quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Vereador doa salário para entidades beneficientes

Da Folha ES

Numa inicia­tiva inédi­ta no Brasil, pelo que se tem notícia, o vereador e presidente da Câmara Municipal de Ca­choeiro de Itapemirim-ES, Júlio Ferrari (PV), decidiu doar seus salários até o fi­nal de seu mandato, em dezembro de 2012, para entidades beneficentes da cidade. Diretores dessas instituições já fizeram to­dos os procedimentos bu­rocráticos para que o re­curso a elas destinado saia da fonte para as respecti­vas contas bancárias

O vereador, que há 17 anos atua como represen­tante comercial no setor de mármore e granito, re­cebeu uma bonificação que lhe dará os proventos necessários para manter sua família durante todo esse período. Como verea­dor, seu salário bruto é de R$ 6.000,57.

“Fui eleito e exerço a função por vocação para o trabalho comunitário. Mi­nha vida profissional é es­tável, e avaliei que, neste momento, tenho condições de abrir mão da remunera­ção”, disse Ferrari. A do­ação já foi formalizada junto ao setor de Recur­sos Humanos da Câmara. “As entidades de Cacho­eiro precisam e merecem esse apoio”, finaliza o ve­reador.

Dilma inaugura central de telemarketing sob protesto em Recife

Graciliano Rocha, na Folha

Em seu último compromisso oficial na viagem a Pernambuco, a presidente Dilma Rousseff participou nesta terça-feira (30) da inauguração de uma central de atendimento telefônico que deve gerar 14 mil empregos.

Do lado de fora do prédio onde a presidente discursou, cerca de 200 operadores de telemarketing realizaram um protesto contra as condições de trabalho na empresa.

A manifestação foi organizada pelo Sindicato dos Operadores de Telemarketing e não foi vista pela presidente, que entrou e saiu do prédio da Contax, uma das líderes do segmento de telemarketing e relacionamento com o cliente. A petista evitou falar com jornalistas.

Dilma chegou ao prédio, visitou a área de teleatendimento, descerrou uma placa comemorativa e depois proferiu um discurso de quatro minutos em que defendeu o fortalecimento das empresas de serviços no Brasil e exaltou o fato de mulheres representarem 70% da mão-de-obra do setor.

"Essa força de vencer está expressa nas oportunidades que as pessoas no Brasil agarram com duas mãos as oportunidades que têm", declarou.
A Contax investiu cerca de R$ 100 milhões para instalar na capital pernambucana a central de 42 mil metros quadrados --a maior unidade do gênero da América Latina.

Metade do valor foi financiada pelos estatais BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e Banco do Nordeste do Brasil.
Fundada em 2000, a empresa faturou no ano passado R$ 2,4 bilhões e atende a telefônica Oi e grupos bancários como Itaú e Bradesco.

MORTES E VAIAS
O protesto não se dirigiu diretamente a Dilma, mas sindicalistas cobraram dela que fiscalize o setor. O presidente do sindicato, Tiago Santos, responsabilizou a empresa por duas mortes de funcionárias.

Eduarda Camila da Silva morreu a caminho do hospital depois de passar mal durante o turno de trabalho, mas a causa da morte, no mês passado, ainda não foi determinada. Aline Silva morreu, em 2010, em um acidente com uma das vans que transportam os funcionários.

O sindicalista, que é filiado ao PCR (Partido Comunista Revolucionário), também reclamou que funcionários recebem menos de um salário mínimo (R$ 545) após descontos.

OUTRO LADO
Por meio de assessoria, a Contax afirmou que as acusações do sindicato são descabidas. A empresa afirmou que não contrata transporte precário para levar os trabalhadores para casa.

A empresa diz que deu assistência à família de Aline Silva. Aqui

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Empresa de parentes de Alckmin é suspeita de fraudar prefeitura

Uma empresa que tem como sócios parentes de Lu Alckmin, mulher do governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB), é investigada sob suspeita de ter se beneficiado de uma fraude de R$ 4 milhões contra a Prefeitura de São Paulo, informa reportagem de Evandro Spinelli e Giba Bergamim Jr., publicada na Folha desta terça-feira.

O esquema, que também envolve outras empresas, foi alvo de operação em conjunto da Corregedoria Geral do Município, Polícia Civil e Ministério Público e resultou na prisão de quatro pessoas na última sexta-feira (26).
Greg Salibian - 12.dez.2010/Folhapress
Lu Alckmin, primeira-dama de São Paulo
Lu Alckmin, primeira-dama de São Paulo
A prefeitura afirma que a empresa dos parentes de Lu Alckmin --Wall Street Empreendimentos e Participações-- falsificou documentos para pagar um valor menor de taxas cobradas para autorizar a construção de prédios. A taxa em questão é a outorga onerosa, dispositivo que permite a construção de imóveis acima do limite previsto, mediante pagamento à prefeitura.

Por conta das fraudes, a Prefeitura de São Paulo promete interditar a partir desta terça-feira (30) as obras de 21 prédios, alguns deles de alto luxo, nas zonas leste e oeste da cidade.

Os responsáveis pela Wall Street não responderam aos oito recados deixados pela Folha na empresa ontem.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

De cara pintada a cara-de-pau

Do Reinaldo Azevedo


lindbergh-cara-pintada
lindbergh-cara-de-pau
Aquela pergunta de Juan Arias, correspondente do El País no Brasil, ainda está muito viva na memória de muitos: “Por que os brasileiros não se indignam” com a sujeirada? Como sabem, articulei uma resposta num longo post, que recebeu, em dois dias, quase 1.100 comentários. Entre as muitas razões que explicam, segundo entendo, o comportamento cordato, passivo, até mesmo caroável, do brasileiro com a corrupção está o fato de que o PT e seus aliados de esquerda privatizaram a sociedade civil: são donos dos sindicatos, das centrais sindicais, dos movimentos sociais, das entidades da sociedade civil, de tudo. Ao contrário: hoje, o que se vê no Brasil são os “protestos a favor”, o que é coisa típica de governos totalitários de esquerda, sejam fascistas ou socialistas.

Muito bem! No alto, vocês vêem o jovem Lindbergh Faria, então aos 23 anos, presidente da UNE, com a cara pintada, pedindo o impeachment de Collor. Era, então, militante do PC do B. Causava furor nas jovens militantes com o seu stalinismo babyface… Eu queria a queda de Collor e, à época, escrevi um artigo pedindo eleições diretas também na UNE. Fui malvisto, claro! Havia algo de “pseudo” naquele rapazinho. Mas poucos resistem a um rostinho bonito, bem-falante e “progressista”. Tornou-se o “enfant gâté” do impeachment e, dali, saltou para a política. Quem o viu operando como prefeito em Nova Iguaçu, já no PT, garante que ele não tem do que se envergonhar em ter hoje Fernando Collor como companheiro na base de apoio ao governo. Nunca Nova Iguaçu se pareceu tanto com as Alagoas do outro…

Pois bem. O mocinho da cara pintada virou aquela triste figura que se vê na segunda foto — no canto inferior, à direita. Em companhia de Walter Pinheiro (PT-BA) e Delcídio Amaral (PT-MS), Lindbergh foi fazer a sua genuflexão a José Dirceu, em seu cafofo secreto. De volta ao Senado, cumpriu a pauta lá combinada. É claro que, aos 42 anos, ele não tinha de continuar necessariamente fiel às idéias que tinha aos 23. O normal é que se aprenda muita coisa nesse tempo. Não sei se Lindbergh não só deixou de aprender como esqueceu outras tantas ou se, como direi?, lembrou-se de ser fiel às suas origens comunistas e, por isso mesmo, fez-se conviva do gabinete clandestino de um conspirado. Aqui

domingo, 28 de agosto de 2011

Morre funcionário que sofreu acidente em explosão dentro da fábrica da Chocolates Garoto

Gazeta Online
foto: Divulgação
Fábrica Garoto - Editoria: Economia AG - Foto: Divulgação
O acidente ocorreu na terça-feira (23) na Garoto, quando uma manutenção de rotina era feita
O jovem Renan Gomes Pascini, de 20 anos, não resistiu aos ferimentos após ter praticamente 90% do corpo queimado durante uma explosão ocorrida em quanto realizava manutenção de rotina na Fábrica da Garoto/Nestlé, em Vila Velha, na última terça-feira (23). Ele estava internado em estado grave em um hospital de Vitória e morreu na manhã deste domingo (28).

Em comunicado oficial, a Chocolates Garoto informou sobre a morte, além de garantir que irá prestar apoio necessário aos familiares do rapaz. A empresa informou que sobre o acidente de trabalho, uma comissão multidisciplinar irá apurar as causas do ocorrido.

Sobre os outros feridos na explosão, a assessoria da Chocolates Garoto disse apenas que eles apresentaram melhora no quadro clínico e deverão receber alta nos próximos dias. Os nomes e os locais onde estão os funcionários feridos não foram divulgados. Aqui

Um livro eletrônico: “A Corrupção de Sarney a Lula”

Do Reinaldo Azevedo

Está disponível em três formatos na Internet o livro eletrônico “A Corrupção de Sarney a Lula”, escrito por Eduardo Graeff. 
Ele é, sim, ligado ao PSDB, mas sua filiação partidária não o impede de pensar. 

