sexta-feira, 30 de março de 2012

Ideli Salvatti, ministra das Relações Institucionais dribla repórteres e sai pela porta dos fundos

Do Josias de Souza, Uol

A ministra petê Ideli Salvatti (Relações Institucionais) foge dos refletores como peixe do anzol. Fisgada numa doação eleitoral nada institucional (R$ 150 mil) feita por um fornecedor que vendeu lanchas inúteis ao Ministério da Pesca (R$ 31 milhões), Ideli deixou um seminário do PT pela porta dos fundos.

Mais cedo, a ministra divulgara na página eletrônica de sua pasta uma nota na qual diz coisas definitivas sem definir muito bem as coisas. Alega que a compra das lanchas é anterior à sua gestão na Pesca e que a doação esquisita foi pescada pelo comitê financeiro do PT catarinense, não pela candidatura dela em 2010.

Ideli absteve-se de explicar: o ministro que realizou as compras, Altemir Gregolin, é petista como ela, da mesma Santa Catarina cujo governo ela disputou. Ideli participou de solenidade de assinatura do contrato das lanchas.

Mais: parte da fatura das embarcações inservíveis (R$ 5,2 milhões) foi paga no início de 2011, quando Ideli já estava sentada na cadeira de ministra da Pesca. Mais ainda: 81% das verbas que custearam a campanha dela saíram das arcas do PT catarinense, que a fabricante das lanchas ajudara a forrar.

Rui Falcão, presidente do PT federal tentou defender a ministra. Disse que a companheira Ideli “não tem a ver” com o peixe. Hã? Ela “não era ministra. Teve sua campanha em grande parte bancada pelo diretório, o que é natural, mas ela não tem informações nem culpa pela doação.” Hã, hã…

Do Reinaldo Azevedo

Faltou a agora ministra Ideli Salvatti explicar que a empresa que forneceu as lanchas inúteis, sem licitação, doou dinheiro para a campanha eleitoral do PT de Santa Catarina em 2010. E a candidata ao governo era… Ideli. Também poderia explicar o que ela fazia em uma das solenidades em que se celebrou a compra das lanchas, conforme atesta foto (ver post desta manhã).

Uma ministra das Relações Institucionais que tem de deixar um evento pela porta dos fundos para evitar a imprensa está pronta para cuidar de assuntos não-institucionais.

PT exalta ‘muletas’ e esquece candidato em SP

Do Blog Josias de Souza, Uol

Em São Paulo, de tanto exaltar o papel de Lula e Marta Suplicy na campanha municipal, o PT ainda acaba convencendo o eleitorado de que Fernando Haddad é mero fantoche.

Presidente do PT paulista, o deputado estadual Edinho Silva falou sobre a a disputa pela prefeitura de São Paulo. A respeito de Marta, disse que, na hora própria, “ela vai gastar sola [de sapato] com ele [Haddad], dividir o custo do sapato com ele.”

Quanto a Lula, declarou que terá papel de destaque: “Lula é o principal cabo eleitoral da América Latina, hoje, mas agora tem que consolidar sua recuperação, aprender a dosar sua agenda.” Sobre Haddad… Bem, sobre o candidato Edinho nada disse.

Retorne-se ao princípio: o petismo dá tanto realce às “muletas” que acaba por potencializar as deficiências de Haddad, por ora com 3% nas pesquisas e nenhum aliado na coligação.

JORNAL HOJE, TV GLOBO: Tem até concurso para eleger o buraco mais bonito de Joinville

Do G1 
O susto veio logo depois de um temporal. O enorme buraco e o córrego que passa embaixo ameaçam quarenta casas no chamado Ladeirão do Morumbi, em São Paulo. Os moradores tiveram que sair. O caso realmente é grave e envolve risco grande. Por isso, dois dias depois o buraco já começou a ser consertado.

Pelo Brasil, há buracos abertos há muito tempo. Contra eles, existe um novo tipo de protesto e mobilização. É com uma boa dose de ironia que as reclamações contra os buracos ganham cada vez mais seguidores nas redes sociais. Tem até concurso para eleger o buraco mais bonito de Joinville, Santa Catarina. Aqui

Marco Tebaldi ainda não assumiu, mas deve concorrer à Prefeitura de Joinville

Disputar a Prefeitura de Joinville não estava nos planos de Tebaldi, mas ele mudou de ideia assim que deixou a Secretaria de Educação do Estado, no mês passado - Diorgenes Pandini / Agência RBS
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Embora ainda não se assuma como tal, Marco Tebaldi (PSDB) já não vê mais empecilhos para sair na corrida eleitoral pela Prefeitura de Joinville. Mas antes, o deputado federal pretende conversar com a família. 

Do Portal A Notícia

Nesta quinta, em encontro do diretório estadual do PSDB na Sociedade Lírica, o ex-prefeito ouviu de Leonel Pavan, presidente da sigla em Santa Catarina, e do senador Paulo Bauer, novo pedido para ser o candidato tucano.

— Já não vejo mais como segurar. Só preciso tirar uns dias para conversar com a família na Páscoa. Mas acredito que o caminho está feito. Todos os esforços foram realizados e vamos entrar com tudo na luta —, afirma Tebaldi.

Em um salão lotado de lideranças da sigla no Estado, Tebaldi ouviu de Leonel Pavan que a candidatura dos tucanos em Joinville é uma promessa feita ao diretório nacional e que precisa ser cumprida.

— Viemos aqui pedir ao Tebaldi que se defina a favor da candidatura. Não queremos pressioná-lo a assumir agora, mas queremos que seja nosso representante. Ele é o que melhor representa o PSDB —, alegou Pavan.

Nesta quinta, o ex-governador se encontrou com o senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB). No encontro, falaram de futuras alianças entre as duas siglas nos principais municípios do Estado.

— Vamos nos unir com o PMDB em cidades estratégicas. Não definimos nada. Mas somos aliados. E isso, em Joinville, não impede que ele ou nós sejamos cabeça de chapa ou acabamos se juntando apenas no segundo turno —, diz.

Outra liderança que foi o encontro na Lírica para endossar o pedido de que Tebaldi assuma a candidatura foi Paulo Bauer (PSDB). Segundo o senador, que tempos atrás havia se desentendido com Tebaldi, o deputado federal é a melhor opção dos tucanos para recuperar a Prefeitura.

— Ele é o mais qualificado e o que temos de melhor para agregar votos —, fala.

