Sara Moreira, A Gazeta
Cassados definitivamente desde março desse ano por abuso de poder político e econômico, o ex-prefeito de Rio Novo do Sul, Estevam Fiório (PMDB) e o ex-vice João Martins (PSB) assumiram os cargos de secretário de Agricultura e secretário de Planejamento, respectivamente.
Os cargos foram preenchidos no mês passado a convite do atual prefeito, João Fachim (PSB), eleito em junho, após o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) ter convocado novas eleições para o município.
"De acordo com o jurídico, eles podem assumir qualquer secretaria. São pessoas de muita responsabilidade, homens que administram de verdade e conhecem os problemas do município", afirmou o prefeito João Fachim.
O prefeito acredita que a cassação foi sem sentido, por esse motivo, os convidou para assumir as secretarias. "E ainda pretendemos concorrer à eleição do próximo ano com a ajuda deles", enfatizou.
A vice-prefeita justificou que não poderia perder a oportunidade de convidá-los a assumir os cargos: "Fachim e eu não estávamos preparados para assumir, então os convidamos para nos ajudar, não poderíamos perder essa oportunidade. É uma responsabilidade muito grande e eles estão sempre em prol da população", defendeu Maria Albertina Freitas (PMDB).
"Há pouca gente qualificada para assumir", diz Martins
"Eu concordo em ter assumido esse cargo, pois tenho amor pelo município e estamos dando um apoio moral. Por 14 anos venho contribuindo com essa cidade", afirmou Fiório (o ex-prefeito cassado), por telefone.
Segundo Martins, atual secretário de Planejamento, apesar da cassação, os direitos políticos foram mantidos. "Não há problema nenhum em ocuparmos esses cargos, pois os nossos direitos foram mantidos. Além disso, queremos contribuir com o município ao lado do prefeito", afirmou.
Martins disse, ainda, que há pouca gente qualificada para ocupar os cargos na secretaria. "Poucas pessoas aqui do município estão preparadas para assumir esse tipo de cargo. Além disso, Estevam e eu já somos aposentados e podemos nos disponibilizar mais".
De acordo com o Chefe do Cartório Eleitoral do município, Felipe Meleipe, na decisão dada pelo TRE não menciona nada em relação à perda dos diretos políticos de Fiório e Martins. Eles tiveram o mandato cassado e ficaram inelegíveis por três anos, contados a partir de 2008. Portanto, na próxima eleição, eles já poderiam concorrer novamente.
Ministério Público vai investigar
Por meio de nota, o Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da Promotoria de Justiça de Rio Novo do Sul, informou que instaurou procedimento preliminar sobre o caso. Informou ainda que, caso sejam constatadas quaisquer irregularidades, tomará as medidas legais cabíveis.
Quanto custa?
R$ 3 mil é o salário bruto que os secretários recebem em Rio Novo do Sul - o líquido fica em torno de R$2,8 mil, de acordo com o prefeito. Aqui
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