Abaixo, reproduzo um trecho do livro e publico os endereços em que pode ser lido na íntegra.

É possível baixar o arquivo em três formatos:
PDF (para imprimir): http://db.tt/uaM3YHy
EPUB (para iPad): http://db.tt/CXu2oL5
MOBI (para Kindle): http://db.tt/5y9VILU
 

Manchetes deste domingo

- A Notícia: 300.000

- A Gazeta: Dietas para emagrecer: 40 mitos e verdades

- A Tribuna: Os hospitais aprovados no teste da segurança para pacientes

- Folha de São Paulo: Embaixada do Brasil nos EUA foi grampeada 

- Estadão: Rebeldes avançam para tomar cidade natal de Kadafi 

- O Globo: Falta de cadastro permite até 27 identidades por habitante 

- Correio Braziliense: Verba federal para empresa de fachada 

- Veja: O poderoso chefão 

- Época: Os últimos dias do tirano 

- IstoÉ: Battisti: um cidadão do Brasil

sábado, 27 de agosto de 2011

José Dirceu mostra que ainda manda em Brasília

Os senadores Walter Pinheiro, Delcídio Amaral e Lindbergh Farias, PT
Com 'gabinete' instalado em um hotel, ex-ministro recebe autoridades da República para, entre outras atividades, conspirar contra o governo Dilma 

Na Veja Online

Desde que foi abatido pelo escândalo do mensalão, em 2005, tudo em que o ex-ministro José Dirceu se envolve é sempre enevoado por suspeitas. Oficialmente, ele ganha a vida como um bem sucedido consultor de empresas instalado em São Paulo. Na clandestinidade, porém, mantém um concorrido “gabinete” a 3 quilômetros do Palácio do Planalto, instalado numa suíte de hotel. Tem carro à disposição, motorista, secretário e, mais impressionante, mantém uma agenda sempre recheada de audiências com próceres da República – ministros, senadores e deputados, o presidente da maior estatal do país. José Dirceu não vai às autoridades. As autoridades é que vão a José Dirceu, numa demonstração de que o chefão – a quem continuam a chamar de “ministro” – ainda é poderoso.

A edição de VEJA que chega às bancas neste sábado revela a verdade sobre uma das atividades do ex-ministro: mesmo com os direitos políticos cassados, sob ameaça de ir para a cadeia por corrupção, ele continua o todo-poderoso comandante do PT. E agora com um ingrediente ainda mais complicador: ele usa toda a sua influência para conspirar contra o governo Dilma – e a presidente sabe disso.

A conspiração chegou ao paroxismo durante a crise que resultou na queda de Antonio Palocci da Casa Civil, no início de junho. Na ocasião, Dirceu despachou diretamente de seu bunker instalado na área vip de um hotel cinco estrelas de Brasília, num andar onde o acesso é restrito a hóspedes e pessoas autorizadas. Foram 45 horas de reuniões que sacramentaram a derrocada de Palocci e nas quais foi articulada uma frustrada tentativa do grupo do ex-ministro de ocupar os espaços que se abririam com a demissão. Articulação minuciosamente monitorada pelo Palácio do Planalto, que já havia captado sinais de uma conspiração de Dirceu e de seu grupo para influir nos acontecimentos daquela semana.

Imagens obtidas por VEJA e que estão na galeria que ilustra esta reportagem mostram que Dirceu recebeu, entre 6 e 8 de junho, visitantes ilustres como o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, os senadores Walter Pinheiro, Delcídio Amaral e Lindbergh Farias, todos do PT, e Eduardo Braga, do PMDB, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, e os deputados Devanir Ribeiro e Cândido Vaccarezza, do PT, e Eduardo Gomes, do PSDB. Esteve por lá também o ex-senador tucano Eduardo Siqueira Campos.

Apesar de tantas articulações, Dirceu não conseguiu abocanhar cargos para seus indicados no governo. A presidente Dilma já havia sido advertida por assessores do perigo de delegar poderes a companheiros que orbitam em torno de Dirceu. Dilma também conhece bem os caminhos da guerrilha política e não perde de vista os passos do chefão. “A Dilma e o PT, principalmente o PT afinado com o Dirceu, vivem uma relação de amor e ódio”, diz um interlocutor da confiança da presidente e do ex-ministro.

Dirceu anda muito insatisfeito com o fato de a legenda não ter conseguido, como previra, impor-se à presidente da República. Dilma está resistindo bem. Uma faxina menos visível é a que ela está fazendo nos bancos públicos. Aos poucos, vem substituindo camaradas ligados a Dirceu por gente de sua confiança. E o chefão não tem gostado nada disso.

Sergio Dutti
O advogado Hélio Madalena e o hotel onde funciona o "gabinete" do ex-ministro
O advogado Hélio Madalena e o hotel onde funciona o "gabinete" do ex-ministro
Procurado por VEJA, Dirceu não respondeu às perguntas que lhe foram feitas. A suíte reservada permanentemente ao “ministro” custa 500 reais a diária. Quem paga a conta é o escritório de advocacia Tessele & Madalena, que tem como um dos sócios outro ex-assessor de Dirceu, o advogado Hélio Madalena. Na última quinta-feira, depois de ser indagado sobre o caso, Madalena instou a segurança do hotel Naoum a procurar uma delegacia de polícia para acusar o repórter de VEJA de ter tentado invadir o apartamento que seu escritório aluga e, gentilmente, cede como “ocupação residencial” a José Dirceu.

O jornalista esteve mesmo no hotel, investigando, tentando descobrir que atração é essa que um homem acusado de chefiar uma quadrilha de vigaristas ainda exerce sobre tantas autoridades. Tentando descobrir por que o nome dele não consta na relação de hóspedes. Tentando descobrir por que uma empresa de advocacia paga a fatura de sua misteriosa “residência” em Brasília. Enfim, tentando mostrar a verdade sobre as atividades de um personagem que age sempre na sombra. E conseguiu. Mas a máfia não perdoa. Aqui

O governo paralelo de Dirceu. E Dilma sabe de tudo!

Do Reinaldo Azevedo

Dá pra entender o estresse de ontem de José Dirceu. A reportagem de capa da revista VEJA revela que membros do primeiro escalão do governo, dirigentes de estatais e parlamentares - INCLUSIVE UM DA OPOSIÇÃO - se ajoelham aos pés do cassado, a quem ainda chamam de “ministro” e prestam reverências. É isto mesmo: o deputado defenestrado, o homem processado pelo STF e acusado de ser chefe de quadrilha é tratado por figurões de Brasília como um chefão — o Poderoso Chefão. Dirceu está bravo porque a reportagem é devastadora para a reputação da República e deveria ser também para ele e para aqueles que fazem a genuflexão. Vamos ver. Uma coisa é certa: a presidente Dilma sabe de tudo; tem plena consciência de que seu governo é assombrado e monitorado — às vezes com tinturas claras de conspiração  — por um ficha-suja.

A reportagem de Daniel Pereira e Gustavo Ribeiro está entre as mais importantes e contundentes publicadas nos últimos anos pela imprensa brasileira. Ela desvenda o modo de funcionamento de uma parte importante do PT e os métodos a que essa gente recorre. E traz detalhes saborosos: podemos ver as imagens das “autoridades” que vão até o “gabinete” de Dirceu, montado no Naoum, um hotel de luxo de Brasília, onde se produz, nesse caso, o lixo moral da República. VEJA conseguiu penetrar no cafofo do  Muammar Kadafi da institucionalidade brasileira. Eis alguns flagrantes.
Dirceu chegando ao bunker. Pimentel e os senadores Walter Pinheiro, Delcídio Amaral e Lindbergh Farias: operação derruba-Palocci
Dirceu chegando ao bunker. Pimentel e os senadores Walter Pinheiro, Delcídio Amaral e Lindbergh Farias: operação derruba-Palocci
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Ele nunca foi ex

Dirceu tenta intimidar revista Veja

O ex ministro chefe da Casa Civil do governo Lula, José Dirceu acusou a revista Veja de ter invadido a sua privacidade. Até fez um boletim de ocorrência. Trata-se de uma tentativa de intimidar a revista para ver se consegue impedir que a reportagem apurada seja publicada.

É a famosa cortina de fumaça. Acha que, se gritar primeiro e posar (Emir Sader escreveria “pousar”) de vítima, consegue transformar um fato num não-fato.

Leia aqui o que Dirceu publicou em seu blog na internet.

Ministra Ideli Salvatti é acusada de favorecer ONG de seu braço direito

Ideli Salvatti admitiu aprovar emendas para ONG, mas ressalvou que assessor está afastado da direção da entidade
Ideli Salvatti admitiu aprovar emendas para ONG, mas ressalvou que assessor está afastado da direção da entidade (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Vannildo Mendes, no O Estado de S.Paulo

Após atingir em cheio cinco ministérios e vários órgãos federais, a faxina da presidente Dilma Rousseff e pode chegar à área de serviço do Palácio do Planalto. Desta vez, o alvo é a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, acusada de destinar emendas e usar sua influência em favor da ONG Centro de Elaborações, Assessoria e Desenvolvimento de Projetos (Cesap), criada por Claudionor de Macedo, seu braço direito desde 2004.