Ministério da Pesca comprou 28 lanchas, pagou R$ 31 milhões e não sabe o que fazer com elas. Contratada na Pesca, empresa doou R$ 150 mil para o comitê do PT catarinense de Ideli Salvatti

Do Reinaldo Azevedo
O Estadão noticiou ontem que o Ministério da Pesca encomendou lanchas de fiscalização que jamais usaria. Gastou uma bolada. Pois bem! Hoje, vocês ficarão sabendo que a empresa contratada, sem licitação, para construí-las pertencia a um petista. No mesmo ano, ele doou R$ 150 mil para a campanha de Ideli Salvatti ao governo de Santa Catarina. Mais bonitinho ainda: ela participou, em 2010, da solenidade de contratação da empresa. Ainda mais comovente: derrotada na disputa pelo governo, tornou-se ministra da Pesca e foi quem mandou pagar a conta!
É o jeito petista de fazer as coisas. E sem Polícia Federal para atrapalhar os companheiros.
Por Marta Salomon, no Estadão:
Após ser contratada para construir lanchas-patrulha de mais de R$ 1 milhão cada para o Ministério da Pesca - que não tinha competência para usar tais embarcações -, a empresa Intech Boating foi procurada para doar ao comitê financeiro do PT de Santa Catarina R$ 150 mil. O comitê financeiro do PT catarinense bancou 81% dos custos da campanha a governador, cuja candidata foi a atual coordenadora política do governo, ministra Ideli Salvatti, em 2010.
Ex-militante do PT, o dono da empresa, José Antônio Galízio Neto, afirmou em entrevista ao Estado nesta quinta-feira, 29, que a doação não foi feita por afinidade política, embora se defina como filiado da época de fundação do partido em São Bernardo do Campo (SP).
“O partido era o partido do governo. A solicitação de doação veio pelo Ministério da Pesca, é óbvio. E eu não achei nada demais. Eu estava faturando R$ 23 milhões, 24 milhões, não havia nenhum tipo de irregularidade. E acho até hoje que, se precisasse fazer novamente, eu faria”, disse o ex-publicitário paulista. Logo em seguida, na entrevista, ele passou a atribuir o pedido de doação a um político local.
Derrotada na eleição, Ideli preencheu a cota do PT de Santa Catarina no ministério de Dilma Rousseff, justamente na pasta da Pesca. Em cinco meses no cargo, antes de mudar de gabinete para o Planalto, a ministra pagou o restante R$ 5,2 milhões que a empresa doadora à campanha petista ainda tinha a receber dos cofres públicos.
Nesta quinta-feira, a assessoria da ministra negou “qualquer ligação” entre Ideli e a Intech Boating, alegando que a doação não foi feita diretamente à campanha, mas ao comitê financeiro do PT. Em nota, a assessoria da ministra destaca que as contas da campanha foram aprovadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Ideli teve reiterados recentemente os poderes de articulação política do governo, em meio a sinais de rebelião da base de apoio de Dilma no Congresso.
Na quarta-feira, 28, o Tribunal de Contas da União (TCU) apontou irregularidades na compra das lanchas-patrulha, em contratos com a Intech Boating, que somaram R$ 31 milhões. O prejuízo ao contribuinte, que autoridades e a empresa serão cobrados a devolver, ainda não foi calculado. O TCU critica sobretudo o fato de o ministério ter comprado lanchas sem ter o que fazer com elas. O relatório diz que 22 das 28 lanchas ficaram guardadas na própria fabricante, pois não tinham onde ser entregues.(…)
Em 2010, Ideli participou do ato de assinatura da compra das lanchas-patrulha (Arquivo: Revista Náutica)
Em 2010, Ideli participou do ato de assinatura da compra das lanchas-patrulha (Arquivo: Revista Náutica)

quinta-feira, 29 de março de 2012

Adilson Mariano disputa com Carlito Merss a pré-candidatura de prefeito pelo PT

Neste sábado (31/03),  das 9h até as 17h, na sede municipal do Partido dos Trabalhadores (PT), ocorrerá à eleição de delegados ao encontro municipal que vai decidir a tática eleitoral, a pré-candidatura a prefeito e a nominata de vereadores. Disputam o pleito duas chapas: Virar à esquerda e Reatar com o socialismo, de Adilson Mariano e a chapa Pela reeleição do governo petista, de Carlito Merss. Terão o direito a voto no Encontro 846 filiados que acertaram a contribuição partidária até o dia 16 de março.

Comento
Recentemente o Vereador Adilson Mariano sofreu um processo de expulsão no PT de Joinville.
O Diretório Estadual do PT decidiu pelo arquivamento do processo que pedia a expulsão do vereador Adilson Mariano. Na terça-feira, com nove votos contrários à abertura de investigação na Comissão de Ética e outros cinco favoráveis à continuidade no caso, o diretório estadual decidiu pelo arquivamento do processo que pedia a desfiliação do vereador, acusado de infidelidade partidária depois de ter apoiado a greve dos servidores municipais.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Parlamentares licenciados incham folha do Congresso

Trinta e três congressistas que não exerceram sequer um dia de mandato custaram mais de R$ 10 milhões à Câmara e ao Senado. E seus suplentes custaram outros R$ 12 milhões

Edson Sardinha, no Congresso em Foco

No primeiro ano da atual legislatura, 33 parlamentares (5% dos 594 congressistas) não exerceram sequer um dia do mandato para o qual foram eleitos. Eles se licenciaram logo depois da posse e passaram todo o restante de 2011 fora do Congresso, no comando de secretarias e ministérios. Mas, mesmo exercendo funções no Executivo, esses 31 deputados e dois senadores continuaram recebendo do Legislativo. E apenas esse grupo de secretários e ministros recebeu R$ 10,5 milhões em salários da Câmara e do Senado no ano passado.

Além de um eventual conflito de interesse e da distorção da vontade do eleitor – que vê seu candidato não exercer o cargo para o qual foi eleito –, o afastamento desses parlamentares gerou, ainda, um ônus extra ao Congresso: além de pagar os R$ 10,5 milhões aos licenciados, a Câmara e o Senado gastou mais de R$ 12 milhões com os vencimentos dos 33 suplentes convocados para substituí-los.

No total, a conta repassada ao contribuinte, porém, é ainda maior. E difícil de ser calculada. É que, além dos 33 que passaram todo o ano fora, outros 28 congressistas se revezaram entre o Legislativo e o Executivo em 2011. Ou seja, durante todo o ano, 61 deputados e senadores (11% dos integrantes do Parlamento) se licenciaram para responder por secretarias e ministérios. Atualmente, 41 deputados e cinco senadores exercem funções fora do Congresso: dez são ministros e 36, secretários estaduais. Quatro deles assumiram as novas funções neste começo de ano.

