si.  Teve agora facilitado a composição da chapa única ao Diretório pelas omissões de Marco Tebaldi, Jorginho Melo e Paulo Bauer, ausentes nas reuniões da Executiva.

O ex-secretário e deputado estadual Gilmar Knaesel é outra peça chave na eleição de domingo.   Recebeu vários telefonemas de Pavan. Quer consenso, mas teme racha e perda de quadros importantes.  Knaesel vai sair de cena. Viajou ao Uruguai, de onde só retornar no sábado.  Queria Dalirio Beber na presidência por consenso, mas desistiu do projeto.

Três são as alternativas do PSDB:  1. Reconduz Leonel Pavan; 2. Cresce o movimento de renovação e a votação secreta premia Marcos Vieira:  3. Os líderes procuram evitar o pior e articulam um “tercius”.

 Certo mesmo é que o PSDB dificilmente sairá inteiro da convenção

FHC considera ‘precipitadas’ as críticas ao artigo

Gabriel Manzano, de O Estado de S. Paulo

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) considerou nesta quarta-feira, 13, "precipitadas" as reações ao seu artigo O Papel da Oposição, a ser publicado na revista Interesse Nacional, mas que já foi divulgado pela internet. "Primeiro, me espantei com o tamanho da repercussão. Afinal, o artigo nem saiu ainda na revista. Mas achei também precipitadas algumas reações. Sobretudo da oposição, que, pelo que percebi na imprensa, disse coisas que acabam fazendo o jogo do PT", afirmou ele ao Estado.

No artigo, o ex-presidente aprofunda uma análise sobre o que chama de "lulopetismo", defende seus oito anos na Presidência (entre 1995 e 2002) e faz fortes críticas ao PSDB. No trecho que acabou se tornando o foco central das reações, ele escreveu que, se os tucanos continuarem tentando dialogar com o "povão", acabarão "falando sozinhos". Por isso, aconselha o partido a priorizar "as novas classes médias", gente mais jovem e ainda não ligada partido nenhum e suscetível de ouvir a mensagem da social-democracia.

Na entrevista, o ex-presidente deteve-se um pouco mais no uso do termo "povão": "O que estou dizendo é que o PT e o governo dispõem de poderosos meios em amplos setores de camadas pobres mas cooptadas pelos sindicatos e pelas centrais sindicais." E adverte: "Também existe, é claro, um ‘povão’ nessa nova classe média".

Em seu entendimento, o ex-presidente não estava excluindo ninguém. O que ele pretendia era convencer as oposições a definir um foco de atuação. "Ora, eu venci duas eleições com o voto desse povão! Agora, temos de ter uma estratégia para esses setores mais sensíveis. Temos de fincar o pé na internet e nas redes sociais."

Leia o artigo na íntegra aqui

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Líder do governo na Câmara dos Deputados, Cândido Vaccarezza é acusado de dar calote em cabos eleitorais em SP

Do Portal Folha Vitória

O líder do governo na Câmara dos Deputados, Cândido Vaccarezza (PT), está sendo acusado de dar calote em cabos eleitorais da região da Alta Paulista, no oeste do Estado de São Paulo. Segundo o portal Estadão.com.br apurou, o deputado estaria devendo R$ 270 mil a um engenheiro com quem fez dobradinha em Marília, R$ 20 mil ao diretório do PT na cidade e R$ 60 mil a um empresário de Tupã, além de dívidas menores com outras pessoas da região. O deputado nega as acusações e vê "chantagem" no episódio.

Em todas as cidades em que há a denúncia de calote, a história é bastante parecida. O economista Walter Bonaldo Filho, definido pelas pessoas ouvidas pela reportagem como "organizador" da campanha do deputado para a região, contratou pessoas e serviços que depois não foram pagos. Bonaldo, segundo ele mesmo, é amigo pessoal de Vaccarezza há 17 anos e é filiado ao PMDB. Ele nega que tenha deixado dívidas e atribui as denúncias a brigas internas do PT.