Espécie de faz tudo a serviço de Ideli, Macedo já foi motorista, segurança e assessor parlamentar, até se tornar coordenador de campanha da então senadora ao governo de Santa Catarina em 2010. Denúncia levada ao Congresso pelos deputados Fernando Francischini (PSDB-PR) e Duarte Nogueira (PSDB-SP), revela que a ministra, quando senadora, aprovou duas emendas em favor da Cesap, no valor de R$ 100 mil cada, nos anos de 2007 e 2008. A entidade recebeu mais R$ 377,7 mil de outros convênios com órgãos federais.

Por meio de nota divulgada por sua assessoria, Ideli admitiu ter aprovado as emendas para a Cesap, mas ressalvou que Macedo está afastado da direção da entidade desde que se tornou seu assessor, em 2004, quando passou à condição de sócio colaborador. Explicou que, com os recursos das duas emendas foram criados 12 grupos voltados para ajudar mulheres chefes de família na geração de renda. O trabalho, segundo a ministra, "beneficiou indiretamente centenas de famílias das cidades de Itajaí, Tijucas e Palhoça".

Não é o que diz um dos autores do requerimento, o deputado Francischini, um experiente delegado federal. Segundo sua apuração, o endereço da ONG registrado nas emendas (Rua Maria da Conceição, 537, Bairro Ingleses, Florianópolis) é uma residência com placa de "aluga-se". Claudionor, que é irmão da atual secretária nacional da Juventude, ligada ministro Gilberto Carvalho, chefe da Secretaria Geral da Presidência, seria um ativo operador da ONG até hoje, mesmo tendo se afastado formalmente da direção. Ele nega.

Francischini e Nogueira pediram à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara que convoque a ministra para dar explicações. Como parte dos recursos foram pagos à ONG este ano, com Ideli já no governo, eles acreditam que fica caracterizada improbidade administrativa. "Ao direcionar recursos públicos para entidade de que fazia parte funcionário do seu gabinete, a ministra parece não ter atuado em conformidade com os princípios constitucionais da impessoalidade e moralidade", anotaram no requerimento.

Levantamento no Sistema Integrado de Informações Financeiras (Siafi) mostra que o Cesap recebeu em sua conta do Banco do Brasil, em 2008, 2009 e 2010, depósitos nos valores de R$ 100 mil, R$ 99.350 e R$ 48.975,80. Só os dois primeiros são originários de emendas de Ideli. O Portal da Transparência do governo federal registra também convênios da ONG com a Secretaria de Políticas para Mulheres (números 751744 e 637553) e com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (número 700951), no valor de R$ 337,7 mil.

A nova denúncia pode complicar ainda mais a crise no governo e sua sustentação política no Congresso. Até agora, já foram atingidos em cheio por denúncias os Ministérios dos Transportes, Agricultura, Cidades e Turismo, além de vários órgãos federais estratégicos, como o Departamento Nacional de Transportes (Dnit) e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O vendaval de limpeza começou em junho com o afastamento do ministro Antônio Palocci (Casa Civil), em meio a denúncias de enriquecimento ilícito.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Beto Richa usou helicóptero emprestado por empresário

Evandro Fadel, da Agência Estado

O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), também utilizou aeronave emprestada por empresário para um deslocamento em São Paulo no dia 4 de maio. O fato passaria despercebido se o helicóptero Bell 206L, prefixo PP-JFR, não tivesse sofrido uma pane técnica, necessitando fazer um pouso forçado no Campo de Marte. Segundo o governo, o helicóptero tinha sido emprestado pelo empresário Jair Rosa, de Cornélio Procópio, no norte paranaense, mas radicado na capital paulista. Richa tinha saído de Curitiba para uma reunião no banco de investimentos BTG-Pactual, que não tinha sido divulgada antecipadamente. Ele aproveitou para realizar exames médicos no Hospital Sírio-Libanês. Durante o deslocamento à sede do banco, o helicóptero apresentou problemas técnicos. Ninguém ficou ferido. Na época do incidente, a assessoria do governo informou que o empréstimo tinha sido feito sem custos para o Tesouro estadual.

Presidente da Câmara usou avião da Unimed para ir a reunião do PT

Fotos: ABr e Folha

Leandro Colon e Beto Barata, de O Estado de S.Paulo
O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), usou aviões particulares para viajar nos fins de semana pelo País. No sábado passado, ele embarcou em um avião e um helicóptero da Uniair, empresa de transporte aéreo da Unimed do Rio Grande do Sul - seu reduto eleitoral -, para participar de eventos partidários do PT nas cidades gaúchas de Erechim e Gramado.
Procurado pelo Estado nesta quinta-feira, 25, cinco dias após a viagem, Marco Maia admitiu que o voo não foi pago. Questionado sobre a origem do dinheiro que vai cobrir o gasto, afirmou que bancaria a viagem com o próprio salário. “Eu ganho bem”, disse.

Na entrevista gravada, Maia garantiu que o voo do fim de semana no avião da Unimed foi o primeiro fretado por ele no ano. “Foi a primeira vez que utilizei um voo particular”, disse.

Horas depois, o presidente da Câmara foi obrigado a mudar a versão após a reportagem confirmar que ele também viajara num avião particular, no dia 4 de junho, de Brasília para Goiânia para assistir ao jogo da seleção brasileira de futebol contra o time da Holanda. De lá, seguiu na mesma aeronave para Porto Alegre. “Foi um voo privado dele como cidadão”, respondeu a assessoria de imprensa do presidente.

Num primeiro momento, Maia afirmou “não se lembrar” do nome da empresa contratada nem o valor pago pelo voo do jogo da seleção. Diante da insistência da reportagem, informou que o serviço fora prestado pela Ícaro Táxi Aéreo. Aqui

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Neurônio exausto

Do Blog Augusto Nunes

“O que eu não vou aceitar, em hipótese alguma, é que qualquer pessoa do meu governo, seja sem respeitar os princípios fundamentais que fundam a Justiça moderna, que são: respeito aos direitos individuais e às liberdades…”.

Dilma Roussef, no  lançamento do programa “Crescer – Programa Nacional de Microcrédito”, explicando em dilmês rústico que não vai aceitar alguma coisa que só será  revelada quando o neurônio solitário recuperar-se do cansaço provocado por frases com mais de 10 palavras.

Dilma está "na mão" de PT e PMDB, diz governador aliado

Fábio Brandt, na Folha

A presidente Dilma Rousseff "fica na mão" de decisões tomadas por PT e PMDB no Congresso, afirmou o governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), nesta quarta-feira (24). "Ela está absolutamente condicionada a decisões que PT e PMDB tomem", disse.

Para o governador, Dilma resolverá o problema se estabelecer "contrapontos" e colocar o PMDB "no seu devido lugar". Gomes sugere que a petista fortaleça o PSB, o PDT e o PC do B. Ele chama essas siglas de "terceira força".

O político falou sobre o governo Dilma no programa "Poder e Política - Entrevista", conduzido pelo jornalista Fernando Rodrigues no estúdio do Grupo Folha em Brasília. O projeto é uma parceria do UOL e da Folha.
Na entrevista, Cid Gomes ainda defendeu o presidente do Senado, José Sarney (PMDB), que usou helicóptero da Polícia Militar do Maranhão em viagem particular. Ele também revelou pretensão de lançar o irmão mais velho, Ciro Gomes (PSB-CE), como candidato ao Senado em 2014. Aqui

Gleisi Hoffmann recebeu R$ 40 mil ao deixar Itaipu para concorrer ao Senado

Eduardo Bresciani e Leandro Colon, no Estadão

Ao conseguir ser “demitida” de um cargo público, a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, recebeu pelo menos R$ 145 mil. Em 29 de março de 2006, ela foi “exonerada” do cargo da diretoria financeira de Itaipu Binacional. Só que a ministra saiu da função na época porque quis: ela saiu candidata ao Senado naquele ano, mas não foi eleita. 

 
Por meio de um acordo com o comando de Itaipu, Gleisi trocou a “exoneração a pedido”, o que de fato ocorreu, pela “exoneração”, ou seja, demissão. Com isso, recebeu, além de férias proporcionais, entre outros, os 40% de indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), além de poder sacar o próprio FGTS.

A assessoria da ministra confirmou ao Estado que ela recebeu a multa de 40% relativa ao FGTS no valor de R$ 41.829,79. Foi informado ainda que ela sacou o fundo, mas Gleisi se recusou a revelar o valor. Pelo cálculo em cima dos 40%, a ministra teria pelo menos R$ 104 mil de FGTS. Ou seja, o “acerto” com Itaipu rendeu a ela cerca de R$ 145 mil em 2006.

A exoneração de Itaipu foi publicada no Diário Oficial da União no dia 29 de março de 2006, dois dias antes do prazo final de desincompatibilização. O dinheiro entrou na conta de Gleisi quando ela já era pré-candidata ao Senado, mas sua assessoria nega que o recurso tenha sido investido para esse fim. A ministra também não quis explicar por que não pediu a exoneração. Quando deixou Itaipu, sua remuneração bruta era de R$ 31 mil.