A Constituição Federal garante ao parlamentar licenciado o direito de trocar livremente de Poder. E, o melhor para deputados e senadores: permite que eles escolham a fonte pagadora – o próprio Congresso ou o órgão ao qual está vinculado. Como os rendimentos dos congressistas superam, de longe, os recebidos pelos secretários estaduais e municipais, a quase totalidade deles opta por continuar recebendo os R$ 26,7 mil da Câmara e do Senado. A discrepância só não existe no caso dos ministros, que, desde o início de 2011, recebem remuneração igual à dos parlamentares. O único prejuízo para o licenciado é receber 13 em vez dos 15 salários anuais pagos a quem está no exercício do mandato.

De todos os 65 congressistas que se licenciaram nesta legislatura, apenas o deputado Sérgio Zveiter (PSD-RJ), atual secretário estadual do Trabalho, abriu mão dos vencimentos no Congresso. “Por estar prestando serviço no estado, achei correto receber o valor correspondente ao local onde estou exercendo a função”, afirma. Como secretário, Zveiter conta que recebe R$ 12,9 mil brutos – menos da metade do que ganharia se tivesse optado pelos rendimentos da Câmara.

Congresso em Foco: PPS quer que parlamentar renuncie para assumir outro cargo
Pela proposta, os deputados e senadores terão de abrir mão do mandato para ser secretário ou ministro. Licenciados resistem à mudança

A facilidade com que os parlamentares brasileiros trocam o Legislativo pelo Executivo começa a ser questionada na Câmara. O PPS tenta emplacar na reforma política uma proposta que obriga o congressista a renunciar ao mandato se quiser ser ministro ou secretário.

"Tem de abrir mão de um poder porque vai exercer outro. Ninguém pode ser advogado de acusação e defesa", diz o deputado Sandro Alex (PPS-PR), que encabeça, em nome do partido, a sugestão de mudança nas regras do jogo. "Isso compromete uma das principais atribuições do parlamentar que é fiscalizar o Executivo", completa o paranaense. A proposta de alteração será analisada pelo relator da reforma na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT-RS).

A mudança, porém, enfrenta resistência de parlamentares licenciados. "É uma proposta natimorta e absurda", reage Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), atual secretário da Fazenda do Paraná. Na avaliação dele, todos ganham com a participação de políticos eleitos em cargos do Executivo. "Sou parlamentarista, quero que 100% dos ministérios e das secretarias sejam ocupados por parlamentares. Os quadros seriam muito melhores, porque todos passaram pelo teste da população", acredita.

O deputado licenciado diz que optou por continuar a receber da Câmara por ter essa prerrogativa garantida pela Constituição. Ele qualifica a proposta do PPS como uma tentativa de "americanização" do sistema representativo brasileiro. Nos Estados Unidos, o parlamentar tem de renunciar ao mandato para integrar o Executivo. Foi isso que aconteceu, por exemplo, com a atual secretária de Estado, Hillary Clinton, que renunciou a uma cadeira no Senado para assumir o segundo cargo mais importante do governo norte-americano. "Só que lá tem voto distrital, bipartidarismo e mandato de dois anos. São características completamente diferentes daqui", afirma Hauly.

Pensando duas vezes
O secretário admite que "pensaria duas vezes" se fosse obrigado a renunciar ao mandato para assumir um cargo no governo. "O mandato é uma conquista do partido. Teríamos de conversar", diz. Já o secretário estadual do Trabalho do Rio de Janeiro, o deputado licenciado Sérgio Zveiter, é taxativo quando questionado sobre o assunto: não teria assumido o novo posto se fosse obrigado a renunciar ao mandato.

Zveiter admite que aceitou interromper seu primeiro mandato federal para proporcionar um arranjo político. "Foi para atender a um pedido do governador Sérgio Cabral, solicitado pela presidenta Dilma Rousseff, para possibilitar, por um período, a permanência do Leonel Brizola na Câmara. Tive a certeza de que poderia ajudar ao meu estado e, em particular, ao meu município de Niterói", explica. O secretário deve voltar à Câmara até a próxima semana, quando acaba o prazo para quem tem pretensão de disputar as eleições de outubro se afastar das funções de secretário e ministro. Zveiter é pré-candidato à prefeitura de Niterói.

terça-feira, 27 de março de 2012

Demóstenes pede afastamento da liderança do DEM no Senado

O senador Demóstenes Torres (GO) pediu afastamento da liderança em carta ao presidente da sigla (Foto: Reprodução)
Do G1

Em carta ao presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN), o senador Demóstenes Torres (GO) pediu nesta terça (27) afastamento da liderança do partido no Senado.

Demóstenes retornou nesta terça ao Senado, depois de, na última sexta, o jornal "O Globo" ter relatado ligações dele com o empresário do ramo de jogos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso em fevereiro por suposto envolvimento com jogo do bicho e máquinas caça-níqueis.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Senador Alvaro Dias disposto a votar a favor de projeto que acaba com o pagamento dos 14.º e 15.º salários aos parlamentares

Do Gazeta do Povo

“O senador Alvaro Dias (PSDB) está disposto a votar em qualquer proposta que venha a diminuir o peso que os contribuintes carregam para pagar os inúmeros privilégios com que contam senadores e deputados. Por isso, já antecipou que votará a favor do projeto de decreto legislativo que acaba com o pagamento dos 14.º e 15.º salários aos parlamentares, uma iniciativa que a senadora petista Gleisi Hoffmann (atual chefe da Casa Civil) apresentou logo que assumiu o mandato, no início do ano passado. Alvaro, no entanto, acha pouco e afirma que esse debate desviou o foco de problema bem maior. Ele explica: a extinção dos dois salários extras, pagos no fim e início de cada período legislativo, gera economia de R$ 53 mil por beneficiário, valor que, multiplicado pelo número de senadores (81) e de deputados federais (513), livra o Erário de uma sangria da ordem de R$ 32 milhões por ano. Economia muito maior ocorreria, porém, se fossem também banidas outras verbas, que chegam a R$ 25 mil, que os parlamentares recebem a título de auxílio-refeição, transporte, serviços gráficos, despesas postais, moradia e outras. Mul­­­tiplique-se tudo por 594 deputados e senadores e pe­­­los 12 meses do ano e se chegará à soma de quase R$ 200 milhões. O senador Alvaro Dias diz que está fazendo sua parte: ele se recusa a receber as verbas indenizatórias e paga as despesas do próprio bolso. Pelos seus cálculos, o mandato que exerce custa ao contribuinte R$ 350 mil a menos por ano”.

