Letícia Cardoso, na Rádio CBN Vitória
foto: Gazeta Online
Os vereadores Namy Chequer (PC do B), Ademar Rocha (PT do B) e Eliézer Tavares (PT) vão aguardar o posicionamento do Ministério Público
A base aliada do Prefeito de Vitória na Câmara Municipal saiu em defesa de João Coser nesta segunda-feira (12), um dia após novas denúncias de desapropriações irregulares. Enquanto de um lado quatro vereadores tentam abrir uma CPI para investigar as denúncias, por outro, aliados de Coser afirmam que a Câmara não tem nada a fazer, visto que o Ministério Público já investiga o caso.
É o caso dos vereadores Namy Chequer (PC do B), Ademar Rocha (PT do B) e Eliézer Tavares (PT). Para eles, o melhor a fazer é aguardar o posicionamento do Ministério Público. Segundo Ademar, a Câmara não pode se precipitar por qualquer tipo de pressão.
"A partir do momento em que o processo está na Justiça, a Câmara tem que aguardar para não tomar uma decisão precipitada e só se manifestar após decisão judicial. Ninguém quer se furtar em apurar. Não é por pressão que a Câmara vai se precipitar", afirmou.
Para Eliézer Tavares, mesmo partido de Coser, as pessoas que querem abrir uma CPI estão mais interessadas em aparecer do que apurar qualquer fato.
"Tenho total confiança no prefeito. Temos que deixar o Ministério Público apure e dê o veredito. Fazer CPI agora só serve para quem quer aparecer ou fazer jogo político. Temos que deixar o Ministério Público apurar", destacou.
foto: Fábio Vicentini
Para Max da Mata, a CPI deveria ter sido instalada desde a época da primeira denúncia
O vereador Max da Mata (PSD), um dos que aprovam a abertura da CPI, afirma que a CPI deveria ter sido instalada desde a época da primeira denúncia, quando a Justiça determinou o bloqueio dos bens do prefeito.
"Desde a primeira denúncia, quanto ao imóvel próximo a Ponte da Passagem, a Câmara já devia estar cumprindo seu papel de investigar. A investigação tem dois caminhos: ou vai achar culpados ou dizer que não há nada de errado. Não tem que temer a abertura de uma CPI. Hoje já há instrumentos suficientes para abrir uma CPI. O vereador tem que cumprir o seu papel de fiscalizar o executivo", disse Max.
Para Fabrício Gandini (PPS), os colegas têm que esquecer nesse momento a história de ser base aliada e exercer o real papel do vereador que é fiscalizar o Executivo.
"A Câmara tem que esquecer essa história de base aliada e dar respostas à sociedade. A função do vereador é fiscalizar o Executivo. Se o vereador tiver o mínimo de bom senso, essa quinta assinatura vai aparecer essa semana. O governo está falando que não tem problema. Ele deveria orientar a base aliada a assinar a CPI", destacou Gandini.
Para ser encaminhada ao plenário da Câmara, a CPI necessita de cinco assinaturas. Até o momento quatro vereadores assinaram: Max da Mata (PSD), Fabrício Gandini (PPS), Neuzinha de Oliveira (PSDB) e Aloísio Varejão (PSDB).