Bonaldo foi secretário de Finanças de Tupã entre janeiro de 2009 e agosto de 2010, no governo de Waldemir Gonçalves Lopes (PSDB). Antes, havia prestado assessoria à prefeitura da cidade na condição de consultor da Fundação Getúlio Vargas. Deixou a prefeitura durante a campanha eleitoral de 2010 para ajudar Vaccarezza. Ele alega que não poderia continuar em um governo tucano e ajudar um petista na campanha.

Segundo explicou o próprio Bonaldo, a região da Alta Paulista é um reduto tucano. Por isso ele se ofereceu a Vaccarezza, que tem base na capital paulista, para ajudar a conseguir mais votos na região. Ele confirma que teve conversas com lideranças da região para angariar apoio político, mas negou que tivesse feito qualquer acerto financeiro.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Crianças gravam vídeo eróticos em sala de aula em escola de Vila Velha no Espirito Santo



Do Portal Folha Vitória

Embalados por danças que simulam atos sexuais, alunos de uma escola municipal de Vila Velha gravaram vídeos de verdadeiros bailes funk organizados no local onde deveriam estudar. As imagens foram encontradas pelo padrasto de uma adolescente que gravou três vídeos com um celular.

"Pegamos o celular da minha enteada para ver algumas fotos e encontramos os vídeos. Isso não pode ficar impune. As crianças vão para a escola e procuram pornografia e atos sensuais. Não sabemos se existem outras filmagens. É desesperador", lamentou ele, que prefere não ser identificado.

As imagens mostram os alunos fazendo fila para participar da dança. Uma professora passou pela sala de aula onde tudo acontecia, mas os adolescentes não se intimidaram. "Eu nunca vi isso nem em baile funk, que dirá em uma escola. Crianças podem fazer o que quiserem e ninguém faz nada", acrescentou o padrasto.

A avó de uma das meninas ficou chocada com as imagens. "Fiquei indignada e preocupada. Não aceito isso. Se para alguns é normal, para mim não é. Há três anos, alguns alunos me contaram que um professor disse que era para eles fazerem sexo porque é muito bom", reclamou.

O padrasto da menina disse que denunciou a situação e que tem medo de que aconteçam casos ainda piores dentro da escola. "Se isso é o que está gravado, imagine o que eles não fazem longe das câmeras". 

Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Educação informou que a direção da escola Nair Dias Barbosa não tem conhecimento do fato. Por meio das imagens, a secretaria disse que vai identificar a situação e tomar, se necessário, as providências cabíveis. Aqui

Visitas ao site do 'NYT' caem até 15% desde que passou a cobrar

Do Portal Terra

O site do jornal The New York Times (NYT) registrou baixa de 5% a 15% no número de visitas que recebe diariamente desde que passou a cobrar pelos acessos aos conteúdos online, no dia 28 de março passado, informa nesta segunda-feira o instituto de análise Experian Hitwise.

Esta empresa, que estuda os índices de navegação online dos internautas, comparou o número de leitores do NYTimes.com em um período de 12 dias antes de o diário nova-iorquino começar as cobranças e um intervalo de tempo similar depois da medida.

O resultado é que a versão digital do jornal registrou a baixa no número de acessos, com exceção do dia 9 de abril, quando houve alta de 7%, atribuída pelo instituto à preocupação dos leitores quanto à possível paralisação do Governo americano diante da falta de acordo parlamentar sobre o orçamento dos Estados Unidos.

O efeito das cobranças foi maior quando se leva em conta o número total de páginas visitadas dentro do NYTimes.com, que durante os mesmos dias analisados foi reduzida entre 11% e 30%, segundo os dados divulgados pelo Experian Hitwise.

O The New York Times implantou um sistema de pagamentos que oferece três opções de assinaturas: US$ 15 por mês para acesso ilimitado ao conteúdo do site do jornal a partir de computadores e celulares; US$ 20 por mês de computadores e iPads; e US$ 35 por mês de qualquer tipo de máquina. O acesso gratuito ainda existe, mas limitado a 20 artigos por mês.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Na Região Serrana, cem dias parecem mil

Do Blog Augusto Nunes 

Em 27 de janeiro, a presidente em começo de mandato voltou de uma ligeiríssima incursão à Região Serrana do Rio pronta para mostrar, na entrevista coletiva concedida ao lado do governador Sérgio Cabral, como seria o Brasil Maravilha com uma Dilma Rousseff no poder. Já que mulher é mais sensível que qualquer homem, caprichou na cara de luto em homenagem aos mais de mil mortos. Já que uma gerente-geral do governo Lula é de matar de inveja qualquer superexecutivo de multinacional, foi logo tirando da bolsa o kit de primeiros socorros que concebera em homenagem à multidão de flagelados.