PT pressiona por abertura de inquérito contra Demóstenes Torres

Fábio Fabrini, da Agência Estado

O PT e partidos aliados ameaçam representar contra o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, caso não encaminhe ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedido para investigar o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) e outros parlamentares citados na Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, por suposto envolvimento com a máfia dos caça-níqueis.

A investida para pressionar Gurgel foi acertada neste domingo, 25, e é o primeiro passo de uma articulação para a abertura de processo no Senado contra o senador, que poderia resultar na cassação de seu mandato. A partir de uma denúncia formal ao STF, o PT e partidos aliados teriam fundamento para pedir ao Conselho de Ética da Casa que avalie a situação de Demóstenes.

O líder do PT no Senado, Walter Pinheiro (PT), anunciou que enviará representação a Gurgel pedindo que denuncie os parlamentares. "Se não houver resposta, vamos representar contra o procurador. Ele precisa cumprir a parte dele", avisou ontem, acrescentando que só aguarda uma conversa com senadores do PSB e do PDT para preparar o documento. "De posse disso (as informações enviadas ao Supremo), a gente vai julgar se há quebra de decoro no caso de Demóstenes", adiantou.

O petista diz que, na última segunda-feira, o Ministério Público Federal (MPF) em Goiás já denunciou, com base na Operação Monte Carlo, 80 suspeitos de envolvimento com a máfia dos caça-níqueis no Estado. "Se isso já foi feito, não há mais nenhuma ação da Polícia Federal em relação à Monte Carlo. Não há mais motivo para não tocar isso adiante", cobrou.

Demóstenes é citado nas investigações por manter relações estreitas e receber presentes do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, apontado pela PF como o chefe da organização criminosa de jogos de azar. Ele teria trocado mais de 300 telefonemas com o contraventor e admitiu ter recebido dele um celular especial para as conversas. Também estariam envolvidos com o empresário, preso em 29 de fevereiro, durante a Operação Monte Carlo, os deputados Carlos Alberto Leréia (PSDB), Jovair Arantes (PTB), Rubens Otoni (PT) e Sandes Júnior (PP).

Grampos de uma operação mais antiga da PF revelaram que Demóstenes pediu ao contraventor que lhe custeasse despesas de táxi-aéreo e vazou informações oficiais a ele. Apesar de ter recebido as gravações em 2009, a PGR não tomou providências a respeito, argumentando que aguardava a conclusão de investigações paralelas. Pinheiro disse ontem que o encaminhamento de uma denúncia ao STF também possibilitaria esclarecer se a demora de Gurgel foi "coisa normal do processo ou prevaricação".

Demóstenes teria recebido verba de caça-níqueis

Do O Estado de S.Paulo
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, avalia se pede ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquérito para investigar o senador Demóstenes Torres (DEM), envolvido em denúncias de suposta cobrança de propina e favorecimento pela máfia dos caça-níqueis em Goiás.

A situação do parlamentar se complicou depois da divulgação de informações, pela revista Carta Capital, de que receberia 30% da arrecadação do empresário de jogos de azar, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com o jogo ilegal para alimentar o caixa 2 de campanha eleitoral. Também ontem, outra reportagem do jornal O Globo mostrou que grampos da PF revelaram que o senador pediu dinheiro e vazou informações oficiais a Cachoeira.

Segundo a reportagem publicada ontem no site da revista, três relatórios do delegado Deuselino Valadares dos Santos, ex-chefe da Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros da PF em Goiás, informam que o senador recebia comissão sobre a arrecadação do esquema, que teria arrecadado R$ 170 milhões em seis anos. A parte do parlamentar seria de R$ 50 milhões, dinheiro que seria destinado à sua futura campanha ao governo do Estado.

Os documentos integrariam relatório da Operação Monte Carlo, que prendeu 35 pessoas em 29 de fevereiro, entre elas Cachoeira e o próprio delegado. Deuselino teria parado a investigação depois de ser "comprado" pelo grupo do empresário e Demóstenes. Também estariam envolvidos os deputados Carlos Alberto Leréia (PSDB), Jovair Arantes (PTB) e Rubens Otoni (PT).

Um dos documentos citados relataria que, após uma investida da PF para estourar um cassino do advogado Ruy Cruvinel, envolvido no jogo do bicho, ele contou que, dos R$ 200 mil mensais arrecadados, 50% iriam para Cachoeira e outros 30% para o senador.

Já reportagem de O Globo mostrou que numa das gravações da PF o senador apareceria pedindo que Cachoeira lhe pagasse uma despesa de R$ 3 mil com táxi aéreo. Em outra, faria confidências sobre reuniões reservadas com autoridades.

Gaveta. O caso ficou parado por dois anos e meio. Ontem, a procuradoria informou que a apuração sobre os dados, remetidos em 2009 pela Justiça, ficou suspensa aguardando a conclusão de outra investigação em curso, mas, recentemente, os documentos foram anexados à Monte Carlo.

Os senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Pedro Taques (PDT-MT) e o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) vão pedir na terça-feira explicações a Gurgel sobre quais providências tomou em 2009 sobre o relatório, que também aponta o envolvimento de Leréia e Sandes Junior (PP) com Cachoeira. "A PGR não pode mais retardar as investigações", afirmou Randolfe.

Ele e Taques haviam apresentado ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), representação para apurar as denúncias que envolvem Demóstenes. Segundo Randolfe, com os novos fatos, tornou-se "inevitável" que Sarney despache o pedido para a corregedoria ou para o Conselho de Ética do Senado.

Defesa. O advogado de Demóstenes, Antônio Carlos de Almeida Castro, disse que seu cliente nega "peremptoriamente" as acusações de que recebia 30% da arrecadação de Cachoeira. Segundo ele, a matéria é "uma ofensa" e os relatórios da PF citados, "fantasiosos". O senador informou ao advogado que uma pessoa próxima de Cruvinel disse que ele negou ter implicado o senador em depoimento.

Sobre o pedido de dinheiro ao empresário, o advogado informou que o senador só vai se pronunciar depois de conhecer as denúncias. Ontem, ele protocolou na PGR o segundo pedido para ter acesso aos documentos.

Leréia não se pronunciou ontem. Sandes Júnior, Jovair Arantes e Rubens Otoni não foram localizados pelo Estado.

