segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

O PT, o mal, o remédio e a cura

Do Blog Reinaldo Azevedo

Os petistas trabalham muito bem com o que eu poderia chamar “uma fraqueza” daquilo que eles denominam “mídia”. Explico-me.

A cada campanha eleitoral, os petistas radicalizam o discurso, prometem mundos e fundos, satanizam o mercado, cantam as glórias do estado, enfiam o pé na jaca do populismo… Se estão no poder, optam pela farra fiscal, fazem estrago nas contas públicas — vejam o que aconteceu nos últimos dois anos da gestão Lula-Dilma.

Uma vez eleitos — ou reeleitos —, aí acenam com uma vetusta austeridade fiscal, e os críticos, então, respiram aliviados. O PT está ficando craque em arrancar elogios por consertar os malefícios provocados pelo próprio partido.

A instabilidade de 2002 foi provocada por eles. Como passaram mais de 20 anos prometendo virar a mesa, os mercados achavam que eram sérios dentro de sua loucura. Não eram — felizmente! Mas aquilo teve um preço. Lula escolheu a austeridade, e todos disseram: “Que PT responsável!” Em 2009 e 2010, para garantir a eleição de Dilma, ou reeleição do partido, abriram-se as burras. E, de novo, em 2011, eis o PT com suas provas de seriedade, arrancando suspiros de tranqüilidade daqueles que o partido chama “conservadores” e “reacionários”.

O PT está disposto a ser o mal e o remédio do Brasil, num ciclo perverso que pode não ter cura.

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