O milagre mais vistoso tinha o selo de qualidade do programa Minha Casa, Minha Vida. “Vamos construir 6 mil unidades para as famílias desabrigadas”, avisou. O sorriso abobalhado de Sérgio Cabral informou que o parceiro de entrevista dividia o microfone com uma gestora incomparável. A foto da dupla merecia ilustrar todos os balanços dos 100 primeiros dias de Dilma publicados pelos jornais neste domingo. Com a seguinte legenda: “O governador do Rio contempla as casas que ninguém mais viu”.

Nenhuma começou a ser construída, confirma o vídeo que registra um trecho do Programa do Faustão deste dia 10. Nenhuma família conseguiu sair dos abrigos improvisados. Mas nem se passaram três meses, vão certamente balbuciar os vigaristas, os devotos da seita e os iludidos vocacionais. Mirem-se no exemplo de países sérios, devem retrucar os brasileiros sensatos. Mirem-se, sobretudo, no exemplo recentíssimo do Japão, castigado em 14 de março por um terremoto seguido de um tsunami. Sem conversa fiada, o governo encomendou 4 mil casas pré-fabricadas. As primeiras 39 foram entregues em 9 de abril — menos de um mês depois da catástrofe.

Quando todos os japoneses surpreendidos pela tragédia estiverem sob um novo teto, milhares de sobreviventes da tragédia na Região Serrana ainda estarão aglomerados em abrigos provisórios. Os institutos de pesquisa deveriam averiguar o que acham do país e do governo. Podem acabar lucrando com a descoberta de que, ao contrário do que imaginam os eternos pessimistas, muitos flagelados estão confiantes no futuro no país, qualificam de “bom” (ou “ótimo”) o desempenho de Dilma e se sentem mais felizes nos acampamentos. Desde que sejam garantidas duas refeições a cada 24 horas, cem dias não parecem mil. Parecem cem minutos.

No Ano 9 da Era da Mediocridade, os ibopes e sensus repetem a cada pesquisa que milhões de brasileiros, sobretudo os alojados no miserável universo do Bolsa Família, aprenderam a renunciar ao sonho, a render-se sem lamentos ao assassinato da esperança e a contentar-se com o adiamento da morte. É suficiente a vida envilecida, sem horizontes, embrutecida. Uma vida não vivida.

domingo, 10 de abril de 2011

Confira o "top 5" das gafes de Dilma em cem dias de poder

Palocci e Pimentel são os homens fortes do gevorno Dilma

Do estadão.com

No 'núcleo duro', só Palocci e Pimentel
O núcleo de confiança formado pela presidente Dilma Rousseff nos primeiros meses de governo é pequeno. Constitui-se de duas pessoas: os ministros Antonio Palocci (Casa Civil) e Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior). Este, quando não está no Palácio do Planalto com a presidente, despacha a cerca de um quilômetro de distância, na ponta da Esplanada dos Ministérios. Palocci fica mais próximo fisicamente, um andar acima do de Dilma, no próprio palácio.

Ao contrário do ex-presidente Lula, que tinha uma meia dúzia de ministros assessores, congregados no chamado "núcleo duro", com Dilma todo assunto de governo começa com ela e acaba nos dois ministros.

A Palocci a presidente delegou a função de ajudá-la a montar o ministério e o segundo e terceiro escalões, além de ficar de olho nos rumos da economia e do funcionamento do próprio governo. Pimentel, embora seja ministro de área técnica, tem uma agenda dilatada de conversas com Dilma, da vagarosa decisão sobre a compra de caças para a Aeronáutica ao noticiário do dia nos jornais, passando pela queda constante do dólar e a necessidade de tirar um pouco mais de proveito das relações comerciais com a China. Eles foram amigos de militância clandestina na esquerda durante a ditadura militar.