Serra vence prévias e é o candidato do PSDB a prefeitura de São Paulo

José Serra comemora sua vitória nas prévias do PSDB

Da Folha Online
Favorito na disputa interna do PSDB, Serra venceu com 52% ou 3.176 votos as prévias do partido. Aníbal recebeu 31% ou 1.902 votos dos filiados, e Tripoli teve a preferência de 16% ou 1.018 votos. Os brancos ou nulos somaram 133.

A eleição interna da sigla aconteceu simultaneamente nos 58 diretórios zonais, das 9h às 15h, e a apuração, na Câmara Municipal de São Paulo. Participam da votação 6.229 tucanos. O número total de filiados aptos a votar é de 20,5 mil.

Com o resultado, Serra passa a ser oficialmente o único pré-candidato do partido na corrida eleitoral pela prefeitura.

O ex-governador volta a disputar a cadeira de prefeito após ter renunciado ao cargo em 2006 para disputar o governo do Estado. Na época, o atual prefeito, Gilberto Kassab (PSD), então seu vice, assumiu a administração municipal.

A entrada de Serra na disputa interna foi tardia, a menos de uma semana da data inicial da consulta interna, e causou um racha no partido. Os dois outros pré-candidatos foram contra o adiamento das prévias, que estavam marcadas para o dia 11 de março.

Outros dois candidatos, os secretários Bruno Covas (Ambiente) e Andrea Matarazzo (Cultura), desistiram da disputa interna em favor de Serra.

Ao anunciar sua inscrição nas prévias, o ex-governador disse que entrava na disputa para atender a um "chamado da própria consciência".

Em carta, Serra previu uma eleição de duas visões distintas de Brasil, de administração dos bens coletivos e de democracia.

"São Paulo é a maior cidade do Brasil e é aqui, neste ano, que se travará uma disputa importante para o futuro do município, do Estado e do país."

sexta-feira, 23 de março de 2012

Cassol, a cruz de Rondônia no Senado

Lauro Jardim, no Radar on-line

Tal pai, tal filho
Na terça-feira, Ivo Cassol provocou constrangimento em alguns senadores ao defender o pagamento de 14º e 15º salários das excelências dizendo que “político no Brasil é muito mal remunerado”.

Não foi a primeira vez que um Cassol proferiu besteiras no Senado. Em outubro do ano passado, Reditário Cassol, pai e suplente do senador, defendeu na tribuna da Casa o uso do chicote em presidiários que se recusarem a trabalhar na cadeia. Rondônia deve se encher de orgulho.

Complemento retirado do Portal Terra
O senador Ivo Cassol (PP-RO) suspendeu nesta terça-feira a votação do projeto que acaba com o pagamento dos 14º e 15º salários a deputados e senadores. Conforme o parlamentar, o pagamento não é irregular. Ele pediu que a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado adie a votação. "O político no Brasil é muito mal remunerado porque tem que atender com passagem, dar remédio, ser patrono de formatura. Se bater alguém na sua porta pedindo uma Cibalena (analgésico), você não vai dar?", disse. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Cassol sugeriu ainda que os deputados e senadores contrários ao pagamento dos salários extras devolvam o dinheiro aos cofres públicos. O projeto é da ministra e senadora licenciada Gleisi Hoffmann. Para ela, o pagamento só fazia sentido quando os meios de transportes eram mais difíceis. "Hoje os membros do Congresso Nacional têm a possibilidade de retornar à sua base eleitoral a cada semana", disse.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Vaga certa: 100 profissões em alta até 2020

Fernanda Zandonadi, no Gazeta Online

O mercado de trabalho está aquecido e promete continuar assim nos próximos anos. Uma pesquisa da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) apontou as profissões que serão mais demandadas até 2020. A lista partiu de um levantamento junto às maiores empresas do país e mostrou que as áreas mais promissoras têm ligação com engenharia, automação e conhecimentos de informática.

A história é ainda mais animadora do que parece. Além dos setores que terão um crescimento além do normal, os 402 grupos ouvidos – eles empregam mais de 2,2 milhões de pessoas – sinalizaram que não há perspectiva de redução de pessoal em nenhuma das profissões, mesmo as de outras áreas.

Quando olhamos as mais cotadas, vemos que são específicas de setores que estão crescendo, como o de petróleo, de plástico e os ligados à mobilidade. Há outras profissões em alta, que são as chamadas transversais. São atividades que vão atender a vários segmentos da indústrias, como Engenharia Ambiental.

"Toda indústria, para se instalar, precisa de uma licença ambiental. Por isso, essa profissão permeia várias atividades. Isso também vale para a área de Tecnologia da Informação. Essa é uma área que, além de já estar em crescimento, atende a todos os setores", explica a gerente de Pesquisa e Estatística da Firjan, Hilda Alves.
foto: Divulgação

Petróleo
Integradas a um cenário  mais promissor, as profissões ligadas ao petróleo estarão em alta nos próximos anos, assim como as engenharias e as áreas tecnológicas

Integradas a um cenário  mais promissor, as profissões ligadas ao petróleo estarão em alta nos próximos anos, assim como as engenharias e as áreas tecnológicas

Só os melhores
O número de vagas vai aumentar; a exigência na hora de contratar, também. Já não basta ter só a escolaridade que a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) prevê para uma profissão.

"Se eu for na CBO e observar qual nível é necessário para um supervisor de produção em indústrias de transformação de plástico, estará lá o nível básico, que é o ensino fundamental até o nono ano. Mas para esse cargo, há empresas que exigem até mesmo pós-graduação. A exigência do nível de escolaridade está lá em cima".

E essa regra não vale só para a base da pirâmide. "Isso vai até o diretor da empresa. Para cargos de gerenciamento, o mercado está comprando para esse cargo alguém com mestrado e doutorado", diz Hilda.

Mercado carente
Uma outra pesquisa, também da Firjan, datada de julho de 2011, teve como foco as carências do mercado. Ou seja, o que os empresários achavam que faltava nos empregados.

Além da formação acadêmica, eles sentiam necessidade de trabalhadores que buscassem soluções para novos problemas, com mais senso crítico. Isso mesmo para as operações consideradas mais básicas. Ou seja, o operador de máquina tem que pensar diferente, tem propor soluções.

"Isso se consegue, de forma pedagógica, com ensino da Matemática. Essa matéria dá uma competência de enfrentar o desconhecido, de pensar de forma diferente. Há literatura na área de Pedagogia, que diz que é a forma de aprender Matemática que consegue transformar a pessoa. A Matemática exige uma competência de pensar diferente. Mas, claro, todas as outras disciplinas são fundamentais".