A Itaipu informou que, por ser binacional, a empresa tem “regime trabalhista próprio”. Esse modelo é similar à Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), o que garante aos funcionários direito ao FGTS e à multa rescisória. Segundo a empresa, desde 1990 esse direito foi estendido aos diretores.

Também ex-diretor de Itaipu, o deputado Rubens Bueno (PPS-PR) disse ter recebido proposta para ser exonerado quando pediu para sair da empresa, em junho de 2004. Bueno, porém, preferiu recusar a oferta da binacional, que chegaria a R$ 50 mil.

“Cargo público não é para ganhar dinheiro, por isso eu falei que não queria fazer isso”, disse. A exoneração dele foi “a pedido” e, portanto, sem ônus para a empresa e para o FGTS.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Cunhada do vice-presidente Michel Temer vai posar nua para a "Playboy"

 Da Folha

Reprodução/Reuters
Fernanda Tedeschi e a irmã Marcela Temer, mulher do vice-presidente
Fernanda Tedeschi e a irmã Marcela Temer, mulher do vice-presidente

Fernanda Tedeschi, 25, cunhada do vice-presidente da República, Michel Temer, vai posar para a revista "Playboy".

Segundo a assessoria da revista, Fernanda já assinou contrato, mas ainda não foi decidido de qual mês ela será capa.

Fernanda é irmã mais nova de Marcela Temer, 28, que arrancou olhares e comentários na posse de Dilma Rousseff.

A Folha está fazendo uma enquete:
Qual mulher ligada ao poder você gostaria de ver nua?
* Aline Corrêa, deputada federal pelo PP-SP
* Ellen Gracie, ministra aposentada do Supremo Tribunal Federal
* Gleisi Hoffmann, ministra da Casa Civil
* Manuela Dávila, deputada federal pelo PCdoB-RS
* Marcela Temer, mulher do vice-presidente Michel
* Vanessa Grazziotin, senadora pelo PCdoB do Amazonas 
Vote aqui

Dilma avisa que acabou a "faxina". E quando foi que começou?

Natuza Nery e Maria Clara Cabral, na Folha

O Palácio do Planalto comunicou aos partidos aliados ao governo que a presidente Dilma Rousseff só mexerá novamente na sua equipe se eles pedirem, numa tentativa de conter a insatisfação crescente da base governista com as mudanças no ministério.

Após perder quatro ministro em oito meses de governo, outros dois ministros entraram na linha de tiro nos últimos dias por conta de suspeitas de irregularidades: Pedro Novais, indicado pelo PMDB para o Turismo, e Mário Negromonte, nome do PP nas Cidades. Aqui

Dos R$ 8 milhões de campanha, Gleisi gastou só 0,7% com transporte aéreo

Eduardo Bresciani e Mariangela Gallucci, no Estadão
 
Dona da campanha eleitoral mais cara entre os candidatos ao Senado no Paraná, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT), envolvida em polêmica recente sobre o uso de jatinhos particulares, declarou em sua prestação de contas despesas de apenas R$ 56,9 mil com empresas de táxi aéreo, o equivalente a 0,7% dos quase R$ 8 milhões que informou ter gasto na disputa.
(…)

A ministra confirmou ao Estado gastos de R$ 56,9 mil com aviões que, segundo ela, se referem a 26 horas de voo pagas às empresas Hércules e Helisul. Ela afirma ter feito outros deslocamentos aéreos “em conjunto com outros candidatos”, mas não especificou os seus nomes.

Disse ainda ter viajado muito por terra e confirmou que embarcou em avião algumas vezes, sem mencionar quantas, com o candidato do PDT ao governo, Osmar Dias. Indagada se realizou voos para sua campanha com outras empresas e se isso não estaria contabilizado, a ministra negou. Ela também garante não ter usado avião emprestado por empresas privadas.

Dias declarou R$ 78 mil em gastos com deslocamento aéreo, os quais foram concentrados no comitê único do PDT. A Helisul, que aparece na campanha de Gleisi, recebeu R$ 50 mil do comitê do PDT no dia 17 de setembro de 2010. A outra empresa é a FL Almeida e Cia. Ltda., que recebeu R$ 15 mil no dia 14 e R$ 13 mil no dia 27 do mesmo mês.

O ministro Paulo Bernardo afirma ter voado durante a campanha da mulher em aviões particulares e explicou que as aeronaves eram fretadas. As empresas, disse, recebiam pagamento por ceder o transporte. Também questionado pelo Estado se sabia de gastos não contabilizados, o ministro reagiu dizendo não ter sido responsável pelas contas de campanha de Gleisi.

Contraste
Os gastos de Gleisi com táxi aéreo são sete vezes menores do que o de seu companheiro de chapa no Paraná, o senador Roberto Requião (PMDB). O peemedebista gastou R$ 416 mil com aviões. O aliado, no entanto, investiu em toda sua campanha R$ 3 milhões, menos da metade do que Gleisi.

Aliados e opositores de ambos no Paraná afirmam que a campanha da petista era mais vistosa e incluía mais cidades em seus roteiros a cada dia, o que aumentaria a necessidade de rápidos deslocamentos em busca de votos.

Fontes do PMDB do Paraná ouvidas pela reportagem garantem que as viagens conjuntas de Requião e Gleisi eram raras. “Eles só iam juntos para eventos com Lula e Dilma. Fora isso, cada um tocava a sua campanha de forma independente e com caixa separado”, diz um peemedebista que acompanhou o senador de perto. Requião, por meio de sua assessoria, disse que não se manifestaria sobre o tema.

As suspeitas sobre as relações do casal de ministros com a empreiteira Sanches Tripoloni têm como pano de fundo a crise que levou a demissões em série no Ministério dos Transportes. A empreiteira é a responsável pela obra do Contorno Norte de Maringá, no Paraná. A obra foi incluída no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) por pressão de Paulo Bernardo.

O Tribunal de Contas da União vê superfaturamento e já carimbou a empresa como inidônea por outra obra em Foz do Iguaçu. Bernardo confirma ter defendido a inclusão da obra de Maringá no PAC, mas nega ter beneficiado a construtora.

Reação
A construtora Sanches Tripoloni negou ontem em nota, após questionada pelo Estado, que tenha transportado Paulo Bernardo durante a campanha do ano passado na aeronave King Air, prefixo PR-AJT, ou qualquer outra. “A empresa também informa que não cedeu aeronaves para campanhas eleitorais.” Aqui

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Líder do PR na Câmara assina o requerimento de CPI

Sérgio Lima/Folha


Do Blog Josias de Souza

O deputado Lincoln Protela, líder do PR na Câmara, assinou há pouco o requerimento da oposição que pede a abertura de uma CPI da Corrupção.

Ao justificar o gesto, Lincoln declarou: “Entendi que essa CPI quer uma investigação limpa, sem querer prejudicar a governabilidade…”

“…Mas trazer luz à sociedade brasileira das coisas que estão acontecendo. Eu seria incoerente se não assinasse.”

A rubrica do líder chega num instante em que a ministra Ideli Salvatti, coordenadora política de Dilma Rousseff, se empenha para trazer o PR de volta para o condomínio.

Lincoln não foi o primeiro pêérre a assinar a CPI. Mas o jamegão dele tem caráter “simbólico”, realçou o líder tucano Duarte Nogueira (PSDB-SP). Aqui

Comento:
Veja se os senadores e o deputado que você votou na última eleição assinou o requerimento da #CPICorrupcaoJa
Para ver entre no site:  www.cpidacorrupcao.blogspot.com

Denúncia contra Ideli afeta busca de recuperação do PT em Joinville

Do Osny Martins

Num momento em que o PT preparava a recuperação em Joinville, tentando se mostrar pró-ativo e realizador, com menos crise e mais produtividade, apoiado em gorda campanha publicitária na mídia – pra isso a Prefeitura de Joinville arranja dinheiro -, eis que surge a companheira de Carlito Merss, ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvati, mostrando seus métodos, sua ideologia e seu jogo questionável de ação no poder. A gravação feita pela polícia, em que a ex-senadora conversa com o acusado de pedofilia, que está preso desde maio, Goetten, ex-presidente do PR em Santa Catarina, é de uma aviltante e cruel realidade das ações politiqueiras de bastidores.

Se já havia críticas aqui na cidade, para o que se acostumou a entender como um esquecimento de Ideli para os problemas que Joinville tem e que a própria Prefeitura de Joinville enfrenta há tempos, agora então, as dúvidas se concretizaram. Carlito Merss, que sofre com uma Prefeitura esquálida em realizações, e que pregava em campanha ter as portas abertas em Brasília, mesmo atravessando toda a sua gestão com o Governo Federal de seu partido, só mostra desprendimento mesmo nas argumentações evasivas e sofridas, no empurrar a culpa de tudo para a gestão anterior. De resto, pouco se faz no âmbito das soluções aguardadas na cidade.

Tanto assim, que na campanha eleitoral municipal que se avizinha, veremos os mesmos problemas que povoaram as discussões no pleito passado, de volta à arena dos debates. Dos buracos nas ruas, da pavimentação falha, da iluminação capenga, do trânsito caótico ou da saúde em estado de coma até os avanços aguardados em infraestrutura, tudo parece na estaca zero, agravados pela demora de três ou quatro anos de agora. Ideli foi omissa num auxílio ao seu companheiro Carlito, à sua cidade, tão lembrada para buscar votos e ignorada no pós-eleição.