Num segundo círculo de proximidade com Dilma estão os ministros Alexandre Padilha (Saúde), Alfredo Nascimento (Transportes), Antonio Patriota (Relações Exteriores), Edison Lobão (Minas e Energia) e Helena Chagas (Comunicação Social).

Os primeiros 100 dias do governo Dilma

Coluna do Celso Ming - estadão.com

O governo Dilma completa neste domingo 100 dias, prazo que habitualmente se confere às autoridades para que mostrem a cara da nova administração.
Alguém já afirmou que este é a continuação do governo Lula com mais gerenciamento e saudável toque feminino. Outros, que a exigência de mais resultados na política externa não é mudanças à toa. Mas essas são qualificações insuficientes.
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Dilma. Surpresas e incertezas (FOTO: DIDA SAMPAIO/AE)
O governo Dilma assumiu uma economia aquecida demais pelas despesas correntes turbinadas nos dois últimos anos da gestão de Lula. O corte de R$ 50 bilhões nas previsões orçamentárias deste ano mais o compromisso de garantir superávit primário (sobra de arrecadação para pagamento da dívida) de R$ 117,9 bilhões foram um bom começo. Mas é pouco para conter o consumo, como o governo vem reconhecendo quando tenta segurar o crédito.

Independentemente do desbalanceamento fiscal, a gestão Dilma enfrentou uma mistura inédita (nos últimos 16 anos) de surpresas e novas incertezas. A primeira delas foi o resultado do afrouxamento monetário dos grandes bancos centrais do mundo, especialmente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), que multiplicou o volume de recursos no planeta. Boa parte dessa dinheirama tomou o rumo do País e é um dos fatores que ajudam a explicar a enxurrada de dólares no câmbio interno.

Outra surpresa é a disparada dos preços das commodities agrícolas, em mais de 29% nos últimos seis meses, que ajudou a puxar os preços dos alimentos, maiores responsáveis pelas pressões inflacionárias. A terceira é a revolução da comunidade islâmica na África e na Ásia e seu impacto sobre os preços do petróleo.

A principal consequência desses três imprevistos é a mistura de uma forte valorização do real (queda do dólar no câmbio interno) com disparada inflacionária, que, em 12 meses terminados em março, ultrapassou os 6,3%. Veja o gráfico:
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O mais importante não são as surpresas nem as incertezas que vêm junto, mas o modo como o governo lida com elas. O tom de lamentação e de “a culpa não é minha”, misturado com declarações do tipo “isso não é nada; logo passa”, foi e continua sendo a primeira atitude inadequada, ao passo que induz a respostas nem sempre objetivas.

Uma delas é a força exagerada dada aos chamados recursos prudenciais, com o objetivo de conter a inflação, o crédito e o câmbio, usados para não acionar os mecanismos mais eficazes e, assim, evitar efeitos colaterais indesejados, mas provocando outros mais, talvez maiores.

Outra resposta indevida é usar o caixa das empresas estatais e privadas – caso da Petrobrás e das usinas de açúcar e álcool – para fazer política de preços.
A atitude tolerante do Banco Central à inflação e o gradualismo da administração da política monetária, por sua vez, tiraram eficácia do sistema de metas de inflação, na medida em que são os principais responsáveis pelo descompasso entre as expectativas dos “fazedores de preço” e os objetivos da autoridade monetária.

Assim, se havia uma incerteza no ponto de partida, agora há outra no de chegada: não existe segurança de que a inflação seja contida dentro do horizonte sugerido pelo Banco Central, principalmente, se os preços do petróleo permanecerem acima de US$ 100 por barril, como é mais provável.

O modo gradualista e quase minimalista de enfrentar a excessiva valorização do real (baixa do dólar) parece esgotado – como esta coluna já levou em conta em outras oportunidades – e, mais do que isso, reforça a tendência de baixa do dólar, por atrair mais moeda estrangeira. Quanto mais altas as reservas tanto mais melhora a percepção sobre as boas condições da economia brasileira; e quanto mais atua para reduzir a volatilidade das cotações da moeda estrangeira, mais o Banco Central reduz a percepção de risco dos aplicadores.