Busca por qualificação a todo vapor
No Espírito Santo, a tendência de mercado não é diferente da realidade nacional. As áreas de petróleo, automação, tecnologia e mobilidade são as áreas mais demandadas pelas empresas locais. E o panorama é positivo no Estado. Além da oferta de emprego, os trabalhadores buscam qualificação para entrar no mercado.

"Estamos nos preparando para atender a essas demandas, não apenas no Senai, mas em todas as escolas profissionalizantes do Estado", avalia o gerente do Senai Vila Velha, Ewandro Petrocchi.

Hoje, por aqui, alunos do curso de automação já são muito demandados pelas empresas. Além dele, há muita chance no mercado para quem investe na educação em áreas como construção civil, logística, sistemas de redes, eletrotécnica, refrigeração, cursos ligados ao meio ambiente e segurança do trabalho.

Que as empresas exigem dos trabalhadores conhecimento avançado da área onde vão trabalhar, é fato. Mas a capacitação do profissional precisa ir além. O trabalho em equipe e a capacidade de solucionar problemas diários também contam pontos importantes na hora da contratação, diz Petrocchi.

Veja aqui a lista das profissões mais bem avaliadas no estudo da Firjan.
Fernanda Zandonadi, no Gazeta Online

O mercado de trabalho está aquecido e promete continuar assim nos próximos anos. Uma pesquisa da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) apontou as profissões que serão mais demandadas até 2020. A lista partiu de um levantamento junto às maiores empresas do país e mostrou que as áreas mais promissoras têm ligação com engenharia, automação e conhecimentos de informática.

A história é ainda mais animadora do que parece. Além dos setores que terão um crescimento além do normal, os 402 grupos ouvidos – eles empregam mais de 2,2 milhões de pessoas – sinalizaram que não há perspectiva de redução de pessoal em nenhuma das profissões, mesmo as de outras áreas.

Quando olhamos as mais cotadas, vemos que são específicas de setores que estão crescendo, como o de petróleo, de plástico e os ligados à mobilidade. Há outras profissões em alta, que são as chamadas transversais. São atividades que vão atender a vários segmentos da indústrias, como Engenharia Ambiental.

"Toda indústria, para se instalar, precisa de uma licença ambiental. Por isso, essa profissão permeia várias atividades. Isso também vale para a área de Tecnologia da Informação. Essa é uma área que, além de já estar em crescimento, atende a todos os setores", explica a gerente de Pesquisa e Estatística da Firjan, Hilda Alves.
foto: Divulgação

Petróleo
Integradas a um cenário  mais promissor, as profissões ligadas ao petróleo estarão em alta nos próximos anos, assim como as engenharias e as áreas tecnológicas

Integradas a um cenário  mais promissor, as profissões ligadas ao petróleo estarão em alta nos próximos anos, assim como as engenharias e as áreas tecnológicas

Só os melhores
O número de vagas vai aumentar; a exigência na hora de contratar, também. Já não basta ter só a escolaridade que a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) prevê para uma profissão.

"Se eu for na CBO e observar qual nível é necessário para um supervisor de produção em indústrias de transformação de plástico, estará lá o nível básico, que é o ensino fundamental até o nono ano. Mas para esse cargo, há empresas que exigem até mesmo pós-graduação. A exigência do nível de escolaridade está lá em cima".

E essa regra não vale só para a base da pirâmide. "Isso vai até o diretor da empresa. Para cargos de gerenciamento, o mercado está comprando para esse cargo alguém com mestrado e doutorado", diz Hilda.

Mercado carente
Uma outra pesquisa, também da Firjan, datada de julho de 2011, teve como foco as carências do mercado. Ou seja, o que os empresários achavam que faltava nos empregados.

Além da formação acadêmica, eles sentiam necessidade de trabalhadores que buscassem soluções para novos problemas, com mais senso crítico. Isso mesmo para as operações consideradas mais básicas. Ou seja, o operador de máquina tem que pensar diferente, tem propor soluções.

"Isso se consegue, de forma pedagógica, com ensino da Matemática. Essa matéria dá uma competência de enfrentar o desconhecido, de pensar de forma diferente. Há literatura na área de Pedagogia, que diz que é a forma de aprender Matemática que consegue transformar a pessoa. A Matemática exige uma competência de pensar diferente. Mas, claro, todas as outras disciplinas são fundamentais".

Busca por qualificação a todo vapor
No Espírito Santo, a tendência de mercado não é diferente da realidade nacional. As áreas de petróleo, automação, tecnologia e mobilidade são as áreas mais demandadas pelas empresas locais. E o panorama é positivo no Estado. Além da oferta de emprego, os trabalhadores buscam qualificação para entrar no mercado.

"Estamos nos preparando para atender a essas demandas, não apenas no Senai, mas em todas as escolas profissionalizantes do Estado", avalia o gerente do Senai Vila Velha, Ewandro Petrocchi.

Hoje, por aqui, alunos do curso de automação já são muito demandados pelas empresas. Além dele, há muita chance no mercado para quem investe na educação em áreas como construção civil, logística, sistemas de redes, eletrotécnica, refrigeração, cursos ligados ao meio ambiente e segurança do trabalho.

Que as empresas exigem dos trabalhadores conhecimento avançado da área onde vão trabalhar, é fato. Mas a capacitação do profissional precisa ir além. O trabalho em equipe e a capacidade de solucionar problemas diários também contam pontos importantes na hora da contratação, diz Petrocchi.

Veja aqui a lista das profissões mais bem avaliadas no estudo da Firjan.

terça-feira, 20 de março de 2012

PSD de Joinville deve definir candidato a prefeito da sigla em junho

João Kamradt, no Portal AN

O PSD quer definir os candidatos que irão concorrer às prefeituras pelo partido em todo o Estado até o fim de março. Mas em Joinville será diferente. Segundo o presidente estadual do partido, Gelson Merisio, a escolha do nome que irá concorrer a prefeito será feita apenas em junho.

E mesmo com esse cenário, Merisio não descarta a possibilidade de que a tríplice aliança se forme ainda no primeiro turno.

— Joinville precisa ter um tratamento diferenciado. É a maior cidade, com segundo turno garantido. Temos que conversar com todos e deixar a natureza conspirar a favor —, diz Merisio, que também preside a Assembleia Legislativa.

— Não podemos anular a possibilidade de tríplice, com conversas com o PMDB. Mas sabemos que temos dois bons nomes para concorrer ao cargo de prefeito —, completa.