Passado o pleito que elegeu Raimundo Colombo (DEM) pra governador, o próprio prefeito Carlito Merss criticou o eleitorado joinvilense, que havia dado a vitória ao candidato democrata e ignorado Ideli. Disse Carlito que Ideli defendia Joinville enquanto Colombo mal conhecia a cidade. Agora, passado tão pouco tempo, vê-se que o eleitorado é quem estava certo ao não votar em Ideli. Se o governador não corresponde ao que Joinville esperava dele, pelo menos não houve uma frustração maior com a ex-senadora. Embora saibamos que a derrota dela se deveu muito mais à própria incompetência da administração municipal petista.

Ontem, Carlito e a Prefeitura se calaram sobre o escândalo que afeta Ideli Salvatti. Nada, absolutamente nada se ouviu de oficial. Nem poderia. A vergonha deve ter povoado os líderes petistas, a começar por Carlito, companheiro de Ideli nos palanques da vida. Claro que a ordem, internamente, deve ser aquela de sempre: fazer cara de paisagem, jogar mais dinheiro em campanhas publicitárias de massa e torcer para que o povo esqueça dessa vergonhosa ação escancarada nacionalmente e até o dia da eleição vá no embalo do oba-oba de última hora, perdendo a noção da análise plena da gestão e da postura de partidos e de pessoas.

Que pena mais esse escândalo! Que nojo das palavras ditas com tanta naturalidade ao telefone na gravação policial! Que coisa detestável termos que aguentar o jogo torpe de autênticas quadrilhas montadas com um descaramento habitual pra fazer lobby pra que a prática de afilhados políticos permaneçam como estão! Ora,  por mais que as ações no DNIT de Santa Catarina fossem – e ainda são – fruto de questionamentos e críticas, o que se vê é a busca de esquemas articulados de afagos e proteção. Uma vergonha! Aqui

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Entenda melhor a faxina ética e os afagos de Dilma a FHC

Do Blog do jornalista Polibio Braga


Ninguém parece estar entendendo direito o cenário político no qual se movimenta a presidente Dilma Rousseff, que não seguiu o figurino esperado por todo mundo.

Dilma e a faxina ética - A Presidente foi CEO do governo Lula e conhecia toda a herança maldita que se concedeu, mas sabe que manter ao seu lado algumas personalidades da pior espécie, resultará em paralisia da administração e mergulhará o seu governo num mar de lama. É por isto que surfa alegremente nas denúncias produzidas pela mídia de São Paulo, Rio e Brasília, algumas das quais ela mesma insufla. Ela não quer continuar refém de maus elementos.

Dilma, o PT e Lula - O PT possuía 40% dos cargos do governo e agora ocupa 80% do bolo. É por isto que apóia Dilma Rousseff nos seus movimentos atuais. Lula foi refém do mensalão que montou, não ignora o que faz Dilma, mas teme virar um bandoleiro político ao longo da faxina ética, porque os bandidos derrubados são todos do seu governo.

Dilma e FHC - Os afagos a FHC visam demonstrar ao PT do Mal e a boa parte da base aliada, que a Presidente encontrará facilmente alguma alternativa de aliança, caso seja forçada a isto.

. O cenário é movediço e é isto que explica revoltas no interior dos Partidos da base aliada, com ênfase para PP, PMDB e PT. Até que as coisas se ajustem, a Câmara poderá continuar na greve branca que iniciou há duas semanas. Aqui

Lula faz de conta que conhece só de vista o ‘amigo, irmão e líder’ derrotado na Líbia

Do Blog Augusto Nunes

"Nunca deixo um companheiro pelo caminho”, costuma gabar-se Lula. A menos que a companhia se torne inconveniente, ensina a trajetória do ex-presidente. Quando isso ocorre, ele faz de conta que conhece só de vista até gente com quem convive desde os tempos de sindicalista. O alvo mais recente essa amnésia malandra é Muammar Kadafi, promovido a “amigo, irmão e líder” até o começo da rebelião na Líbia.

De lá para cá, Lula faz de conta que não conseguiu sequer decorar o prenome do psicopata de estimação, homenageado ao longo de oito anos por rapapés, salamaleques e adjetivações derramadas. Depois da queda de Kadafi, dirá que nem sabe onde fica a Líbia. Mas nem o maior dos governantes desde Tomé de Souza pode reescrever a história. O texto reproduzido na seção Vale Reprise trata de contar o caso como o caso foi.



Aqui

Vereadores de Joinville fazem uma viagem a cada dois dias

A Notícia

A cada dois dias, um vereador de Joinville colocou o pé na estrada, em viagem para algum lugar do Brasil. Nos primeiros 180 dias de 2011, houve 94 saídas, número praticamente igual ao registrado no mesmo período de 2010, quando ocorreram 95 viagens.

Apesar de a quantidade de deslocamentos ser praticamente igual, houve mudança considerável nos roteiros dos vereadores. Os parlamentares estão viajando mais por Santa Catarina. E, comparando com o primeiro semestre de 2010, observa-se uma pequena queda no número de saídas para o Centro-oeste e Nordeste do País.

A razão para as viagens continua a mesma. Na lista estão cursos voltados para a atividade legislativa, a realização de audiências que envolvem o governo estadual ou ainda visitas às cidades que desenvolvem programas que podem servir de exemplo para Joinville.

— É difícil acreditar que haja a necessidade de se realizar tantas viagens: os vereadores acabam colocando de lado a função de fiscalizar para realizar um suposto aprimoramento que nunca é colocado em prática —, fala o diretor executivo da ONG Transparência Brasil, Cláudio Abramo.

Defensor da necessidade de se investir na capacitação dos vereadores e servidores, o presidente Odir Nunes (DEM) considera a média de viagens adequada. Pesa a favor da Câmara o fato de que, apesar de ter mantido o número de saídas, o Legislativo economizou. Nos seis primeiros meses de 2010, foram gastos R$ 161 mil em diárias. Nos primeiros 180 dias de 2011, foram consumidos R$ 137,1 mil com essas despesas. Uma queda de 14,8%.

O entendimento é de que, com viagens mais curtas, os gastos com diárias são menores.

— Não negamos solicitações de viagens, mas todos sabem que buscamos aplicar os princípios da economicidade, o que está dando certo —, fala o diretor-geral Flávio Boldt.
Para Odir Nunes, campeão em viagens, com 19 saídas, a tendência também é de se viajar menos. Aqui

Sarney usou helicóptero do MA em viagem particular

Do Blog Josias de Souza

O tetrapresidente do Senado José Sarney (PMDB-AP) serviu-se de um helicóptero da Polícia Militar do Maranhão para passear na ilha do Curupu, de sua propriedade.

A transgressão ocorreu uma, duas vezes. Ambas em 2011, informam os repórteres Felipe Seligman e João Carlos Magalhães.

Para azar de Sarney, um cinegrafista amador registrou a utilização do bem público com propósitos privados (assista aqui).

O senador e seus acompanhantes foram filmados em trajes de passeio no instante em que desembarcavam no heliponto Polícia Militar em São Luís.

As primeiras imagens foram captadas em 26 de junho. As outras, em 10 de julho. Dois domingos.

Numa das viagens, além da mulher, Marli, acompanhava Sarney um casal de amigos: o empresário Henry Duailibe Filho e a mulher dele, Cláudia.

Henry é primo de Jorge Murad, marido da governadora maranhense Rosenana Sarney (PMDB).

Dono de uma construtora e de uma concessionária de automóveis, Henry mantém com o governo do Maranhão contratos milionários. Coisa de R$ 70 milhões.


O helicóptero usado por Sarney em seus passeios foi comprado no ano passado. Serve –ou deveria servir— para combater o crime e prestar socorro emergências médicas.

Custou R$ 16,5 milhões. Uma parte saiu do bolso do contribuinte do Maranhão. A outra, foi provida pelo contribuinte federal, representado pelo Ministério da Justiça.

Ao discursar na cerimônia de entrega da aeronave, Roseana Sarney jactou-se:

É "uma demonstração [de] que estamos investindo em uma polícia moderna, [...] afastando de vez a bandidagem" do Maranhão.

No dia 10 de julho, um dos domingos em que Sarney foi pilhado desembarcando do helicóptero anti-bandidagem, retardou-se o atendimento a um acidentado.

O pedreiro Anderson Ferreira Pereira acidentara-se gravemente. Sofrera traumatismo craniano. Fraturara a clavícula.

Socorrido por outro helicóptero da PM, Anderson acabara de chegar de Alcântara, cidade distante de São Luís 53 km.

Acompanhado da irmã, Rosângela Pereira, o pedreiro teve de esperar dez minutos para que sua maca fosse acomodada na ambulância que o levaria ao hospital.

O desembarque das malas de Sarney e seus acompanhantes teve preferência sobre o atendimento ao acidentado.