Afora isso, este começo de Dilma se caracterizou por fortes intervenções no setor produtivo. As coisas ficaram algo mais artificiais e mais dependentes do governo. São práticas que a gente sabe como se implantam, mas não sabe quando e como serão erradicadas.

Novo governo: os contrastes

Os primeiros 100 dias de governo do governador Raimundo Colombo

Do Blog Moacir Pereira - ClicRBS

Os primeiros 100 dias, que se completam neste domingo, revelaram o estilo  Raimundo Colombo(DEM) de governar Santa Catarina, bem diferente aos antecessores Leonel Pavan(PSDB) e Luiz Henrique da Silveira(PMDB).    Antes mesmo de assumir, o novo governador deu o primeiro sinal.  Luiz Henrique usava o helicóptero até para se deslocar da Casa da Agronômica ao Centro Administrativo.  Colombo cancelou o contrato e dispensou o equipamento.

A calma do lageano só não surpreende os assessores que com ele trabalham há anos.  Não esquenta e não perde a tranqüilidade.  O oposto de Leonel Pavan, que esbravejava e não poupava  secretários com palavrões impublicáveis.

O governo anterior proclamava êxito no controle da folha.  O novo mostrou a insanidade de aumentos que, segundo informa, elevarão os salários este ano em 900 milhões de reais. 

O Pró-Emprego foi exaltado como um dos mais engenhosos na área de incentivos fiscais, responsável pela elevação constante da arrecadação. Tão logo assumiu, Colombo suspendeu a lei do Pró-Emprego e revogou o artigo 148-A. E o secretário Ubiratan Rezende justificou que pretendia acabar com “escritório de intermediários”, fato que dentro e fora do governo produz alguns relatos escabrosos.

Luiz Henrique e Pavan defenderam com unhas e dentes a mudança do Plano Diretor de Florianópolis para venda da Penitenciária Estadual. Colombo é contra a comercialização da área, e decidiu que ela vai continuar um espaço público.

O ex-governador valeu-se da liderança para alterar na Câmara a lei para construir duas novas torres no Centro Administrativo.   Ali não será edificado mais nada e já há até estudos para transferir os órgãos do governo.

Obras
A segurança pública foi comandada durante no governo passado por um deputado do PMDB, que montou a equipe e o esquema administrativo para viabilizar a conquista de cadeira na Câmara Federal. A nova gestão  quer distância do esquema partidário e eleitoral, optando por um promotor de Justiça na segurança pública.

A Secretaria da Saúde foi dirigida por um correligionário de Pavan,  deputado Dado Cherem,que relatava conquistas e avanços.  O novo governo tem revelado realidades chocantes nos hospitais públicos da Grande Florianópolis.   Leitos fechados, obras que nunca terminam, falta de pessoa, alimentos deteriorados, etc, etc.

A Casan foi presidida durante duas gestões pelo ex-deputado Walmor de Lucca, um dos poucos correligionários de Luiz Henrique que entrava na Casa da Agronômica sem pedir licença.  Gabava-se de ação competente e de lucros.  Inovou sim, distribuindo os dividendos entre os diretores e conselheiros.  O novo governo acusa: as estações de tratamento da Casan na Ilha de Santa Catarina não estão operando.  As redes construídas com dotações milionárias jogam o esgoto no mar.

O novo aeroporto Hercilio Luz estava travado há dez anos.  Por falta de cessão de área de Ufsc para execução de obras, alegava a Infraero.  Colombo chegou e em três meses mandou projeto à Assembléia autorizando a liberação do terreno.  Já é lei.

A Arena Multiuso de Canasvieiras teve a pedra fundamental lançada com foguetório e muito discurso.  O novo governo chega e aponta o desperdício. O projeto tem rejeição unânime da comunidade e do setor empresarial.   Enterraram 5 milhões de reais.  Até agora, para nada.