Para Merisio, o fato de deixar a escolha para mais tarde ajudará a descobrir qual será o nome mais bem colocado da sigla. Mesmo assim, continua deixando em aberto a escolha por um candidato ou por uma aliança. Merisio ressalta que “não se exclui e nem se incentiva” uma eventual aliança com os peemedebistas.

Enquanto o presidente do PSD mantém as portas abertas para o PMDB, o deputado estadual Kennedy Nunes ratifica o discurso de que a candidatura da sigla é algo que não tem mais volta.

— O PSD está muito confortável. Temos boa margem de vantagem nas pesquisas. Não há como voltar atrás dessa forma. Ainda mais com a entrada do Tebaldi (PSDB), que implodiu de vez as chances de tríplice —, acredita.

Para ele, o fato de a escolha do nome do partido ocorrer depois de todos os municípios só mostra o quanto a sigla está forte em Joinville.

Discurso semelhante tem o deputado estadual Darci de Matos. Segundo ele, as conversas em torno da tríplice podem existir, desde que o PMDB aceite lançar quem estiver melhor cotado nas pesquisas eleitorais. “Se for dessa forma, eu topo. O melhor colocado vai pra eleição. Senão, não há por que abrir mão sendo o mais bem colocado”, explica.

A escolha entre Darci e Kennedy ainda não tem um critério definido. “Não dá pra analisar apenas projeção de pesquisa. Tem que ver as condições de cada um”, diz Darc

quinta-feira, 8 de março de 2012

PSDB escolhe o ex-prefeito Luiz Paulo Vellozo Lucas como candidato a prefeito em Vitória

Rondinelli Tomazelli, no Gazeta Online
foto: Divulgação
César Colnago e Luiz Paulo Velozo Lucas
Colnago e Luiz Paulo passaram o dia em reunião


O ex-prefeito de Vitória Luiz Paulo Vellozo Lucas foi escolhido o candidato do PSDB para disputar a Prefeitura da Capital.

A informação foi confirmada ontem à noite a A GAZETA pelo presidente nacional do partido, Sérgio Guerra, com quem Luiz Paulo e o deputado César Colnago, outro pré-candidato, acertaram a decisão ontem mesmo em reunião em Brasília.

"Luiz Paulo é um dos nossos melhores quadros. Já governamos Vitória, temos altas chances de aliança e ganhamos a eleição para presidente na cidade", comemorou Guerra, lembrando que Luiz Paulo é um político conhecido.

"Ele vai enfrentar uma luta dura, mas vamos todos apoiá-lo e vou participar do processo", disse o presidente, para quem, juntos, o escolhido e Colnago saem fortalecidos.

Guerra ainda abre portas para o PSDB ter apoio do ex-governador Paulo Hartung (PMDB): "Hartung sempre teve muita relação conosco".

Segundo avaliações, seria a forma de contrabalançar o poder com o governador Renato Casagrande (PSB).

Luiz Paulo e Colnago negaram que o nome tenha sido fechado e só o anunciarão em evento na próxima segunda-feira, com as executivas estadual e municipal de Vitória.

"A nacional avalizou nosso movimento. Minha prioridade é a militância. A escolha de um ou de outro não configura estratégias diferentes", frisou Luiz Paulo. Os dois vão visitar lideranças juntos no fim de semana.

Colnago e o colega mostraram unidade para reestruturar a sigla. "Somos oposição ao PT. Vamos buscar alianças para um novo rumo em Vitória", disse Colnago.

Tiririca confirma candidatura em SP e diz estar "embalado"

Campeão nacional de votos, o deputado federal Tiririca (PR-SP) diz que é candidato para valer à prefeitura de São Paulo, e vai encomendar pesquisa de intenção de voto semana que vem. "Estou empolgado, e quando empolgo, embalo." Tiririca negou que sua indicação ao cargo seja estratégia do partido para forçar o PT a ceder o Ministério dos Transportes de novo ao PR, e revelou que vai peitar o dono da legenda, Valdemar Costa Neto, se for usado. "Se Valdemar me tirar, vai levar…", ameaçou, sobre a manutenção de sua candidatura. O resultado da pesquisa vai nortear os próximos passos.

Meu povo…
O humorista deputado só teve um encontro com Valdemar para debater a candidatura. Jura que nada foi falado sobre PT. "Vamos fazer um barulho na rua, sou do povo."

terça-feira, 6 de março de 2012

Ministério Público acusa gastos irregulares em Joinville

Nota distribuída pela Procuradoria da Republica em SC:

"Ministério Público Federal fez um levantamento sobre os gastos publicitários do município de Joinville e constatou indícios de irregularidades em sua aplicação.

Para o procurador da República Mário Sérgio Ghannagé Barbosa, a conclusão preliminar é de que os gatos se destinam a promoção pessoal dos representantes da municipalidade e, por isso, podem configurar, também, ilícito eleitoral.

Com base no levantamento, o MPF representou a Promotoria da Moralidade Administrativa, a Promotoria Eleitoral e a Promotoria da Saúde, órgãos do Ministério Público Estadual.

A representação dirigida à Promotoria Eleitoral e da Moralidade Administrativa pede para que sejam tomadas as medidas cabíveis para correção do ilícito e a responsabilização dos responsáveis.

A que segue para a Promotoria da Saúde tem por finalidade municiar o órgão estadual de informações para que analise a possibilidade de se pedir bloqueio de verbas gastas com publicidade e sua transferência para aplicação em investimentos na área da saúde pública."

sábado, 3 de março de 2012

O vale-tudo para tomar São Paulo

O editorial do Estadão de hoje está  impecável, veja: 

“Dilma entra na campanha eleitoral”

Para que serve o Ministério da Pesca e Aquicultura? Serve para garantir a bênção dos evangélicos da Igreja Universal à candidatura do petista Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo. Simples assim, a presidente Dilma Rousseff entregou ao bispo Marcelo Crivella (PRB-RJ) a pasta até agora ocupada por um petista. Mas o sacrifício deve valer a pena: além de o PT se livrar da incômoda gritaria dos evangélicos da Universal em torno de delicados temas religiosos, o candidato imposto por Lula ganha a possibilidade de vir a contar com o apoio do PRB - que, por enquanto, permanece no páreo, com o deputado Celso Russomanno num surpreendente primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto. Mas isso é mero detalhe. O que importa é que se escancara o ingresso, de sola, do Palácio do Planalto na campanha eleitoral paulistana. E trata-se apenas do começo.