Procurado pela reportagem, Sarney manifestou-se por meio de assessores. Alegou o seguinte:

Tem "direito a transporte de representação e segurança em todo o território nacional, seja no âmbito federal ou estadual, sem restrição às viagens de serviço."

A assessoria senador invocou o artigo 2º da Constituição, cujo conteúdo não parece fazer nexo com o caso.

Nesse trecho, o texto constitucional anota: "São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário."

De resto, a assessoria de Sarney afirmou: "A viagem foi feita à ilha de Curupu a convite da governadora do Maranhão, Roseana Sarney."

Quer dizer: a aeronave do contribuinte levou Sarney até a ilha dos Sarney a convite da Sarney que governa o Estado famoso pelo domínio da família Sarney.

A assessoria do presidente do Senado não disse palavra sobre a presença num dos vôos do empresário que mantém negócios com o Estado.

Nada disse também sobre o retardamento do socorro ao pedreiro acidentado.

A Lei de Improbidade Administrativa sujeita os políticos que usam bens públicos em "obra ou serviço particular" à perda da função e suspensão dos direitos políticos. Aqui

As manchetes desta segunda

- A Gazeta: Mais radares vão vigiar as estradas

- O Globo: Prisão de filhos de Kadafi põe regime perto do fim

- Estadão: Rebeldes já controlam Trípoli e Kadafi 'desmorona', diz Otan 

- Folha de São Paulo: Rebeldes acuam Gaddafi na Líbi

- Correio Braziliense: Assalto final

- Valor Econômico: Mantega diz que governo manterá o controle fiscal 

- A Notícia: Uma viagem a cada dois dias na câmara

- A Tribuna: Cientistas do estado testão remédios contra dez doenças

domingo, 21 de agosto de 2011

As articulações de Ideli

Claudio Dantas Sequeira, na revista IstoÉ

Gravações da polícia mostram que, quando estava no Ministério da Pesca, Ideli Salvatti negociou cargos no DNIT e lutou para manter um dirigente acusado de irregularidades. As conversas foram com o presidente local do PR, hoje preso por pedofilia.
Ouça a conversa entre a então ministra da Pesca, Ideli Salvatti, e o presidente PR em Santa Catarina, Nelson Goetten
OBS: Para ouvir a gravação clique aqui e ouça direto do site da revista IstoÉ Independente


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ESTILO
Nos grampos da polícia a ministra revela como luta
para manter seus feudos no Ministério dos Transportes
"Eu tô apavorada com essa movimentação. Apavorada!"
Ideli, sobre a possibilidade de seu afilhado político ser afastado do DNIT
Durante a investigação de um crime de conotação sexual, a Polícia Civil de Santa Catarina usou o Sistema Guardião para, durante quatro meses, gravar as conversas telefônicas dos envolvidos. Essas gravações acabaram registrando conversas que nada tinham a ver com a investigação, mas contam com alto teor político. Os grampos revelam os diálogos que o principal investigado, o ex-deputado Nelson Goetten, então presidente do PR catarinense, manteve com diversas autoridades, entre elas a então ministra da Pesca, Ideli Salvatti. As gravações das conversas de Ideli com Goetten mostram a íntima relação entre os dois e aconteceram no dia 18 de abril. Duraram pouco mais de dez minutos. Foi a ministra quem ligou para o celular do ex-deputado, que estava sendo monitorado pela Polícia Civil, com autorização da Justiça. Ideli, hoje ministra das Relações Institucionais, não estava defendendo apenas um de seus indicados para cargos públicos. Ela defendia um administrador acuado por denúncias de irregularidades e com a cadeira disputada por outros petistas de Santa Catarina. O engenheiro João José dos Santos, desde 2003 superintendente do DNIT catarinense, até agora escapou incólume da faxina ética promovida pela presidente Dilma Rousseff na pasta dos Transportes. Mas pesa contra ele uma série de suspeitas (leia quadro). O TCU, por exemplo, já apontou indícios de superfaturamento em obras importantes, como a BR-101. E o Ministério Público Federal abriu investigações para apurar atrasos e inexplicáveis aditivos nos contratos das obras de ampliação de várias rodovias tocadas pelo departamento chefiado por Santos. Sua gestão é um retrato acabado da situação que provocou a razia oficial sob o comando do Ministério dos Transportes.
"Nós garantimos aquele dinheiro para iniciar a obra da duplicação...
Eles não tomaram as providências legais para iniciar.
E, não iniciando, a gente perde o dinheiro"

Ideli reclama da ineficiência de seu protegido
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SUPERFATURAMENTO
Obra da BR-101, comandada por João José, é alvo de
investigação do TCU e do Ministério Público Federal
O parceiro da cruzada por João José dos Santos, o agora presidiário Nelson Goetten, foi um dos principais apoiadores da campanha de Ideli para o governo de Santa Catarina em 2010 (ela perdeu a eleição para Raimundo Colombo, do PSB, ficou sem mandato no Senado e acabou premiada com o Ministério da Pesca). Segundo um cacique do PR, Goetten se apresentava como arrecadador da campanha. Ele diz ainda que, depois que virou ministra, Ideli dividia com Goetten o controle dos projetos do DNIT em Santa Catarina. O ex-deputado sempre teve acesso ao gabinete da ministra, a quem tratava como amiga. Eles estavam juntos, como mostra a gravação da polícia, para enfrentar a articulação capitaneada pelo ex-deputado Claudio Vignatti, rival de Ideli no PT estadual e até então o número dois na Secretaria de Relações Institucionais, que pleiteava no Planalto o posto de João José dos Santos. Em grampos de conversas com outros interlocutores, Goetten tratava do assunto sem cerimônias. “Vão ter que passar por cima de mim e da Ideli, cara!”, diz o ex-deputado para seu secretário Sérgio Faust. Segundo ele, a indicação era fruto de um acerto entre PT e PR. “Eu avisei o Luis Sérgio (então ministro de Relações Institucionais): se romperem o acordo, nem o capeta vai me fazer sentar com o PT de novo”, afirmou Goetten.
"Não preciso fazer nada. É trabalhar nos ouvidos de quem precisa saber das coisas"
Ideli revela a estratégia que adota nas articulações

Goetten também mantinha contatos frequentes com Claudinei do Nascimento, ex-coordenador de campanha e homem de confiança de Ideli. Hoje secretário-executivo de Relações Institucionais, Claudinei do Nascimento era chefe de gabinete no Ministério da Pesca. Em 12 de maio, às 10h49, ele telefona a Goetten para avisá-lo de que fora promovido a secretário-executivo da pasta após demissão de Evandro Gonçalo, acusado de direcionar emendas parlamentares para Santa Catarina sem autorização de Ideli. “Melhor para nós. Você e ela têm uma relação muito forte”, comemora o ex-deputado. Na sequência, Nascimento diz que a ministra pediu para avisá-lo que Gilberto Carvalho estaria em Florianópolis no dia seguinte. “A hora que tu falar com o Nelson vê com ele para a gente arrumar uma conversa com o Gilberto”, pediu Ideli, segundo o secretário. Em outra ligação, Nascimento recomenda que Goetten não telefone para o celular usado por Ideli em Santa Catarina e fornece o número de Brasília.

As relações de Ideli e com o presidente do PR catarinense não eram segredo para ninguém. Em 12 de maio, às 17h41, Goet­ten ligou para o também ex-deputado José Carlos Vieira (PR), e num diálogo cifrado avisou que estaria em Brasília. “Está combinado um jantar com a Ideli, o Ederaldo e o Pagot, na casa do Ederaldo”, afirma. Goetten se referia a Hideraldo Caron, petista que ocupava a direção de infraestrutura rodoviária. É atribuído a Caron, que acabou caindo por pressão do PR, o controle da obra de duplicação da BR-101, entre Palhoça (SC) e Osório (RS). A rodovia com 348 quilômetros de extensão já recebeu em seis anos 268 termos aditivos que aumentaram o custo do empreendimento em R$ 317,7 milhões. Ao todo, o governo federal já gastou na ampliação da BR-101 quase R$ 2 bilhões, cifra que deve subir com a construção de novos túneis e pontes que não estavam previstos no projeto original. A BR-101 é alvo de várias auditorias no TCU. Em 2009, o tribunal incluiu a obra na lista de irregularidades graves e determinou ao DNIT a retenção do pagamento de R$ 3,1 milhões, proibindo reajustes em contratos que já estivessem em andamento.