O Centro Integrado de Cultura está há dois anos em reformas. A construtora levou 70% do contrato, mas a obra nem chegou na metade.  Era para reformar em módulos.  Desmontaram o prédio, desativaram o cinema, o museu de arte e o teatro do CIC, e anularam a programação cultural. Colombo ordenou que a reforma se executasse por módulos.

Finalmente, as polêmicas secretarias regionais.  Raimundo Colombo chega aos 100 dias e não nomeou ainda todos os 36 secretários.  E já anunciou que as regionais não terão função executiva.  Parece disposto a mudar.  Deve ter encontrado cabides demais no armário.

Passaportes dos filhos de Lula, que eram imorais, agora também são ilegais

Quando mandei nota , indignado pelos filhos de Lula terem "conseguido" passaportes diplomáticos, recebí as mais veementes críticas dos simpatizantes de Lula, dos petistas , e principalmente dos xiitas.

Agora o Ministério Público do Distrito Federal considerou irregulares os passaportes diplomáticos concedidos a quatro filhos e três netos do ex-presidente Lula, segundo matéria da Folha de São Paulo. Em ofício encaminhado ao Itamaraty, assinado pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, o órgão disse que pedirá à Justiça a anulação dos documentos se eles não forem devolvidos em 30 dias. O Ministério Público analisou a concessão de 328 passaportes diplomáticos em caráter excepcional e por "interesse do país" de 2006 a 2010.

Apenas os documentos dos familiares de Lula foram considerados ilegais, porque não apresentam justificativas pertinentes, segundo o Ministério Público. Entres os parentes que receberam os superpassaportes estão os filhos de Lula: Marcos Cláudio, Luís Cláudio, Fábio Luís e Sandro Luís. A assessoria de Lula disse que ele está em viagem e que não foi comunicado do pedido do Ministério Público. A reportagem não localizou os filhos do ex-presidente. O Itamaraty afirmou que não vai comentar a solicitação do procurador e que irá responder no prazo estipulado as informações.

Enviado por: Paulo Curvello
curvell@terra.com.br

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Blog de Paulo Henrique Amorim associa ataque à escola no RJ à "imprensa golpista"

Do Portal Imprensa
O blog Conversa Afiada, do jornalista Paulo Henrique Amorim, publicou uma análise sobre o massacre da escola em Realengo (RJ) em que sugere que a tragédia é noticiada conforme a relação entre a embaixada dos EUA e os veículos que compõem o grupo classificado por ele como "PIG" (Partido da Imprensa Golpista). 

Reproduzindo documentos vazados pelo site Wikileaks, o post - intitulado "Escândalo em Realengo: embaixada americana pauta o PIG" - apresenta evidências de que os EUA teriam interesse em "engajar o Brasil na difamação de religiões", sobretudo o Islamismo, e que a imprensa teria papel crucial. 

Suspeita-se que Wellington Menezes de Oliveira, que matou 11 crianças e feriu outras 13, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (07), tenha vínculos com o Islamismo, segundo depoimento de sua irmã. O atirador se matou após se atingido por um policial que invadiu a escola a pedido de um dos sobreviventes.

"Ele estava muito focado em coisas relacionadas ao islamismo e tinha deixado a barba crescer muito. Ele era estranho, ficava na internet o dia inteiro lendo temas relacionados e era muito estranho, muito reservado", disse Rosilane Menezes em entrevista à Rádio Bandnews.

Junto ao documento da embaixada dos EUA, o site lista uma série de reportagens de veículos considerados partidários da "imprensa golpista" e ilustra o post com uma charge em que aparecem os nomes de Veja, O Globo e Folha de S.Paulo. Mais aqui

E aqui para ir direto ao blog de Paulo Henrique Amorin.

Comento:
Que absurdo!! Como pode um "jornalista" desse gabarito sair falando umas asneiras dessas.

Tragédia no Rio: Jovem invade escola, matar 11 e deixa vários feridos

Ex-aluno, Oliveira entrou na Escola municipal Tasso da Silveira na manhã de hoje e teria dito que faria uma palestra. Em seguida, passou a atirar contra os alunos, dentro das salas de aula. Depois, ele trocou tiros com policiais militares, foi ferido e cometeu suicídio.

Ao menos 11 alunos morreram --dez meninas e um menino. Ao menos 18 pessoas ficaram feridas.