A cada dia que passa - e estamos a sete meses do pleito - as impressões digitais de Lula se tornam mais nítidas na estratégia eleitoral que tem como objetivo consagrar a hegemonia do lulopetismo em todo o País. Para isso é imprescindível derrotar seus adversários nos redutos mais importantes que ainda lhes fazem alguma resistência: a cidade e o Estado de São Paulo. Este fica para daqui a dois anos.

Essa estratégia não vai custar barato para o PT - a senadora Marta Suplicy e o defenestrado ministro Luiz Sergio que o digam -, mas Lula já deixou claro que está disposto a pagar o preço que for necessário. Cacife não lhe falta e Dilma Rousseff acaba de comprová-lo, com a presteza com que se dispôs a entrar no jogo e procurar o chefão em São Bernardo para, num encontro de quase três horas, pedir conselhos e receber novas instruções. Mas teve que ouvir calada o novo membro do Gabinete dizer, com inegável senso de humor, que, embora ministro da Pesca, não sabe nem “colocar minhoca no anzol”. O que não tem a menor importância, já que essa pescaria nada tem a ver com peixes.

Toda a encenação que fez o pano de fundo da triunfante entrada do bispo Crivella em cena criou em Brasília uma situação política tão desfrutável que propiciou manifestações que foram do deboche ao puro cinismo. Deste se encarregou a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti: “É a incorporação efetiva (ao primeiro escalão do governo) de um aliado. Mas não traremos disputas locais para o âmbito federal”. Já o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), ex-petista e ex-ministro de Lula, optou pela zombaria: “O governo resolveu pôr na Pesca um pescador de almas, que ainda vai andar sobre as águas”. Como levar a sério o que se passa em tal ambiente político?

O eleitor paulistano pode se preparar, portanto, para uma das campanhas eleitorais mais disputadas e extravagantes da história da cidade, na qual, pelo andar da carruagem, a ética e os bons modos certamente acabarão sendo deixados de lado. As evidências disso se acumulam.

Em manobra rasteira claramente destinada a cacifar poder de barganha com o governo, o mensaleiro Waldemar da Costa Neto, dono do PR, explora a ingenuidade do folclórico e muito bem votado deputado Tiririca, lançando-o candidato a prefeito de São Paulo. O homem já se sente “prefeito do povão”.

E o jovem e ambicioso deputado Gabriel Chalita não faz feio nessa galharda companhia: depois de transitar por três partidos em menos de dois anos, finalmente encontrou um que se dispôs a lançá-lo a um cargo executivo e anuncia orgulhoso: “Eu tenho uma cara só”.

O saldo desse circo de horrores é que a cidade de São Paulo, com todos os graves problemas sociais e urbanos que aqui se agravam, corre o risco de se tornar a vítima de uma longa campanha eleitoral que tende a passar ao largo do debate das questões que realmente interessam aos seus mais de 10 milhões de habitantes.

A federalização do pleito de outubro é inevitável, e em certa medida até desejável, porque aqui estará sendo decidido o futuro político do País a curto e médio prazos. Mas é preciso que os candidatos não se esqueçam de que, apurados os votos, o vencedor terá de enfrentar a enorme responsabilidade de governar a cidade.

Brasil precisa de 'chute no traseiro', diz Fifa sobre atrasos da Copa

Da Folha

O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, fez na sexta-feira um duro ataque aos preparativos para a Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Ele disse que "não há muita coisa se mexendo" e que os organizadores precisavam levar "um chute no traseiro".

A Fifa disse estar particularmente preocupada com transportes e alojamento, e também com a demorada tramitação pela burocracia brasileira de leis relacionadas à venda de álcool nos estádios. Após vários adiamentos, a Lei Geral da Copa deve ser votada na terça-feira na Comissão Especial criada para analisar este tema.

O secretário-geral, que está na Inglaterra para a reunião anual da International Board, entidade que trata das regras do futebol, declarou para os jornalistas: "Não entendo por que as coisas não estão avançando. Os estádios não estão mais no prazo, e por que muitas coisas estão atrasadas? A preocupação é que nada é feito ou preparado para receber muita gente. Lamento dizer que as coisas não estão funcionando no Brasil".
Ele afirmou que a Fifa deveria ter recebido documentos assinados em 2007, mas que ainda isso não aconteceu. "Vocês precisam se pressionar, levar um chute no traseiro e fazer a Copa do Mundo."

Confirmou que a Copa será mantida no Brasil, mas alertou que os torcedores podem sofrer. "Não há hotéis suficientes", destacou. "Você tem mais do que suficientes em São Paulo e no Rio de Janeiro, mas se você pensar em Manaus, precisa de mais. Digamos que você em Salvador tenha Inglaterra x Holanda, e você tenha 12% do estádio com torcedores ingleses, e 12 % holandeses, são 24% de 60 mil torcedores. Onde todos eles vão ficar? A cidade é bacana, mas a forma de chegar ao estádio e toda a organização de transporte precisa ser melhorada."

A Fifa inicialmente queria concentrar cada equipe em uma determinada região, para minimizar as viagens, mas os organizadores preferem que os jogos sejam espalhados pelo país. Valcke apontou que isso abre exigências extras.

"Tomamos a decisão de movimentar os times, e isso implicou que fôssemos criticados. Se você acompanhar um time, terá de voar 8.000 quilômetros. Fizemos isso a pedido do Brasil."

Para Valcke, o Brasil parece mais preocupado em ganhar a Copa do que em organizar um bom torneio.

"Nossa preocupação é que nada é feito ou preparado para receber tanta gente, porque o mundo quer ir ao Brasil. Essa é a grande diferença entre a África do Sul em 2010 e o Brasil. As pessoas não se preocupam com a segurança, não se preocupam com o clima, é incrível. Na África do Sul era inverno. No Brasil o clima será perfeito. Mas posso dizer a vocês, por outro lado, que a organização não é exatamente assim.
"
Na sua última viagem ao Brasil, em janeiro, Valcke já havia pedido pressa na aprovação das leis para a Copa, porém havia elogiado os estádios. A Fifa manifesta particular preocupação com as restrições para a venda de álcool e com a meia-entrada para estudantes e idosos.

Mas agora as preocupações da entidade parecem estar aumentando. "Temos pouco mais de um ano até a Copa das Confederações, e dois anos antes da Copa do Mundo", declarou Valcke. "A prioridade da África do Sul era organizar a Copa do Mundo, em vez de ganhá-la. Parece que tudo o que o Brasil quer é ganhá-la, e isso precisa mudar." Os sul-africanos foram eliminados na primeira fase do Mundial de 2010, torneio vencido pela Espanha.