João José dos Santos, o protegido de Ideli, é acusado pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) de má gestão. Projetos recheados de falhas e uma fiscalização precária têm provocado atrasos nas obras e criado um emaranhado de trocas de empreiteiras, que abandonam as obras depois de embolsar parte do orçamento ou se alimentam de constantes aditivos. O lote 26, de 28,6 quilômetros de extensão entre os municípios de Tubarão e Sangão, foi aditivado 12 vezes, elevando o preço da obra em 24,99% (o limite legal é de 25%), de R$ 92,6 milhões para R$ 115,8 milhões. As obras nesse trecho se arrastam desde 2005 e ainda não foram concluídas pela construtora Triunfo, que também teve problemas com sobrepreço nas obras do lote 29, entre Araranguá e Sombrio. Neste caso, o DNIT acabou rescindindo o contrato, e teve que abrir nova concorrência. Apesar das irregularidades, a Triunfo virou sócia da concessionária de pedágio do trecho da BR-101 que passa no Rio Grande do Sul. O caso está sendo investigado pelo procurador federal Celso Três. “Além das vidas perdidas em decorrência dos atrasos na obra, a lentidão e os problemas verificados na duplicação da BR-101 trazem prejuízos incalculáveis para a economia catarinense e de todo o Sul do País”, alerta o presidente da Fiesc, Glauco José Corte.
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EM CAMPANHA
Em outubro de 2010, Goetten fez campanha eleitoral ao lado da ministra Ideli
Aqui

Ministério das Cidades oferece mesada em troca de apoio

Da revista Veja

Em guerra para retomar o controle do PP, o ministro Mário Negromonte ofereceu pagamentos de 30.000 reais a parlamentares da legenda
Mário Negromonte
Mário Negromonte 
Depois dos escândalos que derrubaram os ministros dos Transportes e da Agricultura, o radar do Palácio do Planalto está apontado desde a semana passada para o gabinete do ministro Mário Negromonte (PP), das Cidades. A edição de VEJA que chega às bancas neste sábado traz informações levadas à ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, por um grupo de parlamentares do PP. Em guerra aberta com uma parte da legenda pelo controle do partido, Negromonte estaria transformando o ministério num apêndice partidário e usando seu gabinete para tentar cooptar apoio.

Segundo relatos dos deputados que foram convocados para reuniões na pasta, a ofertas em troca de apoio incluem uma mesada de 30.000 reais para quem aderir.

O PP é o terceiro maior partido da base aliada, com 41 deputados e cinco senadores. Controla há anos o Ministério da Cidade, que dispõe de um orçamento de 22 bilhões de reais e programas de forte apelo eleitoral em todos os cantos do país. Na formação do governo Dilma, Negromonte foi indicado mais por suas relações com o PT da Bahia do que pelo trânsito junto aos colegas. Uma parcela do PP queria manter Márcio Fortes, ministro por mais de cinco anos no governo Lula. Há duas semanas, o grupo ligado ao ex-ministro conseguiu destituir da liderança do partido o deputado Nelson Meurer, aliado de Negromonte. Colocou no lugar dele Aguinaldo Ribeiro, aliado de Márcio Fortes.

Ao perceber o poder se esvaindo, Negromonte contra-atacou montando um bunker numa sala anexa ao seu gabinete, onde quatro aliados de sua inteira confiança – os deputados João Pizzolatti, Nelson Meurer, José Otávio Germano e Luiz Fernando Faria – tentam persuadir os deputados a se alinhar novamente com o ministro. Apenas na última terça-feira, doze parlamentares estiveram no ministério. Sob a condição do anonimato, três deles revelaram que ouviram a proposta da mesada de 30.000 reais.

Confrontado, o ministro atribui tudo a um jogo de intrigas e aponta o rival Márcio Fortes como responsável: “Sei que há boatos de que pessoas vieram aqui para fazer isso e aquilo, da mesma forma que o pessoal estava dizendo que o Márcio Fortes foi lá na liderança fazer promessa, comprometer-se na tentativa de arranjar assinatura. Não me cabe ficar comentando boato”.

Fortes, por sua vez, rebate de maneira lacônica: “No dia 31 de dezembro, deixei o cargo de ministro e me afastei das atividades partidárias”. Aqui

Ministro Paulo Bernado pode ter usado avião de empreiteira que faz obras públicas e financiou campanha da sua mulher, Gleisi Hoffmann

Andrei Meireles e  Marcelo Rocha, na Revista Época

O empréstimo de aviões particulares para autoridades há tempos faz parte do amplo cardápio de relações promíscuas entre o poder público e o setor privado no país. Mas apenas recentemente esse tipo de conduta começou a ganhar ares de escândalo. Em junho, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, mergulhou em um inferno astral quando foi revelado, após uma tragédia aérea, que ele costumava viajar em aviões de empresários com grandes contratos com seu governo. Na semana passada, um dos motivos da demissão do ministro da Agricultura, Wagner Rossi, foi a divulgação de que ele viajou em um jatinho de uma empresa beneficiada por decisões do ministério.

ÉPOCA perguntou a 30 ministros da presidente Dilma se eles já viajaram em algum jato particular desde que assumiram seus cargos. Dos contactados, 28 responderam prontamente que não. O ministro dos Transportes, Paulo Passos, informou que já teve de usar aviões particulares para vistoriar obras de sua pasta localizadas em áreas remotas, aonde aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) não tinham como chegar. O ministro das Cidades, Mario Negromonte, deputado federal eleito pela Bahia, disse que freta, por sua conta, aviões particulares para chegar a determinadas cidades de sua base eleitoral.

A presteza desses ministros contrasta com o comportamento do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. Por quatro vezes nos últimos 40 dias, ÉPOCA perguntou a Paulo Bernardo sobre suas eventuais viagens em um avião particular quando exercia o cargo de ministro do Planejamento no governo Lula. Trata-se do King Air, matrícula PR-AJT, que pertence ao empresário Paulo Francisco Tripoloni, dono da construtora Sanches Tripoloni. Em nenhuma dessas ocasiões, Bernardo respondeu à pergunta.

A indagação tem duas razões. Um parlamentar que integra a base de apoio do governo Dilma no Congresso relatou a ÉPOCA que viu Paulo Bernardo embarcar no ano passado no avião da construtora Sanches Tripoloni em um terminal do Aeroporto de Brasília, usado por empresas que operam aviões particulares. Outro parlamentar, de oposição ao governo, também afirmou que a chefe da Casa Civil da Presidência da República, a ministra Gleisi Hoffmann, mulher de Paulo Bernardo, usou o avião em sua pré-campanha ao Senado Federal pelo Paraná. Na ocasião, Gleisi era presidente regional do PT e não ocupava cargo público. Bernardo era simplesmente o responsável pelo Orçamento da União e por definir as verbas para obras públicas.

Como ministro do Planejamento, Paulo Bernardo mostrou um empenho especial na construção do Contorno Norte de Maringá, no Paraná – uma obra tocada pela empreiteira Sanches Tripoloni, que já custa o dobro de seu preço original. Inicialmente, Bernardo ajudou a liberar verbas para a obra, destinadas por meio de emendas parlamentares ao Orçamento da União.

Depois, Bernardo conseguiu incluir a construção do contorno no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o que livrava o empreendimento da dependência de emendas parlamentares, sempre sujeitas a contingenciamentos e cortes orçamentários. Em junho de 2010, Paulo Bernardo convenceu o então presidente Lula a assinar um decreto incluindo o anel rodoviário de Maringá num regime especial no PAC. No mundo das acirradas disputas por verbas em Brasília, o regime especial equivale a um passe de mágica: assegura transferências obrigatórias de dinheiro público para o empreendimento.

De acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU), há problemas graves na obra em Maringá, como superfaturamento de preços pela construtora Sanches Tripoloni. A empreiteira não deixou, porém, de receber dinheiro público, mesmo depois de ter sido declarada “inidônea” pelo TCU em 2009 por causa de outra obra no Paraná: a construção do contorno rodoviário de Foz do Iguaçu. A construtora Sanches Tripoloni é hoje uma das empreiteiras que mais recebem verbas públicas. No ano passado, ela recebeu R$ 267 milhões do governo federal. Sua ascensão é recente. Em 2006, por causa da má situação financeira da empresa, seus sócios chegaram a registrar uma redução de capital.

Na campanha eleitoral de 2010, a empreiteira e seus donos fizeram doações de R$ 7 milhões, especialmente para o PR, que comandava o Ministério dos Transportes, e o PT. No Paraná, eles doaram R$ 510 mil para a campanha da ministra Gleisi Hoffmann ao Senado. O deputado estadual Ênio Verri, do PT do Paraná, que foi chefe de gabinete de Paulo Bernardo no Ministério do Planejamento, também foi beneficiado por uma doação. Aqui

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Senador do PT diz que faltou habilidade a Dilma diante das crises

Marcelo Portela,  Estado de S.Paulo 
Faltou habilidade política à presidente Dilma Rousseff diante das sucessivas crises que já causaram a queda de quatro ministros em menos de oito meses de governo. A avaliação é do senador Paulo Paim (PT-RS), para quem "as coisas vão se acomodar ao natural" ao longo do governo.
Após participar nesta sexta-feira, 19, de debate na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, o senador, que é correligionário da presidente, defendeu a "faxina" feita em ministérios como o dos Transportes, do Turismo e, mais recente, da Agricultura, mas assumiu que a forma como a "limpeza" foi feita causou mal estar entre aliados do governo.

"A base de apoio está percebendo que a Dilma tem uma posição um pouco mais na linha da gestão do País", disse. Paim chegou a comparar o estilo de governo de Dilma com o de seu antecessor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - que, segundo o senador, "nasce um em 200 milhões" - e assumiu que houve certa frustração com o início do atual mandato. "Havia uma expectativa muito grande. (Mas) no início sempre há desencontros. Acredito que é natural", salientou o petista. Aqui

Maldaner lamenta saída de ministro Rossi

Do Blog Moacir Pereira

O deputado Celso Maldaner (PMDB-SC) foi um dos parlamentares catarinenses a lamentar a saída do ministro Wagner Rossi da Agricultura: “Infelizmente, ele entregou a carta. À tarde, a presidente Dilma pediu ao Temer que o convencesse a ficar. Ele não aguentou. Cada um tem seu limite.”

