quarta-feira, 6 de julho de 2011

'Estou muda e calada', diz Ideli sobre supostas fraudes nos Transportes

G1

A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, se recusou nesta quarta-feira (6) a comentar as denúncias sobre um suposto esquema de superfaturamento em obras por parte de servidores e da cúpula do Ministério dos Transportes.

"Estou muda e calada", disse Ideli na portaria do Ministério dos Transportes no início da tarde desta quarta.

A ministra foi ao à sede do ministério, mas não chegou a entrar nas dependências do órgão, ficando apenas alguns minutos na recepção. Ela afirmou à TV Globo que entrou no prédio errado e que tinha compromisso no Ministério de Minas e Energia. A sede dos Transportes fica no bloco R da Esplanada dos Ministérios, enquanto Minas e Energia fica no bloco U, três blocos à frente - o vídeo mostra Ideli ao sair do Ministério dos Transportes após ter entrado e ficado alguns minutos na recepção.
A assessoria de Ideli informou que ela tinha audiência agendada com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, às 12h30.

O Ministério dos Transportes é alvo de denúncias desde o último fim de semana. A reportagem de "Veja" relatou que representantes do PR, partido ao qual pertence o ministro Alfredo Nascimento e a maior parte da cúpula do ministério, funcionários da pasta e de órgãos vinculados teriam montado um esquema de superfaturamento de obras e recebimento de propina por meio de empreiteiras.

Nesta quarta, o jornal "O Globo" apontou suposto enriquecimento ilícito de Gustavo Morais Pereira, arquiteto de 27 anos, filho do ministro Alfredo Nascimento. Segundo reportagem do jornal, dois anos após ser criada com um capital social de R$ 60 mil, a Forma Construções, uma das empresas de Gustavo, amealhou um patrimônio de mais de R$ 50 milhões, um crescimento de 86.500%.

Entre as providências adotadas pelo ministro por conta das denúncias estão o afastamento da cúpula da pasta e a suspensão por 30 dias de todas licitações dos órgãos envolvidos nas supostas irregularidades. Até agora, a presidente Dilma Rousseff não se pronunciou oficialmente sobre as denúncias.

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