Camila Campanerut, no UOL Notícias
Na primeira reunião de trabalho, o recém-criado PSD se articulou para facilitar a filiação de políticos já eleitos por outras legendas. A orientação foi dada pelo advogado da sigla, Admar Gonzaga, responsável pela defesa do PSD no julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para obter o registro nacional.
“A partir de hoje, vocês já podem se desfiliar [de outros partidos]. Dois dias depois, já pode se filiar [ao PSD]”, resumiu o advogado. “Se o partido se recusar a receber [o pedido de desfiliação], pode-se comunicar ao juiz eleitoral para que ele tenha ciência”, explicou aos presentes. O advogado vai prestar consultoria jurídica aos interessados.
Com sede nacional em Brasília e com o apoio de uma fundação para dar base aos trabalhos, o PSD conseguiu correr contra o tempo e obteve na noite desta terça-feira (27) a liberação de seu registro nacional –a 10 dias do prazo final dado pela legislação eleitoral para concorrer nas eleições municipais do ano que vem, que acaba no próximo dia 7. O processo de formalização da legenda começou em 23 de agosto.
Para quem quer se filiar, mas não participar do próximo pleito, há ainda 30 dias para se integrar à nova legenda, segundo afirmou o vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos. Ele negou interesse em participar das eleições de 2012.
“Tenho uma missão complexa de viajar pelos 27 Estados e até março encerra o ciclo de seminários em todo o país para compor o programa do partido”, justifica.
Hoje o partido conta com de 49 deputados, dois senadores, dois governadores e três vice-governadores e já é a terceira maior bancada do Congresso, atrás apenas de PMDB e PT. O líder do PSD na Câmara será Guilherme Campos (ex-DEM-SP). No Senado, será Kátia Abreu (ex-DEM-TO). Nos bastidores, a expectativa é que o número de senadores da sigla dobre e que, na Câmara, chegue a 55.
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