A faxineira


Charge - Amarildo via A Gazeta

amarildo

As manchetes desta sexta

- A Gazeta: Vem ai a malha-fina do atestado médico

- O Globo: EUA e Europa pedem a saída de ditador sírio; Brasil diverge

- Estadão: Preocupação com Europa e EUA volta a derrubar bolsas

- Folha de São Paulo: FGV é usada para fraudar licitação vencida pela PUC

- Correio Braziliense: "Quero aprender com Rossi" afirma novo ministro

- Valor Econômico: Voltam desconfiança e pessimismo

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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Ministro da Agricultura Wagner Rossi pede demissão

O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, pediu demissão no início da noite desta quarta-feira (17), após semanas consecutivas de denúncias de irregularidades na pasta que comandava.

A carta de demissão foi publicada no site do ministério. Na carta, Rossi agradeceu a "confiança" que recebeu da presidente Dilma Rousseff e classificou de "mentiras" as denúncias contra ele. "Minha família é meu limite. Aos amigos tudo, menos a honra", afirmou.

Leia abaixo a íntegra da carta de demissão do ministro da Agricultura, Wagner Rossi:

"Brasília, 17 de agosto de 2011
Neste ano e meio na condição de ministro da Agricultura do Brasil, consegui importantes conquistas. O presidente Lula fez tanto pela agricultura e a presidenta Dilma continuou esse apoio integralmente.

Fiz o acordo da citricultura, anseio de mais de 40 anos de pequenos e médios produtores de laranja, a quem foi garantido um preço mínimo por sua produção.

Construí o consenso na cadeia produtiva do café, setor onde antes os vários agentes sequer se sentavam à mesma mesa, com ganhos para todos, em especial os produtores.

Lancei novos financiamentos para a pecuária, recuperação de pastagens, aquisição e retenção de matrizes e para renovação de canaviais.

Aumentei o volume de financiamento agrícola a números jamais pensados e também os limites por produtor, protegendo o médio agricultor sempre tão esquecido.

Criei e implantei o Programa ABC, Agricultura de Baixo Carbono, primeiro programa mundial que combina o aumento de produção de alimentos a preservação do meio ambiente, numa antecipação do que será a agricultura do futuro.

Apoiei os produtores de milho, soja, algodão e outras culturas que hoje desfrutam de excelentes condições em prol do Brasil.
Lutei por nossos criadores e produtores de carne bovina, suína e de aves que são protagonistas do mercado internacional.

Melhorei a atenção a fruticultura, a apicultura e a produtos regionais, extrativistas e outras culturas.

Apoiei os grandes, os médios e os pequenos produtores da agricultura familiar, mostrando que no Brasil há espaço para todos.

Deus me permitiu estar no comando do Ministério da Agricultura neste momento mágico da agropecuária brasileira.

Mas, durante os últimos 30 das, tenho enfrentado diariamente uma saraivada de acusações falsas, sem qualquer prova, nenhuma delas indicando um só ato meu que pudesse ser acoimado de ilegal ou impróprio no trato com a coisa pública.

Respondi a cada acusação. Com documentos comprobatórios que a imprensa solenemente ignorou. Mesmo rebatida cabalmente, cada acusação era repetida nas notícias dos dias seguintes como se fossem verdades comprovadas. As provas exibidas de sua falsidade nem sequer eram lembradas.

Nada achando contra mim e no desespero de terem que confessar seu fracasso, alguns órgãos de imprensa partiram para a tentativa de achincalhe moral: faziam um enorme número de pretensas “denúncias” para que o leitor tivesse a falsa impressão de escândalo, de descontrole administrativo, de descalabro. Chegou-se à capa infame da “Veja”.

Tudo falso, tudo rebatido. Mas a campanha insidiosa não parava.
Usaram para me acusar, sem qualquer prova, pessoas a quem tive de afastar de suas funções por atos irregulares ou insinuações de que tinham atuado com interesses menos republicanos nas funções ocupadas. O principal suspeito de má conduta no setor de licitações passou a ser o acusador de seus pares. Deram voz até a figuras abomináveis que minha cidade já relegou ao sítio dos derrotados e dos invejosos crônicos. Alguns deles não passariam por um simples exame de sanidade.

Ainda assim nada conseguiram contra mim. Aí tentaram chantagear meus colaboradores dizendo que contra eles tinham revelações terríveis a fazer, mas que não as publicariam se fizessem uma só acusação contra mim. Torpeza rejeitada.

Finalmente começam a atacar inocentes, sejam amigos meus, sejam familiares. Todos me estimularam a continuar sendo o primeiro ministro a, com destemor e armado apenas da verdade, enfrentar essa campanha indecente voltada apenas para objetivos políticos, em especial a destituição da aliança de apoio à presidenta Dilma e ao vice-presidente Michel Temer, passando pelas eleições de São Paulo onde, já perceberam, não mais poderão colocar o PMDB a reboque de seus desígnios.

Embora me mova a vontade de confrontá-los, não os temo, nem a essa parte po dre da imprensa brasileira, mas não posso fazer da minha coragem pessoal um instrumento de que esses covardes se utilizem para atingir meus amigos ou meus familiares.

Contra mim nem uma só acusação conseguiram provar. Mas me fizeram sofrer e aos meus. Não será por qualquer vaidade ou soberba minha que permitirei que levem sofrimento a inocentes.

Hoje, minha esposa e meus filhos me fizeram carinhosamente um ultimato para que deixasse essa minha luta estóica mas inglória contra forças muito maiores do que eu possa ter. Minha única força é a verdade. Foi o elemento final da minha decisão irrevogável.

Deixo o governo, agradecendo a confiança da presidenta Dilma, do vice-presidente Michel Temer, do presidente Lula e dos líderes, deputados, senadores e companheiros do PMDB e de todos os partidos que tanto respaldo me deram.

Agradeço também a todos os leais colaboradores do Ministério da Agricultura, da Conab, da Embrapa e de todos os órgãos afins. Penso assim ajudar o governo a continuar seu importante trabalho, retomando a normalidade na agricultura.

Finalmente, reafirmo: continuo na luta pela agropecuária brasileira que tanto tem feito pelo bem de nosso Brasil. Agradeço as inúmeras manifestações de apoio incondicional da parte dos líderes maiores do agronegócio e de suas entidades e também aos simples produtores que nos enviaram sua solidariedade.

Deus proteja o produtor rural e tantos quanto lutem na terra para produzir alimentos para o mundo. Deus permita que tenham a segurança jurídica necessária a seu trabalho que o Congresso há de lhes garantir. Lutei pela reforma do Código Florestal. É importante para o Brasil. Outros, talvez mais capazes, haverão de continuar essa luta até a vitória.

Confio que o governo da querida presidenta Dilma Rousseff supere essa campanha sórdida e possa continuar a fazer tanto bem ao nosso país.

Sei de onde partiu a campanha contra mim. Só um político brasileiro tem capacidade de pautar “Veja” e “Folha” e de acumular tantas maldades fazendo com que reiterem e requentem mentiras e matérias que não se sustentam por tantos dias.

Mas minha família é meu limite. Aos amigos tudo, menos a honra.

Wagner Rossi
Ministro de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento"

Parlamentares de oposição fazem ato por CPI da Corrupção

Parlamentares de oposição fazem ato em defesa da CPI da Corrupção (Foto: G1)
Parlamentares de oposição fazem ato em defesa da CPI da Corrupção (Foto: G1)

Do Portal G1

Parlamentares de oposição promoveram um ato público na tarde desta quarta (17) no Salão Verde da Câmara com a finalidade de buscar apoio para a instalação no Congresso de uma CPI mista da Corrupção.


O deputado ACM Neto (BA), líder do DEM na Câmara, afirmou que a CPI já conta com as assinatura de 92 deputados e 19 senadores. Para ser instalada, a comissão mista necessita do apoio de 171 deputados e 27 senadores. 

“Queremos superar a maioria governista pela mobilização da sociedade”, afirmou ACM Neto. Os oposicionistas lançaram um site que relaciona os deputados que assinaram o requerimento de criação da CPI.

Comento:
Site traz a lista atualizada dos deputados e senadores que assinaram e também os que não assinaram a CPI da Corrupção.
O site é www.cpidacorrupcao.blogspot.com

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Campanha pela CPI da Corrupção

Por Lauro Jardim no Radar On-line em Veja


Oposição mandou fazer 7 000 adesivos

A oposição vai lançar amanhã a campanha pela criação da CPI da Corrupção no Congresso. ACM Neto (DEM-BA) mandou fazer 7 000 adesivos para distribuir aos parlamentares que assinarem o requerimento de abertura da investigação.

Na sessão de amanhã, a oposição vai ler no plenário da Câmara um manifesto em defesa da CPI e irá lançar a página de internet (leia mais em Celular na rede) com informações da coleta de assinaturas.
O site é www.cpidacorrupcao.blogspot.com