Laryssa Borges no portal Terra
Após o fracasso na primeira tentativa de instalação da uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) que investigaria denúncias de irregularidades no Ministério dos Transportes, o PSDB apresentou um projeto de resolução que buscará impedir que um parlamentar que tenha assinado o requerimento de criação do grupo de trabalho possa retirar seu apoio. Para o líder tucano no Senado, Alvaro Dias (PSDB-PR), que amargou a retirada das assinaturas dos governistas Reditário Cassol (PP-RO) e João Durval (PDT-BA), o projeto impedirá que deputados e senadores utilizem seus apoios a uma CPI como "moeda de troca".
"É um projeto de resolução que impede a retirada de assinaturas de CPI. Muda o regimento. Proíbe porque a assinatura tem sido usada como moeda de troca. Na calada da noite a retirada de assinaturas inviabilizou a CPI dos Transportes. Pode se tornar mais difícil a coleta de assinaturas, mas torna-se mais difícil para usá-la como moeda de troca", disse o tucano. Atualmente, o novo requerimento para a criação da CPI dos Transportes tem 21 das 27 assinaturas necessárias.
Ao traçar um balanço das ações da oposição diante das denúncias envolvendo diversos ministérios, o presidente nacional do PSDB, Sergio Guerra (PSDB-PE), disse que o governo federal não tem promovido uma "faxina" em órgãos envolvidos em corrupção, e sim apenas afastado aliados de menor expressão, como filiados ao Partido da República (PR).
"No caso do Ministério dos Transportes, apesar de notórias vacilações, o enfrentamento está se dando. É o combate ao PR. É assim que o governo tenta desenvolver a interpretação do que aconteceu lá. Toda a coragem o governo está tendo no enfrentamento desses adversários mais fracos", afirmou.
"Quero saber quando é que o governo vai enfrentar processos de corrupção de aliados mais poderosos e do próprio PT? As coisas estão explodindo no Ministério do Turismo e no Ministério da Agricultura também, mas estranhamente quando começam as investigações no Ministério da Agricultura, a presidente trata logo de proteger o ministro. Ele não pode estar fora não. Tem que ser incorporado à linha de investigação, primeiro porque é responsável por ele na medida em que é ministro e segundo porque há uma preocupação geral do que acontece no Ministério da Agricultura.
Aquilo tem que ser visto, não importa o patrocinador desse ministério", disse Guerra.
"Apoiamos as medidas que a presidente tomar na direção do combate à corrupção, mas não vamos suportar providências laterais que protegem os verdadeiros privilegiados desse governo que estão espalhados por aí em ministérios, em autarquias e no governo quase todo. Não pode querer passar para a opinião pública a ideia de que está fazendo uma grande limpeza quando não está fazendo. Acho que a presidente da República terá boas intenções, mas de boas intenções ninguém vive. Precisamos de ação, decisão, competência", disse ele, afirmando que as seguidas denúncias de corrupção são "formas diversas de fazer mensalão".
Após o fracasso na primeira tentativa de instalação da uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) que investigaria denúncias de irregularidades no Ministério dos Transportes, o PSDB apresentou um projeto de resolução que buscará impedir que um parlamentar que tenha assinado o requerimento de criação do grupo de trabalho possa retirar seu apoio. Para o líder tucano no Senado, Alvaro Dias (PSDB-PR), que amargou a retirada das assinaturas dos governistas Reditário Cassol (PP-RO) e João Durval (PDT-BA), o projeto impedirá que deputados e senadores utilizem seus apoios a uma CPI como "moeda de troca".
"É um projeto de resolução que impede a retirada de assinaturas de CPI. Muda o regimento. Proíbe porque a assinatura tem sido usada como moeda de troca. Na calada da noite a retirada de assinaturas inviabilizou a CPI dos Transportes. Pode se tornar mais difícil a coleta de assinaturas, mas torna-se mais difícil para usá-la como moeda de troca", disse o tucano. Atualmente, o novo requerimento para a criação da CPI dos Transportes tem 21 das 27 assinaturas necessárias.
Ao traçar um balanço das ações da oposição diante das denúncias envolvendo diversos ministérios, o presidente nacional do PSDB, Sergio Guerra (PSDB-PE), disse que o governo federal não tem promovido uma "faxina" em órgãos envolvidos em corrupção, e sim apenas afastado aliados de menor expressão, como filiados ao Partido da República (PR).
"No caso do Ministério dos Transportes, apesar de notórias vacilações, o enfrentamento está se dando. É o combate ao PR. É assim que o governo tenta desenvolver a interpretação do que aconteceu lá. Toda a coragem o governo está tendo no enfrentamento desses adversários mais fracos", afirmou.
"Quero saber quando é que o governo vai enfrentar processos de corrupção de aliados mais poderosos e do próprio PT? As coisas estão explodindo no Ministério do Turismo e no Ministério da Agricultura também, mas estranhamente quando começam as investigações no Ministério da Agricultura, a presidente trata logo de proteger o ministro. Ele não pode estar fora não. Tem que ser incorporado à linha de investigação, primeiro porque é responsável por ele na medida em que é ministro e segundo porque há uma preocupação geral do que acontece no Ministério da Agricultura.
Aquilo tem que ser visto, não importa o patrocinador desse ministério", disse Guerra.
"Apoiamos as medidas que a presidente tomar na direção do combate à corrupção, mas não vamos suportar providências laterais que protegem os verdadeiros privilegiados desse governo que estão espalhados por aí em ministérios, em autarquias e no governo quase todo. Não pode querer passar para a opinião pública a ideia de que está fazendo uma grande limpeza quando não está fazendo. Acho que a presidente da República terá boas intenções, mas de boas intenções ninguém vive. Precisamos de ação, decisão, competência", disse ele, afirmando que as seguidas denúncias de corrupção são "formas diversas de fazer mensalão".
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