O crime é investigado. Segundo a polícia, o atirador carregava duas armas, muita munição e deixou uma carta.

Clique aqui para ler na íntegra a carta deixada pelo assassino


novo-trecho-da-carta

quarta-feira, 6 de abril de 2011

ES: Câmara de Vila Velha aprova meia passagem para quem viaja em pé no ônibus

Do Jornal do Brasil

Um projeto de lei que dá direito ao pagamento de meia passagem para quem viaja em pé no ônibus foi aprovado por unanimidade na noite de terça-feira na Câmara do município de Vila Velha, na Grande Vitória. O projeto é assinado pelo vereador Ozias Zizi. A passagem em Vila Velha custa R$ 2,30.

"Queremos diferenciar os passageiros que viajam sentados dos que fazem o trajeto em pé nos ônibus. Não é justo todos pagarem a mesma tarifa", disse o autor do projeto.

Vereador e presidente da Casa, Ivan Carlini apresentou uma emenda ao projeto que determina que os passageiros não poderão mais viajar em pé nos ônibus do município.

As medidas têm causado polêmica na cidade. Agora, o prefeito Neucimar Fraga tem 15 dias para acatar ou vetar o projeto.

Comento:
Isso em Joinville seria fantástico

sexta-feira, 1 de abril de 2011

O palhaço não decepciona - Tiririca emprega os amigos humoristas, que ficam em SP, com salário de R$ 8 mil

Leandro Colon, no Estadão:
 

Deputado mais votado do Brasil, com 1,3 milhão de votos, o palhaço Tiririca (PR-SP) usa dinheiro da Câmara para empregar humoristas do programa A Praça é Nossa. Em 23 de fevereiro, foram nomeados como secretários parlamentares os humoristas José Américo Niccolini e Ivan de Oliveira, que criaram os slogans da campanha eleitoral do deputado. Ambos recebem o maior salário do gabinete, de até R$ 8 mil, somadas as gratificações. Niccolini é presença semanal na TV com o personagem Dapena, uma sátira do apresentador da TV Bandeirantes José Luiz Datena. No ano passado, durante as eleições, o humorista foi protagonista de um quadro cômico que interpretava os então candidatos José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT).

Os humoristas nomeados por Tiririca moram em São Paulo e não cumprem expediente diário como servidores da Câmara - até porque Tiririca não tem escritório político na capital paulista. Niccolini e Oliveira ajudaram a fazer dois dos slogans principais da campanha: “Vote no Tiririca, pior do que está não fica” e “O que é que faz um deputado federal? Na realidade, não sei. Mas vote em mim que eu te conto”.

Ideias
Procurado pelo Estado, Niccolini justificou a sua contratação na Câmara com a seguinte frase: “A gente é bom para dar ideias”. “Ele (Tiririca) escolheu a gente porque ajudamos na campanha, só por isso. Porque acredita que podemos dar boas ideias.”

Os dois secretários parlamentares de Tiririca fazem parte do grupo de humor Café com Bobagem, que, entre outras coisas, tem parceria com o A Praça é Nossa, programa da emissora SBT, onde conheceram o palhaço há dez anos. Por sinal, é no escritório do Café com Bobagem, em São Paulo, e não num lugar ligado ao mandato de Tiririca na Câmara, que os humoristas contratados trabalham diariamente. Questionado pela reportagem sobre o valor pago na campanha eleitoral por terem criado os slogans, Niccolini foi irônico: “Uns 100 milhões de dólares para cada um; pouquinho”.

Segundo a prestação de contas de Tiririca à Justiça Eleitoral, a empresa do grupo, T.R.E. Entretenimento Ltda., recebeu R$ 10 mil pelo serviço. Comunicação. Procurado pelo Estado, Tiririca informou, por intermédio da assessoria de imprensa, que contratou os dois humoristas para ajudá-lo no mandato parlamentar. “O deputado Tiririca nomeou os assessores levando em conta o critério de conhecê-los pessoalmente e também o fato de serem dois comunicadores que vão colaborar e desenvolver trabalhos dentro da temática que o deputado atua.” Aqui