Economia da Câmara causa polêmica entre vereadores

Por Rogerio Giessel, no Gazeta de Joinville

 

A economia de R$ 1,7 milhão, gerada no primeiro semestre pela Câmara de Vereadores de Joinville, está causando polêmica no legislativo joinvilense.  Em tese, os vereadores repassarão os recursos economizados para áreas específicas. É esse ponto que está originando inquietação ao vereador Mauricio Peixer (PSDB). O tucano reclama que a Câmara não pode impor de que forma esses recursos serão gastos pela Prefeitura. “A Câmara apenas pode sugerir como gastar o dinheiro. Mas, o prefeito em uma nova prova de incompetência, acatou a determinação do presidente Odir Nunes”, bradou Peixer.

O valor total a ser repassado pela Câmara, de R$ 1.725.045,15, relativo a economia feita, irá para áreas, que segundo a Casa de Leis, foram escolhidas através de análise e pesquisas com o foco  naquilo que a população mais tem cobrado. A saúde será contemplada com R$ 805.676,22, que serão repassados ao convênio CIS/AMUNESC, para a realização de exames e cirurgias de baixado, média e alta complexidade.

Já para a infraestrutura, serão R$ 719 mil que cobriram os custos da passarela sobre o rio Cachoeira, que interligará as Avenidas Beira Rio e Hermann August Lepper.

Porque Pirabeiraba?

Os R$ 200 mil restantes também são questionados por Mauricio Peixer.  O valor será aplicado em parcela única no hospital Bethesda, em Pirabeiraba, reduto eleitoral de Odir Nunes. De acordo com a Câmara, o valor será usado para auxiliar na construção e aquisição de equipamentos para o Centro Cirúrgico. “Esses repasses foram uma decisão unilateral do presidente da Câmara. Ele não discutiu com os demais vereadores sobre o destino desse dinheiro. Nem mesmo o Conselho Municipal de Saúde, que sabe com exatidão as carências na área, foi consultado. Não que aquela região não mereça, mas, porque Pirabeiraba?”, indaga Peixer.